A Copa RNK completou 7 anos de vida, e os números acumulados impressionam. Poucos recordes permaneceram intactos. 2018 foi um ano para superar marcas. Recorde de competidores (78), recorde de pilotos estreantes (42), recorde de inscritos numa mesma etapa (63), maior grid na história do campeonato em uma bateria (30), recorde de vencedores inéditos (16), recorde de baterias disputadas (39), maior média histórica de pilotos por prova (44,5), que só não foi ainda maior devido ao limite de 25 inscritos na Superfinal, três campeões diferentes nas três fases – fato inédito desde que o campeonato é disputado nesse formato – e, para manter a tradição, um circuito inédito, o Kartódromo Ildefonso Zanetti, em mais uma parceria com o Fast Lap Kart Indoor, que deslocou toda sua estrutura para Irati, onde não há a disponibilidade de karts de aluguel.
Somando-se as sete temporadas da RNK desde 2012, foram 210 pilotos competindo em 13 pistas que abrigaram um total de 88 provas, 140 baterias e 2039 presenças no grid de largada.
Confira nesta reportagem histórica a retrospectiva da temporada 2018 e as estatísticas de sete edições da Copa RNK.
Se até 2017 somente quatro pilotos – Luizinho Brambila, Andrey Lima, Eduardo e Chico Johnscher – concentravam todos os títulos da RNK, 2018 conheceu dois novos campeões: Jackson Gonçalves no 1º turno e Daniel Silva no 2º, ambos estreantes no campeonato. Na classificação final anual, entretanto, o título ficou nas mãos, mais uma vez, de Andrey Lima.
Chico foi o bicampeão geral nas duas primeiras temporadas, cujo regulamento ainda dividia os pilotos em duas categorias: A (até 80kg) e B (acima de 80kg). Nas duas oportunidades, Eduardo Johnscher obteve o título dos pesados e Chico, o dos leves.
Em 2014, o campeonato passou a ser disputado em categoria única. Eduardo Johnscher foi o campeão em 2014, ficando Andrey Lima com o título de 2015.
Desde 2016, o campeonato passou a ser disputado em três fases: dois turnos valendo, cada um, um título semestral, e a Superfinal, compondo a pontuação anual. Na primeira edição que adotou esse formato, Luizinho Brambila conquistou tudo.
No ano seguinte, Andrey Lima foi o campeão do 1º turno enquanto Luizinho conquistou o 2º e o bicampeonato geral após a Superfinal.
Somados todos os títulos, Luizinho Brambila detém cinco; Chico Johnscher, quatro; Eduardo Johnscher e Andrey Lima, três; e os estreantes Jackson Gonçalves e Daniel Silva, um.
A eles, acrescentem-se ainda os prêmios especiais criados em 2018: o Super100, para pilotos acima de 100 kg, ganho por Nito Ramirez nos dois turnos, e o Feminino, vencido por Claudia Cardozo no 1º semestre e Elvira Cilka no 2º.
Se o número de estreantes (42) na RNK em 2018 foi um marco, nunca também o seu nível foi tão elevado. Nada menos do que 15 deles venceram em seu ano de estreia: Kevin Bettio, Arthur Ehrat, Marquiano Okopny, Adriano Goulart, Heitor Preto (estes venceram logo em sua primeira participação), Fernando Durando, Jackson Gonçalves, Nabor Patzsch, Marcelo Tirisco, Claudia Cardozo, Taís Alves, Bird Clemente Jr., Daniel Silva, Fábio Mathoso e Everton Tonel.
Metade – 20 para ser mais exato – das 39 baterias disputadas no ano foram vencidas por estreantes, já que Adriano Goulart venceu duas vezes e Jackson Gonçalves e Daniel Silva, três.
Dentre os veteranos, somente Anderson Vieira obteve sua primeira vitória em 2018.
Com a chegada de novos pilotos de alto nível, as vitórias começam a se diluir entre vários novos nomes. Até 2017, 34 pilotos diferentes tinham subido ao lugar mais alto do pódio, número que em 2018 subiu para 49.
O maior número de vitórias, entretanto, permanece entre os mesmos cinco pilotos que concentram, juntos, 43% das vitórias. São eles Luizinho Brambila (17 vitórias), Andrey Lima (14), Eduardo Johnscher (11), Chico Johnscher (9) e Eduardo Bettega (9). Da nova geração da RNK, Bruno Rocha passa a fazer parte da elite mais vencedora do campeonato, somando agora 6 vitórias.
Entre os mais vitoriosos, constam ainda Rafael Demmer (5), Bruno Vianna (4), Marjorie Johnscher, Tido Olmedo, Daniel Silva, Jackson Gonçalves, Fabio Knabben e Guilherme Szpigiel (3 vitórias cada).
Dos 16 pilotos que obtiveram a primeira vitória em 2018, somente um não era estreante: Anderson Vieira, que venceu pela primeira vez em sua 23ª prova. Dessa forma, Carlos Feijão permanece detentor da marca de piloto que mais demorou para obter sua primeira vitória na RNK, que só veio depois de 49 corridas, em Indaial, em maio de 2016.
O “recorde” só pode ser batido em 2019 por três pilotos: José Revoredo, com 56 provas sem jamais ter vencido, Menyr Zaitter (44) e Anderson Rocha (38). Além deles, os pilotos com mais participações sem vencer na RNK são Priscila Driessen (33), Phellip Carvalho (30), Everson Calaes (28), Franciel Vivan (24) e Emygdio Westphalen (20).
Em números absolutos, o Top 3 do pódio permanece inalterado. Eduardo Johnscher segue como o piloto que mais foi ao pódio na RNK, com 49 aparições, seguido de seu companheiro de equipe Chico Johnscher (46) e Andrey Lima (42). Subiram no ranking Luiz Brambila (30) e Carlos Feijão (27), deixando para trás Marcelo Rosa (26), Fabio Knabben (24), já ausente há duas edições, e Eduardo Bettega (23).
Em números proporcionais, o rei do pódio continua sendo Andrey Lima, cujo aproveitamento percentual de subidas ao pódio é de 80,8%, quatro pontos percentuais inferior ao que o que detinha até um ano atrás. Depois de 3 anos e 25 corridas consecutivas entre os cinco primeiros, ele ficou fora do pódio quatro vezes em 2019.
Se o Japa é o rei do pódio, quem surge como o príncipe é Daniel Silva. Estreando na última edição da Copa, o Bolívia só não foi ao pódio em três das 14 corridas da temporada, o que lhe dá um aproveitamento de 78,6%. Em seguida estão Fabio Knabben (75%), Rafael Demmer (66,7%), Luizinho Brambila (65,2%), Tido Olmedo (65%), Eduardo Johnscher (55,7%), Bruno Rocha (55,6%) e Chico Johnscher (52,3%).
