Com a participação de 31 pilotos, a Copa RNK deu a largada para a sua 6ª edição no Kartódromo de Indaial, no último dia 11, com a realização de duas etapas – rodada dupla – na abertura da temporada 2017.
Na disputa de quatro baterias – duas em cada etapa –, os grandes vencedores foram Ricardo Rocco, Andrey Lima, Rafael Demmer e Luizinho Brambila.
A primeira bateria do dia contou com 16 pilotos e o retorno em grande estilo do campeão de 2015, Andrey Lima. Quem esperava uma vitória tranquila do Japa Voador, por largar num grupo teoricamente mais fraco, enganou-se. Tido Olmedo – estreante na RNK, mas experiente piloto oriundo de outros campeonatos – não vendeu fácil a vitória, pelo menos nas primeiras voltas. Os dois abriram grande vantagem em relação aos demais competidores.
Em 3º lugar chegou o também estreante na RNK Nito Ramirez. O piloto parnanguara fez bela corrida de recuperação após cair para as últimas posições na largada. Em 4º, largando da última fila, chegou outro estreante – este autêntico –, Beto Carneiro.
No início da prova, o pega que mais atraiu a atenção foi pela terceira colocação, entre José Revoredo e Bruno Rocha, até que este rodou na entrada do miolo. Revoredo não conseguiu manter o ritmo e terminou em 5º, uma volta atrás, completando o pódio.
A segunda largada reuniu os pilotos mais bem posicionados no ranking de 2016. Com o kart nº 2 voando, Ricardo Rocco venceu com relativa facilidade, seguido de Luizinho Brambila, Alessandro Trevisan – alcançando seu melhor resultado na RNK –, Franciel Vivan e Kleber Borges.
Destaque para o piloto da TK Racing, largando de último para chegar em 4º, enquanto a decepção ficou por conta de pilotos tidos como fortes candidatos à vitória, como Rafael Demmer (11º) e Eduardo Johnscher (abandonou), que terminaram entre os últimos.
Para a segunda etapa, os pilotos foram redistribuídos em função dos resultados das duas primeiras baterias: aqueles com o pior desempenho foram agrupados na preliminar. Novamente o kart 2 fez a diferença, agora nas mãos de Rafael Demmer, que sobrou na pista fazendo a pole e vencendo fácil.
A disputa concentrou-se na 2ª posição, entre Carlos Feijão e Eduardo Johnscher. Feijão levou a melhor, enquanto Eduardo ainda foi ultrapassado pelo companheiro de equipe Chico Johnscher e por Bruno Rocha, outro que, largando de trás, escalou o pelotão para terminar em 4º.
Já com a noite caindo devido aos atrasos provocados pelas falhas de cronometragem, largou a última bateria do dia, com disputas em que literalmente saiu faísca. Agraciado no sorteio com o kart 2, Luizinho Brambila venceu de ponta a ponta.
Dali pra trás o que se viu foram pegas alucinantes envolvendo Andrey Lima, Franciel Vivan, Alessandro Trevisan, Tido Olmedo, Kleber Borges e Ricardo Rocco.
Na pista, Fran foi o 2º. Para decepção do piloto e de todos que torciam por ele, contudo, o castigo veio na hora da pesagem. A falta de cem gramas no lastro custou-lhe uma punição de cinco posições. Andrey Lima herdou a posição.
Na última volta, Rocco e Kleber, que já vinham se estranhando havia algumas voltas perderam a posição para Alessandro Trevisan. Este, porém, acabou sofrendo uma penalização de 10 segundos por causar a saída da pista de Tido Olmedo ao tentar empurrá-lo numa curva de alta do anel externo.
Assim, o pódio completou-se com Ricardo Rocco, Kleber Borges e Anderson Rocha.
Se na pista os pilotos deram um espetáculo, nos bastidores não faltou confusão. Tudo começou foram divulgados os resultados da primeira bateria – cuja classificação não correspondia ao que se viu na pista. Os sensores de diversos karts simplesmente não funcionaram.
Contar todo esse imbróglio é assunto para outra matéria. A solução encontrada, depois de muito atraso, foi realizar a cronometragem do qualify e o mapa de passagem dos karts nas baterias seguintes manualmente, contando com a ajuda dos próprios pilotos.
O resultado da 1ª bateria só pôde ser reconstituído depois da análise cuidadosa dos vídeos on-board disponibilizados pelos pilotos.