Para padronização das estatísticas, consideram-se aqui como pódio as classificações até o 5º lugar, mesmo que em algumas provas a premiação só tenha sido concedida até o 3º posto e, em outras, o pódio comportasse até seis lugares. Só foram computados os percentuais de pilotos que tenham participado de, pelo menos, doze provas na RNK.
A Copa RNK completou em 2019 um total de 88 provas. Chico e Eduardo Johnscher são os únicos pilotos que participaram de todas elas. Marjorie Johnscher faltou a apenas uma, a segunda prova da história, e Carlos Feijão, duas. Depois deles, os mais assíduos são Marcelo Rosa (72 largadas), Rafael Vianna (60), José Revoredo (56), Eduardo Bettega (55), Rodolpho Bettega (52), Andrey Lima (52), Luizinho Brambila (46), Menyr Zaitter (44), Bruno Vianna (42) e Alessandro Trevisan (40).
Merecem registro também alguns pilotos de safras mais recentes da RNK. Marcos Martins, que ingressou na Copa somente em 2017, tem apenas 25 largadas, mas não ficou de fora de nenhuma prova desde que estreou; Felipe Carneiro, com 27 participações e estreia também em 2017, faltou a apenas uma; e Anderson Rocha, com 28 e estreia em 2016, esteve ausente de apenas duas.
Eduardo Johnscher assumiu a dianteira como o piloto que mais somou pontos na história da RNK (1450). Além dele, só mais quatro pilotos já romperam a barreira dos 1000 pontos: Chico Johnscher, com 1419; Carlos Feijão, com 1150; Andrey Lima, com 1068; e Marcelo Rosa, com 1025. Em 2019, outros três pilotos deverão alcançar essa marca: Luizinho Brambila, atualmente com 946 pontos, Marjorie Johnscher (943) e Eduardo Bettega (813).
Considerando-se a média de pontos por prova, o melhor aproveitamento é de Luizinho Brambila (20,57), seguido de Andrey Lima (20,54), Rafael Demmer (19,23), Ricardo Rocco (19,04), Daniel Silva (18,57), Tido Olmedo (18,50), Bruno Rocha (18,48) e Fabio Knabben (18,28). Também foram considerados somente os pilotos com pelo menos doze participações.
Obviamente, o número de pontos obtidos, seja em números totais ou médios, não reflete necessariamente o melhor desempenho na pista, uma vez que inclui bônus por participação – este já extinto –, pole position, vitória, etc. Além disso, o sistema de pontuação adotado sofreu mudanças ao longo dos anos (nas primeiras edições, por exemplo, as pontuações eram mais baixas), o que dificulta a comparação entre competidores em condições diferentes.
Assim, um ranking baseado na classificação média dos pilotos que participaram de ao menos doze provas foi criado para reduzir tais distorções. Nele, Andrey Lima se mantém como detentor do melhor desempenho, cruzando a linha de chegada, em média, na posição 3,56 nas 52 provas que disputou. O segundo posto é de Luizinho Brambila (4,52), seguido de Fabio Knabben (4,66), já afastado das pistas e um dos pilotos mais regulares nos primórdios da RNK. Depois aparecem Rafael Demmer (4,93),Tido Olmedo (5,45), Daniel Silva (5,57), Bruno Rocha (5,81) e Eduardo Johnscher (5,92).
Sem largar na frente nenhuma vez em 2018, Chico Johnscher estacionou nas 13 poles e abriu passagem para Luizinho Brambila, que agora tem 14. Depois deles, as melhores marcas são de Andrey Lima (10), Eduardo Johnscher e Eduardo Bettega (6), Rafael Demmer (5), Marcelo Rosa (4), Carlos Feijão, Fábio Mathoso, Tido Olmedo, Fabio Knabben, Ricardo Rocco e Edinho Marques.
Quando se fala em volta voadora, Luizinho Brambila dá um passeio. Foram 16 voltas mais rápidas na carreira, praticamente uma a cada três corridas e o dobro de seus seguidores mais próximos, Andrey Lima, Eduardo e Chico Johnscher, que têm oito. A seguir vêm Tido Olmedo e Bruno Vianna com cinco; Fabio Knabben com quatro; Bruno Rocha, Fábio Mathoso, Marcelo Rosa, Marjorie Johnscher, Eduardo Bettega e Priscila Driessen com três.
O ano de 2018 foi inegavelmente de destaque feminino. Se até o ano anterior, dentre as mulheres, apenas Marjorie Johnscher havia vencido e, além dela, só outras duas pilotas haviam subido ao pódio – Priscila Driessen e Elvira Cilka –, a última temporada teve mais duas novas vitoriosas e seis das sete competidoras figuraram no pódio, nele marcando presença 15 vezes.
No GP de Joinville, Claudinha e Karina Cardozo reeditaram a dobradinha feminina inaugurada em 2015 por Marjorie e Priscila, e no GP de Registro, elas foram além, marcando uma “trepadinha”, com três mulheres no topo: Taís Alves, Elvira Cilka e Marjorie Johnscher. Brenda Ramirez obteve um belo 2º lugar no GP de Irati.
Com cinco estreias femininas em 2018, agora são 24 nomes femininos na galeria dos 210 pilotos que já passaram pela RNK. Em número de participações, contudo, a representatividade ainda é baixa, com apenas 196 dentre as 2039 largadas na história da RNK.
Cláudia Cardozo e Elvira Cilka ganharam o Troféu Feminino do 1º e 2º turno de 2018, respectivamente, mas o melhor currículo feminino ainda pertence a Marjorie Johnscher, com três vitórias, duas no Raceland e uma no Beto Carrero, duas poles, três fast laps, um Prêmio Maneco Combacau, concedido ao piloto que mais realiza ultrapassagens na temporada, obtido em 2015. Também é dela a melhor classificação final em campeonatos, o 5º lugar no Troféu 82 Design, o 2º turno do campeonato de 2016.
O automobilismo talvez seja uma das poucas modalidades esportivas que recebe atletas de mais idade. Na Copa RNK, 23 dos 210 pilotos que competem ou já competiram já passaram da casa dos 50 anos de idade. Em 2018, foram 9 “velhinhos” presentes no grid.
Chico Johnscher é o idoso com melhor desempenho, conquistando o bicampeonato em 2013 aos 56 anos de idade. Também é o mais velho a vencer uma prova, o 1º GP dos Ingleses em 2017, aos 60 anos e 5 meses.
Somente quatro pilotos acima dos 50 anos venceram provas na Copa RNK: Chico Johnscher, Rodolpho Bettega, Samurai Sam e Marcelo Tirisco.
Entre 2012 e 2014, cinco das sete vitórias até então obtidas por Eduardo Johnscher ocorreram debaixo d’água, o que lhe valeu o epíteto de Rei da Chuva. Além dele, apenas Chico Johnscher (duas vezes) e Andrey Lima (uma vez) haviam vencido na chuva. De lá para cá, contudo, Eduardo vive um período de seca.
Em 2015, a chuva não caiu em nenhuma prova. Em 2016, teve chuva em duas rodadas – Registro e Interlagos – com vitórias de Kleber Borges, Rick Bull e Samurai Sam. Em 2017, a chuva esteve presente em Joinville e Florianópolis (em Rio Negro, apesar da intensa chuva antes da prova, durante as baterias a pista já estava praticamente seca), e nas seis baterias realizadas nessas condições, seis vencedores diferentes: Tido Olmedo, Eugenio Westphalen, Bruno Rocha, Luiz Brambila, Rodrigo Araujo e Chico Johnscher – este, o único que já vencera antes na chuva.
Em 2018, a chuva deu as caras pra valer só uma vez, e novamente no Kartódromo dos Ingleses, em Florianópolis, com vitórias de Luiz Brambila nas duas baterias, Nito Ramirez, Daniel Silva, Bruno Rocha e Jackson Gonçalves. Na segunda rodada, no KGV, uma leve chuva caiu nas últimas voltas da terceira bateria da noite, justamente no traçado mais difícil, prova vencida por Marcelo Tirisco, mas a pista já estava seca na última bateria.
Chico Johnscher foi o único piloto na história da RNK a vencer com uma volta de vantagem, feito que protagonizou duas vezes. A primeira, sobre o companheiro de equipe Eduardo Johnscher em uma das baterias válidas pela segunda prova da RNK, em 2012, no Marumby Kart Indoor. Mas, por ser um circuito indoor muito curto, a diferença representou pouco mais de 20 segundos. O maior “passeio” ocorreu no GP de Matinhos (20/02/2016), quando Chico abriu uma volta e meia – o equivalente a cerca de 50 segundos – em relação ao segundo colocado, Bruno Vianna.
Vitórias com mais de 30 segundos de vantagem só ocorreram em mais cinco oportunidades, e três delas envolveram Chico Johnscher. No GP Ayrton Senna, disputado no Kartódromo Raceland em 26/04/14, o ele venceu com 30,854s de vantagem sobre o 2º colocado, Menyr Zaitter. No mesmo ano, na primeira prova disputada em Registro (11 de outubro), foi a vez de Guilherme Szpiegel vencer de forma absoluta, abrindo 32,369s sobre o 2º, justamente Chico Johnscher. Em 21/10/18, no Kartódromo dos Ingleses, em Florianópolis, Luizinho Brambila venceu o piloto da Johnscher Racing por 30,230s, e Rodrigo Araujo abriu 45,868s sobre Julian Fontana.
E na Superfinal do ano passado, em Interlagos, Bruno Rocha sobrou na pista e enfiou 32,434s sobre o 2º lugar, Anderson Rocha.
O equilíbrio das disputas em 2018 pode ser comprovado pelo número de vitórias com margem inferior a um segundo, em 19 das 39 baterias realizadas. Em seis delas, os três primeiros receberam a bandeirada separados por menos de um segundo. E uma delas está entre as cinco vitórias mais apertadas da história da RNK: a de Andrey Lima sobre Samurai Sam, por 0,055s, no KGV.
Andrey, aliás, é especialista em chegadas emocionantes. A menor diferença entre os primeiros colocados teve o Japa em 2º lugar, a 0,036s do vencedor Bruno Vianna no GP Sébastien Ogier, no Kartódromo de São José dos Pinhais, em 11/06/16. Exatamente um ano depois, na mesma pista, Andrey Lima superou Eugenio Westphalen na última curva do GP Thierry Neuville para vencê-lo por 0,045s.
Outras três chegadas por diferença ínfima foram registradas no Raceland: GP Michèle Mouton, em 13/06/15, de Luizinho Brambila sobre Fabio Knabben por 0,047s; em 24/05/13, de Guilherme Szpigiel sobre Fabrizzio Zaneti por 0,057s; e no GP Colin McRae, em 15/08/15, de Andrey Lima sobre Marcelo Rosa por 0,061 s.
A chegada mais emocionante em 7 anos de RNK, entretanto, não valia pódio, muito menos a vitória. Ela se deu na briga pelas últimas posições, no GP de Irati, abertura da Copa RNK de 2018, quando Paulo Cardozo superou Taís Alves por 0,020s e quatro karts – incluindo ainda Bruno Vianna e António Keps – chegaram separados por 0,150s.
Duas premiações extras, além do pódio e dos melhores do campeonato, já são tradicionais na Copa RNK.
A primeira é o Troféu Maneco Combacau, instituído em 2015 em homenagem a um dos ícones do kartismo brasileiro nas décadas de 1960-70. O prêmio, concedido ao piloto que mais escala o pelotão ganhando posições em relação à sua posição no grid de largada, somando-se todas as etapas do ano, é uma forma de incentivar a combatividade mesmo quando as chances de vitória são menores. Seus ganhadores foram Marjorie Johnscher (2015), Eduardo Johnscher (2016), Paulo Taylor (2017) e Luizinho Brambila (2018), Este, de forma bastante inesperada já que costuma largar sempre nas primeiras filas, conseguiu a façanha na Superfinal em Interlagos, ganhando 22 posições na primeira bateria e 18 na segunda.
A segunda premiação extra é uma “zoeira” que surgiu despretensiosamente em 2014, quando Marcelo Rosa foi “homenageado” ao final do campeonato com um certificado, assinado por todos os pilotos, atestando que jamais vencera uma prova.
No ano seguinte, foi instituído o Troféu Pé de Breque – o pé esquerdo de um tênis velho – dado ao piloto que mais sofreu ultrapassagens na temporada, “conquistado” por Rafael Vianna. A partir de então, o “troféu” foi institucionalizado como de posse transitória, sendo entregue, em votação simbólica, ao piloto que por alguma razão apresenta resultados decepcionantes, e acabou se tornando um dos momentos mais esperados das premiações. Concedido a Eduardo Bettega ao final do Troféu Candy Shop, Eduardo Johnscher ao final do Troféu 82 Design, Chico Johnscher (1º turno de 2017), Carlos Feijão (2º turno de 2017) e Marcelo Rosa (1ª turno de 2018), está agora nas mãos – ou melhor, no pé – de Alessandro Trevisan.
Tradicionalmente, o Pé de Breque não é conferido a nenhum piloto em seu ano de estreia.
Se em 2017 já havia sido registrado um recorde histórico de 38% de aumento no número de participantes por prova em relação ao ano anterior, em 2018 essa marca foi pulverizada, com um aumento de 67%.
Depois de 2014, ano em que houve o menor número de participantes – no ano de estreia, 2012, a média foi de 17,0 karts por prova; em 2013, 16,83; e em 2014, 16,33 –, a Copa RNK entrou num ritmo de crescimento contínuo. Em 2015, teve 17,17 pilotos por etapa, número que saltou para 19,29 em
2016, 26,71 em 2017 e atingiu nada menos que 44,5 karts alinhando para a largada, em média, em cada uma das 14 etapas de 2018.
A última temporada também bateu o recorde de participantes em uma prova (63), no GP de Irati, na abertura do campeonato. Os pilotos, contudo, foram divididos em cinco baterias. O maior grid de largada, até então privilégio do Raceland, foi registrado em 2018 no GP Granja Viana, com 30 karts alinhando em cada uma das quatro baterias disputadas no dia 12 de maio.
O ano de 2018 também bateu o recorde de equipes inscritas: foram 21 no 1º turno e 20 no 2º. Só o 34 Team, capitaneado por Nito Ramirez, trouxe cinco equipes; as estreantes Box45, de João Cardoso, e Technical Racing, de Kevin Bettio, vieram com três e duas respectivamente; o Fast Lap Racing Team, de Bruno Rocha e Nabor Patzsch, também estreante, começou com uma no 1º semestre e inscreveu outras duas no 2º; e a tradicional RBR de Carlos Feijão também trouxe duas equipes.
Instituído somente na 2ª edição da Copa RNK, em 2013, o campeonato por equipes tem na Johnscher Racing a maior vencedora, apesar dos resultados discretos nas duas últimas temporadas. Único time que mantém até hoje sua formação primitiva, com Chico, Eduardo e Marjorie Johnscher, ostenta 20 vitórias, dois títulos (2013 e 2015) e três vices (2014 e os dois turnos de 2016). No 1º turno de 2017, a Johnscher Racing obteve sua pior classificação – 7º lugar – recuperando-se parcialmente com o 3º lugar no 2º semestre. Em 2018, terminou em 6º no primeiro semestre e em 4º no segundo.
Criada no 2º semestre de 2016, a TK Racing, composta por Luiz Brambila, Rafael Demmer e Franciel Vivan, conquistou os três primeiros títulos que disputou (o segundo turno daquele ano e os dois de 2017). O favoritismo da TK Racing, contudo, virou pó com o abandono de Vivan e Demmer, que participou apenas da rodada de Joinville. Contando praticamente só com Luizinho no 1º semestre, a equipe que em sua breve história conquistou 13 vitórias na RNK terminou num modesto 17º lugar e abdicou de participar do 2º turno, cedendo seu principal piloto ao Fast Lap Racing Team.
Durante os primeiros três anos de disputa, a equipe que mais rivalizou com a Johnscher foi a Designers Racing (Fabio Knabben, Guilherme Szpigiel e Marcelo Rosa), vice em 2013, campeã em 2014 e 3º lugar em 2015, quando encerrou suas atividades. Acumulou quatro vitórias nesse período. Em 2016, Fabio Knabben criou a Bora Racing, com Ricardo Rocco e Rafael Demmer, que participou no 1º semestre obtendo uma vitória e terminando em 5º lugar entre seis participantes.
Nas demais equipes, o histórico revela uma intensa “dança das cadeiras” e mudanças de nomenclatura.
A atual RBR surgiu em 2013 como SNA, Carlos Feijão, Menyr Zaitter e Negão Lemos, terminando em último. No ano seguinte, substituiu Negão por Andrey Lima e ficou em 3º. Em 2015, mudou o nome para Race 4 Fun, trocou Zaitter por Eduardo Bettega e obteve o vice-campeonato. Em 2016, mais uma mudança de nome, agora para o – por enquanto – definitivo RBR, e a conquista do Troféu Candy Shop (1º turno da V Copa RNK). A contínua ascensão foi interrompida no 2º semestre daquele ano com o abandono de dois de seus pilotos. Contando apenas com a pontuação de Feijão, a equipe amargou o 5º e penúltimo lugar. Em 2017, manteve a formação obtendo o 3º lugar no 1º turno, embora Eduardo Bettega não tenha participado de nenhuma prova – o piloto seria substituído por Ricardo Rocco no 2º turno, e a RBR terminaria em 4º lugar. Em 2018, Eduardo Bettega retornou para o time no lugar de Rocco, e o manager Feijão inscreveu mais um time, incluindo na equipe Samurai Sam, Alessandro Trevisan e Everton Tonel, conquistando o título do 1º turno e o vice-campeonato do 2º. Carregando o espólio de todo o seu passado e somando as 7 vitórias em 2018, a RBR ostenta um cartel de 20 vitórias, igualando a marca da Johnscher Racing.
A Vianna Bros., dos irmãos Rafael e Bruno Vianna, foi uma das mais tradicionais enquanto existiu, embora sua melhor classificação tenha sido o 3º lugar em 2014. Em 2016, incluiu no time uma representante feminina, Isabel Costa, e passou a se denominar Vianna Bros. & Lady, obtendo também o 3º lugar no Troféu Candy Shop. Na metade do ano, suspendeu temporariamente as atividades, e Rafael Vianna formou, com Marcelo Rosa e Ricardo Rocco, a Scuderia Nelson Piquet, que participou no 2º semestre terminando em 3º lugar sem vencer nenhuma prova. Sob o nome, simplesmente, de Scuderia – com os irmãos Vianna e Marcelo Rosa – o time retornaria em 2017 para terminar em último entre nove equipes participantes ao final do 1º turno. Na metade do ano, mais uma vez, Rafael Vianna declarou “forfait”. Em sua longa história, acumulou somente cinco vitórias.
A mais curiosa história entre as equipes da RNK talvez seja a da atual Zero Racing, capitaneada por Rodolpho Bettega. Surgiu como βH Driessen, com Rodo, Eduardo Bettega, Dario e Priscila Driessen. Em 2015, Dario e Eduardo deram lugar a José Revoredo e Luiz Brambila, e o time passou a se chamar Zé Bedrilo. Em 2016, com a saída de Priscila, nova mudança de nome: Engspão. Na metade do mesmo ano, a equipe perdia o campeão Brambila, substituído por Alessandro Trevisan, mudando sua denominação para RAZ. Com a saída de Ale para a RBR em 2018, somente com Rodo e Revoredo, a equipe passou a se chamar Zero Racing. Em nove campeonatos disputados, cinco nomes diferentes, mas resultados pouco convincentes na tabela: um quinto e quatro quartos lugares na classificação final entre 2013 e 2016; 8º (penúltimo e último) nos dois turnos de 2017; e, contando apenas com a participação de Rodo, já que Revoredo não entrou na pista, 20º (penúltimo) e 18º (antepenúltimo) lugar respectivamente no 1º e 2º turno de 2018. Apesar das classificações inexpressivas, conquistou nove vitórias.
Das equipes que estrearam em 2017, a mais eficiente foi a 34 Racing, vice-campeã do 1º turno e 5º lugar no 2º turno daquele ano com Nito Ramirez, Tido Olmedo e Renato Braga. Em 2018, sob a nomenclatura 34 Team, Nito inscreveu cinco times incluindo mais 12 pilotos: Elvira Cilka, Daniel Silva, Marcelo Saito, Marcelo Tirisco, Brenda Ramirez, Claudio Ferreira, Taís Alves, Fernanda Galvão, Lucas Chaves, Mallu Ribeiro, Leandro Lenartovicz e Diego Boriolo – os quatro últimos nem chegaram a correr. O melhor resultado final foi um 4º lugar no 1º turno e um 5º no 2º, acumulando 11 vitórias em dois anos.
A Kartbeer Racing, de Kleber Borges, Eugenio e Emygdio Westphalen, que obteve o 4º e o 7º lugar respectivamente no 1º e 2º turno de 2017, estacionou em sua única vitória e foi 14º nos dois turnos de 2018.
A DuxShalon RT começou 2017 com Anderson Rocha, Bruno Rocha e Rodrigo Metz, este substituído depois por Marcos Martins, obtendo o 5º lugar no 1º turno e o vice-campeonato no 2º, totalizando quatro vitórias. Em 2018, perdeu Bruno Rocha, entrando em seu lugar Renee Faletti, que acabou participando de apenas uma prova. A equipe terminou o 1º turno em 11º lugar e acabou absorvida pelo Fast Lap Racing Team. Mesmo destino teve a Cacaca Sprint (Felipe Carneiro, Beto Carneiro e Everson Calaes), 6ª colocada nos dois turnos de 2017 com uma vitória. Em 2018, com a substituição de Beto Carneiro por Felipe Fontana, outro que só participou de uma prova, o time mudou a nomenclatura para Kamikaze Team, terminando o 1º turno em 9º lugar, e também foi absorvida pelo Fast Lap.
O Fast Lap Racing Team, aliás, estreou em 2018 fazendo estrago. No 1º turno, com Bruno Rocha, Nabor Patzsch e Juliano Cunha, foi 3º lugar. No 2º turno, inscreveu mais dois times, com mais cinco pilotos vindos de equipes adversárias – Luiz Brambila, Felipe Carneiro, Everson Calaes, Anderson Rocha e Marcos Martins – além de Heitor Preto e Fernando Henrique Gonçalves, saindo Nabor, que não correu no 2º semestre. O resultado veio com o título de campeã do 2º turno e um acumulado de 8 vitórias, seis delas após a virada do semestre.
Dentre as demais estreantes em 2018, destaque para duas: Box 45, da família Cardozo, formada por João, Claudinha, Karina e Paulo Cardozo, Jackson Gonçalves, Anderson Miotto, Alberi Carvalho e Giancarlo Blanco, além de Fabio Mathoso incluído nas últimas etapas, que contou com três times obtendo 5 vitórias e o vice-campeonato no 1º turno, mas apenas o 12º lugar no 2º, quando praticamente abdicou da disputa; e a Technical Kart Racing Team, composta por Kevin Bettio, Anderson Vieira, Bird Clemente Jr., Fred Willian e Fernando Vieira, que com dois times inscritos foi 5º e 3º lugar no 1º e 2º turno, obtendo 3 vitórias.
Concorreram ainda, em 2018, com poucos resultados expressivos, a Dry Team (Fernando Durando, Clovis Casavechia e Kelvin Axel), que obteve uma vitória na primeira etapa, e a Tartarugas (António Keps, Ricieri Garbelini e Uellton Gonçalves).
Há dois anos ausente do calendário da Copa RNK, o Raceland continua sendo o kartódromo que mais abrigou provas do campeonato, com 33 etapas.
Depois dele, os kartódromos mais utilizados são os de Joinville (SC), em nove etapas; São José dos Pinhais, Beto Carrero (Penha-SC) e Registro (SP), em sete etapas; Interlagos (SP), em seis; Indaial (SC), em cinco; Ingleses (Florianópolis-SC), em quatro; e Speedway (Balneário Camboriú-SC), em três.
Os kartódromos de Irati (PR) e Granja Viana (Cotia-SP) estrearam na RNK em 2019, recebendo duas etapas cada. Mais três pistas sediaram o campeonato em uma única oportunidade: o Kartódromo de Rio Negro (PR), o Marumbi Kart Indoor, em Curitiba, e o 34 Kart Indoor, em Matinhos (PR).
A RNK mantém, desde 2014, uma equipe para disputar provas de longa duração. O RNK Endurance Team participou de 20 dessas competições. Desde agosto de 2017, a RNK mantém parceria com o Fast Lap Kart Indoor, e a equipe passou a ser designada Fast Lap/RNK Endurance Team.
O melhor resultado da equipe foram dois 2ºs lugares, nos 200 km de Registro, em 2015, e nas 10 Horas de Matinhos, em 2016, onde também foi ao pódio com o 3º lugar.
Ironicamente, nas duas oportunidades a equipe RNK perdeu a vitória devido a punições. Em Registro, recebeu a bandeirada em 1º, mas foi punida em 10 segundos por uma colisão a poucas voltas do fim quando Eduardo Johnscher disputava a liderança; em Matinhos, a equipe teve de cumprir uma parada de um minuto devido a um toque de Chico Johnscher, que provocou a rodada de um retardatário.
Em 2017, chegou a liderar a maior prova de endurance do rental kart nacional – as 24 Horas Rental Kart de Interlagos. Em 2018, terminou o CEKI – Campeonato de Endurance de Kart Indoor organizado pela RA Racing – em 12º lugar dentre 67 equipes participantes.
Chico Johnscher compôs a equipe em 19 oportunidades. Além dele, quem mais vestiu a camisa do RNK Endurance Team foram Carlos Feijão (13 vezes), Eduardo e Marjorie Johnscher (12), Bruno Rocha (10), Anderson Rocha (8), Rodolpho Bettega (6), Luiz Brambila e Everson Calaes (5), Anderson Vieira, Eugênio e Emygdio Westphalen (4) , Phellip Carvalho e Nito Ramirez (3).
I COPA RNK – 2012
A 1ª Copa RNK teve 10 etapas, oito disputadas no Raceland e duas previstas para São José dos Pinhais. O sistema de pontuação não previa descartes e era variável em função do número de participantes: numa prova com 15 competidores, por exemplo, o vencedor recebia 15 pontos. Além dos bônus pela pole e pela melhor volta e da punição com a perda de dez pontos aos pilotos que se inscreviam e não compareciam – presentes até hoje no regulamento –, um ponto extra também era concedido a cada sequência de três participações consecutivas. Mais três pontos eram acrescidos, no final do campeonato, aos pilotos que participassem de mais provas. Era a forma encontrada para incentivar a fidelidade dos pilotos.
Além da classificação geral, também havia a divisão por peso em duas categorias: A (até 80kg) e B (acima de 80kg). Somente dois pilotos venceram mais de uma prova: Chico Johnscher (duas) e Eduardo Bettega (três). Uma das vitórias de Bettega, entretanto, veio de uma excrescência do regulamento. A primeira das provas marcadas para São José acabou transferida para o Marumbi Kart Indoor devido à forte chuva. Com 20 inscritos, os pilotos foram divididos, por sorteio, em três baterias e, de acordo com o regulamento, uma classificação única seria consolidada conforme o número de voltas e o tempo total de prova de cada piloto. O resultado final acabou causando estranheza, pois vários pilotos visivelmente mais lentos da última bateria acabaram na frente de outros mais rápidos da primeira. Foi só muitos meses depois que se descobriu que o tempo total de prova incluía o qualify e o tempo para formação do grid, o que tornaria impossível consolidar os tempos das três baterias. A divisão em baterias seria excluída do regulamento no ano seguinte, mas em 2012 Eduardo Bettega acabou obtendo uma vitória por ter vencido a bateria cujos fiscais foram mais ágeis no alinhamento dos karts.
O campeonato chegou à última etapa praticamente decidido em favor de Chico Johnscher, que só precisava chegar em 8º para se sagrar campeão da 1ª Copa RNK. Acusado de ser beneficiado pelo pouco peso, Chico largou com 16 kg de chumbinhos de tarrafa dentro do macacão e terminou em 3º lugar, garantindo o título. Foi campeão com 148 pontos, contra 142 do vice Eduardo Johnscher, que venceu a prova derradeira, com muita chuva, fazendo a sua parte. Eduardo Bettega foi o 3º no campeonato, com 127 pontos. Na sequência, Rodolpho Bettega (119), Menyr Zaitter (87), Pedro Barbosa (87), Priscila Driessen (75), Marcelo Rosa (62), Rafael Vianna (56) e Bruno Vianna (56) completaram os dez primeiros. Carlos Feijão, cujo melhor resultado foi um 8º lugar, aparecia somente em 11º, e Marjorie Johnscher, com um 10º lugar como melhor resultado, em 13º.
Entre os leves, o campeão Chico Johnscher foi seguido de Priscila Driessen, Marcelo Rosam Eduardo Bettega e Rafael Vianna (sim, Rafael Vianna era leve…).
Entre os pesados, o campeão foi Eduardo Johnscher, seguido de Rodolpho Bettega, Menyr Zaitter, Pedro Barbosa e Eduardo Bettega (sim, Eduardo Bettega ficou leve na segunda metade do campeonato…)
O campeonato não teve premiação aos campeões nem aos vencedores das provas.
A 2ª Copa RNK manteve o formato da primeira edição, mas aumentou para 12 o número de provas (9 no Racelande 3 em S. J. dos Pinhais) e acrescentou outros dois pontos de bonificação: um para o vencedor e um para o piloto que mais ganhasse posições em relação à largada. Também foi introduzido o critério N-2, com o descarte dos dois piores resultados, criado o campeonato por equipes e instituída premiação para os primeiros colocados nas provas e no campeonato.
A temporada chegou à sua última prova definida. Chico Johnscher conquistou o bicampeonato ao vencer a penúltima etapa, em São José, na prova em que Eduardo Johnscher protagonizou o acidente mais espetacular da história da RNK ao capotar seu kart. Eduardo já havia garantido o bi na classe B uma prova antes.
Restava decidir o vice geral – Eduardo Johnscher e Marcelo Rosa chegavam à decisão empatados – e o título por equipe. Com a vitória, mais uma vez com chuva, Eduardo foi o vice, com 152 pontos, contra 164 do campeão Chico e 141 do 3º, Marcelo. Completaram os dez primeiros Bruno Vianna (122), Guilherme Szpigiel (110), José Revoredo (107), Rafael Vianna (105), Rodolpho Bettega (99), Eduardo Bettega (90) e Priscila Driessen (87). Carlos Feijão e Marjorie Johnscher ainda não haviam encontrado o caminho, terminando respectivamente em 12º e 14º.
Entre os leves, Chico Johnscher foi bicampeão, seguido de Marcelo Rosa, Bruno Vianna, Priscila Driessen e Fabio Knabben. Nos pesados, Eduardo Johnscher foi seguido de Guilherme Szpigiel, José Revoredo, Rafael Vianna e Rodolpho Bettega. A Johnscher Racing sagrou-se campeã entre as equipes, e o vice ficou com a Designers Racing.
A terceira edição da Copa RNK trouxe muitas novidades. As principais foram a substituição do Kartódromo de São José dos Pinhais por três provas fora do Paraná – Beto Carrero, Joinville e Registro – e o estabelecimento de lastro mínimo (80kg) para os pilotos do sexo masculino, extinguindo-se as classes A e B. Além disso, foi abolida a tomada de tempo nas provas realizadas em Curitiba, com a formação do grid invertido conforme a ordem inversa da classificação do campeonato. A última prova, denominada Corrida do Milhão, a exemplo da Stock Car, teria pontuação dobrada. Um bônus extra de três pontos passou a ser concedido nas provas de fora, de modo a incentivar a participação, benefício dado também aos pilotos de fora de Curitiba nas provas do Raceland. O sistema de descarte passou a ser N-3.
Com a pontuação dobrada na última etapa, o campeonato chegou à decisão com sete pilotos disputando matematicamente o título. Para o líder Eduardo Johnscher, um 5º lugar garantiria a conquista independentemente dos resultados dos adversários. O vice-líder, o ainda pouco conhecido Andrey Lima, tornara-se a sensação do campeonato ao vencer quatro provas, mas precisaria levar todos os pontos possíveis: vitória, melhor volta e maior avanço em relação à posição de largada. E foi o que ele fez – não por acaso, recebeu naquele ano a alcunha de Japa Voador. O insuficiente, porém, para tirar o título de Eduardo, que com um 4º lugar ficou dois pontos à frente (166 x 164). Fabio Knabben, cujo desafio era o mesmo de Andrey, foi o 2º na prova e terminou em 3º na classificação final, com 156 pontos. Chico Johnscher (141), Eduardo Bettega (140), Marcelo Rosa (127), Priscila Driessen (116), José Revoredo (115), Carlos Feijão (114) e Guilherme Szpigiel (113) completaram os dez primeiros.
Entre as equipes, inverteu-se o resultado do ano anterior: a Designers Racing foi campeã e a Johnscher Racing, vice.
A adoção de pontuação fixa (25 pontos para o vencedor) foi a mudança mais significativa no regulamento de 2015. Além disso, abandonou-se o grid invertido nas etapas de Curitiba, extinguiram-se os pontos extras aos “visitantes” e reduziu-se para um o ponto extra aos pilotos que participaram de todas as etapas. Cada vez mais insatisfeitos com as condições dos karts no Raceland, metade das provas seria desenvolvida fora do Paraná. Além dos kartódromos que já haviam sediado a RNK no ano anterior (Beto Carrero, Joinville e Registro), Indaial e Balneário Camboriú entraram no calendário, enquanto Registro ganhou mais uma etapa.
A abertura da temporada, marcada para o Beto Carrero em janeiro, porém, não poderia ter sido mais frustrante. Na véspera da prova, com mais de 20 pilotos inscritos, os responsáveis pelo kartódromo comunicaram que haveria, com muita sorte, no máximo dez karts em condições de uso. Dois ou três pilotos desistiram de participar, e a solução encontrada foi dividir a etapa em duas baterias eliminatórias, que classificariam dez pilotos para uma final – somente esta valeria pontos para o campeonato. Realizadas as duas classificatórias, com bastante atraso e os karts em frangalhos, alguns pilotos se amotinaram e se recusaram a realizar a bateria final, exigindo que fossem computados os pontos referentes às duas baterias preliminares. A Organização optou pela realização da bateria com os pilotos remanescentes e decidiu que a etapa não contaria pontos para a Copa. Mais tarde, voltaria atrás e, em consenso, validou o melhor resultado obtido por cada piloto.
Dali pra frente, entretanto, o campeonato transcorreu perfeitamente e acirradíssimo. Até a metade da temporada, Chico e Eduardo Johnscher disputaram palmo a palmo o topo da tabela e tudo indicava que, mais uma vez, o título ficaria nas mãos de um deles. Andrey Lima, porém, depois de ficar de fora em duas etapas, fazia um campeonato consistente, subindo ao pódio em todas as etapas e chegou à última prova na liderança, com 12 pontos de vantagem sobre o vice-líder Eduardo Johnscher e 13 sobre o 3º, Fabio Knabben. A essa altura, Chico caíra para 5º, atrás também de Marcelo Rosa. Eram os únicos que ainda tinha chances, ainda que meramente matemáticas, de chegar ao título.
Na Corrida do Milhão, o Japa correu com o regulamento na mão e fez pouco mais que o suficiente. Chegando em 5º, sem correr riscos, sagrou-se campeão com 235 pontos, onze à frente do vice Fabio Knabben. Marcelo Rosa foi o 3º com 213 pontos, enquanto Eduardo Johnscher colhia seu pior resultado no ano (13º), despencando para 4º com 211, e Chico Johnscher terminava em 5º, com 202. A surpresa ficou por conta de Marjorie Johnscher, que marcou a pole e venceu a prova, subindo para a 6ª posição no campeonato, com 195 pontos. Ela ainda ganharia o Prêmio Maneco Combacau, instituído naquele ano. Completaram os dez primeiros na classificação final Carlos Feijão (192), Eduardo Bettega (188), Ricardo Rocco (187) e José Revoredo (162). Um novato que começava a chamar atenção ganhando três provas, mas abandonara o campeonato no terço final, foi o 11º. Seu nome era Luiz Brambila.
Entre as equipes, o título voltou para a Johnscher Racing, ficando o vice-campeonato para a Race Four Fun, atual RBR, composta por Andrey Lima, Carlos Feijão, Eduardo Bettega e Menyr Zaitter.
Em sua 5ª edição, a Copa RNK promoveu a mais profunda alteração no formato da competição, que vigora até hoje: a divisão do campeonato em três fases, com dois turnos semestrais classificatórios (cada um com seis etapas e N-1) e uma Superfinal (em rodada dupla) – valendo três premiações independentes – e o desdobramento das etapas em duas ou mais baterias adaptando-se à relação número de pilotos/quantidade de karts disponíveis. Além disso, foi elevado o peso mínimo dos pilotos do sexo masculino para 90kg e introduzido também o peso mínimo para as mulheres, este fixado em 80kg.
O primeiro turno – Troféu Candy Shop – teve suas etapas desenvolvidas em Joinville, Matinhos, Registro, Indaial e duas em São José dos Pinhais.
Luizinho Brambila chegou à decisão, em S. José, com o título praticamente assegurado. Só Eduardo Johnscher tinha chances – remotas – de mudar o resultado, mas chegou em 7º, e o 6º lugar foi o suficiente para Brambila ser campeão com 116 pontos. Bruno Vianna venceu e garantiu o vice-campeonato, com 108 pontos. Eduardo foi o 3º com 106, Rafael Demmer ficou em 4º com 104 e Chico Johnscher em 5º com 99. Completaram os dez primeiros Ricardo Rocco (97), Andrey Lima (96), Rafael Vianna (96), Feijão (95) e Kleber Borges (92). A RBR foi a equipe campeã, ficando a Johnscher Racing em 2º.
O segundo turno – Troféu 82 Design – foi quase um reprise do primeiro, mudando apenas o adversário de Luizinho na briga pelo título. Dessa vez, seu companheiro de equipe Rafael Demmer é quem lhe poderia roubar o laurel. Com provas em Joinville (duas), Beto Carrero, Indaial e Registro e a última no Raceland, Brambila foi o campeão com 114 pontos, contra 95 de Demmer. Chico Johnscher foi o 3º com 92, ficando Feijão em 4º com 87 e Marjorie Johnscher – que mais uma vez vencia a etapa derradeira – em 5º com 79. Completaram os dez primeiros na classificação: Franciel Vivan (77), Eduardo Johnscher (73), Anderson Rocha (72), Marcelo Rosa (70) e Rafael Vianna (70). A equipe TK Racing, recém-formada por Brambila, Demmer e Franciel, foi campeã e novamente a Johnscher Racing a vice.
A Superfinal foi disputada em rodada dupla no Kartódromo de Interlagos entre os 15 pilotos com melhor classificação nos dois semestres, sendo algumas desistências supridas pelos pilotos mais bem situados na sequência. Aos pontos conquistados nas duas provas da rodada dupla, somaram-se ainda pontos extras que cada piloto levou conforme sua classificação nos turnos, o que tornava praticamente impossível tirar de Luizinho Brambila. Rick Bull e Samurai Sam venceram as provas da Superfinal e mesmo a quebra do campeão na última quando liderava com tranquilidade tirou dele o título. Luizinho conquistou o terceiro título do ano e Chico Johnscher foi o vice-campeão. Rafael Demmer ficou em 3º, Rick Bull em 4º e Samurai Sam em 5º. Completaram a lista dos dez melhores do ano Eduardo Johnscher, Rafael Vianna, Carlos Feijão, Alessandro Trevisan e Franciel Vivan.
As únicas mudanças para a 6ª Copa RNK foram a introdução de duas rodadas duplas em cada turno, mantendo-se o mesmo número de provas, e o aumento no número de descartes, que passou para o sistema N-2. A maior novidade, entretanto, foi a adoção de numeração fixa para os pilotos em todo o campeonato.
No primeiro turno, as rodadas duplas foram realizadas em Indaial e no Beto Carrero; as simples, em Joinville e São José dos Pinhais. Três pilotos chegaram à última prova embolados: Andrey Lima e Luiz Brambila, empatados, quatro pontos à frente de Oracildo Olmedo. Andrey Lima, depois de largar mal, fez uma prova espetacular e assumiu a ponta a poucos metros da bandeirada. Nem seria preciso vencer, porém. Tido foi apenas o 5º e Luizinho, o penúltimo. O Japa foi campeão com 100 pontos, ficando Luizinho Brambila em 2º, com 97, e Tido Olmedo em 3º, com 91. Completaram os dez primeiros na pontuação Rafael Demmer (83), Ricardo Rocco (82), Eugenio Westphalen (81), Bruno Rocha (77), Alessandro Trevisan, Renato Braga e Carlos Feijão (todos com 75). Pela primeira vez na história, nenhum integrante da Johnscher Racing entre os primeiros. A TK Racing conquistava mais um título também entre as equipes, cujo vice-campeonato foi para a 34 Racing, formada por Nito Ramirez, Tido Olmedo e Renato Braga.
O segundo turno teve rodadas duplas no Beto Carrero – com transmissão ao vivo da RA Racing – e no Kartódromo dos Ingleses, em Florianópolis, e rodadas simples em Joinville e Rio Negro. Esta, uma final inédita em um kartódromo que não dispõe de kart de aluguel, com estrutura montada pelo Fast Lap Kart Indoor. O título, porém, já estava decidido em favor de Luiz Brambila, campeão com 101 pontos. O vice-campeonato ficou nas mãos de Bruno Rocha, com 90 pontos, mesma pontuação do 3º, Rafael Demmer. Completaram os dez primeiros: Marcos Martins (88), Chico Johnscher (84), Nito Ramirez (81), Andrey Lima (81), Felipe Carneiro (80), Franciel Vivan (77) e Felipe Fontana (75). A TK Racing obteve o terceiro título por equipe, seguida pela DuxShalon, de Anderson Rocha, Bruno Rocha e Marcos Martins.
Novamente em Interlagos, a Superfinal não contou com alguns dos classificados e postulantes ao título. E novamente Luiz Brambila ostentava larga vantagem em busca do título anual, confirmado com a vitória na segunda das duas provas – a primeira foi vencida por Bruno Rocha, o que lhe garantiu o vice-campeonato. Chico Johnscher foi o 3º, empatado com Marcos Martins e Renato Braga, mas favorecido por ter feito a melhor volta na segunda etapa da Superfinal. Nesta ordem, Carlos Feijão, Eduardo Johnscher, Anderson Rocha, Eugenio Westphalen e Paulo Taylor completaram a lista dos dez primeiros.
Mais uma vez o formato do campeonato foi mantido, com duas pequenas adaptações: todas as etapas em rodadas duplas e apenas um descarte (N-1) em cada turno. Ampliou-se, ainda, a premiação, abolindo-se as medalhas e substituindo-as por troféus para todas as posições do pódio. Também foram instituídos três novos prêmios: Super 100, conquistado por Nito Ramirez, para o melhor classificado acima de 100 kg, Destaque Feminino para a pilota mais bem classificada, Elvira Cilka, e Estreante do Ano, Daniel Silva, todos do 34 Team.
Duas rodadas foram realizadas com a estrutura do Fast Lap Kart Indoor em kartódromos que não oferecem locação de karts: Irati, abrindo o 1º turno, e Registro, abrindo o 2º turno.
Na abertura da temporada, em Irati, foi registrado o novo recorde de inscritos, com 63 pilotos participando da prova. A segunda rodada também teve uma pista inédita para a Copa RNK, o Kartódromo Granja Viana, com duas baterias de 30 karts – outro recorde – em cada uma das etapas. A rodada decisiva teve como palco o Kartódromo de Joinville. Andrey Lima era o líder, 3 pontos à frente de Samurai Sam e 5 à frente de Jackson Gonçalves. Na última prova, Andrey e Samurai cometeram erros e Jackson conquistou o título de forma brilhante, totalizando 115 pontos. Andrey Lima foi vice com 108, Tido Olmedo o 3º com 100, mesmo número de pontos de Daniel Silva. Na sequência, completaram o Top 10 Kevin Bettio (99), Nabor Patzsch (96), Eduardo Johnscher (92), Samurai Sam (91), Claudia Cardozo e Bruno Rocha, ambos com 89 pontos. A RBR conquistou o título entre as equipes.
O 2º turno teve suas três rodadas respectivamente em Registro, Ingleses e Balneário Camboriú, aonde Fábio Mathoso chegou liderando o turno um ponto à frente de Daniel Silva, que acabou conquistando o título com 114 pontos, 3 à frente do seu rival. Andrey Lima foi o 3º com 101. Completaram os dez primeiros Nito Ramirez (98), Carlos Feijão (97), Everton Tonel (94), Tido Olmedo (93), Marcelo Saito (93), Felipe Carneiro e Everson Calaes, ambos com 91 pontos. O Fast Lap Racing Team sagrou-se campeão entre as equipes.
Na Superfinal, em Interlagos, Daniel Silva, Andrey Lima e Tido Olmedo carregavam o maior número de pontos de bônus, mas Daniel se envolveu em um acidente e desperdiçou a chance de brigar pelo título, que ficou com Andrey Lima, mesmo sem vencer nenhuma das baterias. Tido foi o vice-campeão e Daniel Silva o 3º. Completaram o Top 10 Eduardo Johnscher, Everton Tonel, Carlos Feijão, Luizinho Brambila, Bruno Rocha, Everson Calaes e Chico Johnscher.
A Copa RNK não seria a mesma sem aqueles que imortalizam as imagens das pistas. Obrigado, Clayton Medeiros, Andressa Migiolaro, Marcia e Marcelo Schuartes!