Realizada no último domingo (12) no Kart Park Esporte & Lazer, em São José dos Pinhais, a 3ª edição do Festival de Kart que antecede a abertura oficial da Copa RNK reuniu 62 pilotos. Diferente dos anteriores, desta vez o evento promoveu um desafio entre veteranos da RNK e estreantes e convidados.
Os pilotos forma divididos em duas categorias, 85 kg e 105 kg. A primeira contou com 3 grupos, dois deles formados por pilotos que participam ou já participaram da Copa RNK e outro formado por pilotos que vão começar este ano na RNK e convidados. A segunda, com dois grupos, um de veteranos e um de estreantes.
Pelo formato proposto, cada grupo disputou duas baterias classificatórias, a primeira com grid sorteado e a segunda com inversão do grid pela classificação da primeira. Avançaram para a Final os cinco primeiros de cada grupo de 85 kg e os seis primeiros de 105 kg.
O primeiro grupo a ir para a pista foi dos pilotos leves com mais tempo de RNK. Luizinho Brambila e Andrey Lima monopolizaram a disputa pela ponta na 1ª bateria, corrida decidida no final em favor de Andrey. Emygdio Westphalen, Felipe Mathias e Elvira Cilka completaram os cinco primeiros.
Com a inversão do grid, Eugênio Westphalen largou na frente e venceu de ponta a ponta. Juliano Cunha foi o 2º e João Felipe Otto Jr. o 3º, mas acabou penalizado por uma ultrapassagem que colocou em risco um adversário. Luizinho Brambila, largando de penúltimo, herdou o 3º lugar, seguido de Felipe Mathias e Marcelo Tirisco. Luizinho classificou-se em 1º no grupo, no qual também avançaram Andrey, Mathias, Eugênio e Juliano.
O grupo 2 começou com vitória de Matheus Schillo, seguido de Cazu, Leandro Schillo. A disputa pela 4ª posição se concentrou entre Lucas Monteiro e Tiago Jordão, o que acabou permitindo a aproximação de Andre Maschio. Na linha de chegada, deliberada e “inexplicavelmente”, Lucas segurou o kart, do que se aproveito Andre para terminar em 5º. A manobra do piloto da Tartarugator’s foi bastante questionada.
Na 2ª bateria, Tiago Jordão, largando no meio do pelotão, demorou um pouco para se livrar dos pilotos que saíram na frente, depois abriu boa vantagem. Sofreram mais os que largaram das últimas posições até escalar o pelotão. Cazu bem que tentou, mas o 2º lugar era suficiente para garantir o maior número de pontos do grupo. Leandro Schillo foi o 3º, seguido de Lucas Monteiro e Andre Maschio. Além do Cazu, avançaram para a final Matheus Schillo, Tiago Jordão, Leandro Schillo e Lucas Monteiro.
O grupo 3, composto de pilotos que nunca participaram da Copa RNK, teve a vitória de Carlos Lago na 1ª bateria. Bibiano Jr foi o 2º, Edilson Bueno o 3º, Germano Pedroso o 4º e Luiz Neuwald o 5º, mesmo com 8 segundos de punição por manobras perigosas. Na 2ª bateria, vitória de Thiago Pissetti, seguido de Edilson, Bibiano e Lago. Leandro Deves assumiu a posição de Germano Pedroso, penalizado por forçar a ultrapassagem sobre o adversário, que herdou o 5º lugar.
Carlos Lago foi o vencedor do grupo, que classificou ainda Bibiano, Edilson, Pissetti e Germano.
O grupo dos errenekazeiros pesados teve a vitória de Fabio Junior da Costa depois de dura batalha com Marcelo Saito, o 2º, Felipe Mathias, o 3º, e Eduardo Johnscher, o 4º – estes dois correndo com 20 quilos de lastro para alcançar o peso. Anderson Vieira foi o 5º, herdando a posição de Anderson Rocha, que caiu para 9º depois de ser punido em 5 segundos por provocar a rodada de Fernanda Galvão na curva 1.
Na 2ª bateria, Marcos Martins assumiu a ponta logo no início e liderava até a penúltima volta, quando sofreu um toque de Tido Olmedo que o fez rodar. Na chegada, ânimos exaltados, Martins indignado e Tido justificando que o adversário freou muito cedo e não foi possível segurar. Fato é que Martins acabou retornando perigosamente à frente do segundo pelotão formado por nada menos de oito karts, que acabaram se enroscando na curva da Sede. Prejuízo maior para Felipe Mathias e Chico Johnscher – este também carregando 25 kg de lastro extra – que perderam diversas posições. No final, vitória de Tido, seguido de Fernanda Galvão, Fabio Jr, Anderson Rocha e Eduardo Johnscher. Andershow, no entanto, foi mais uma vez punido, em circunstâncias idênticas e no mesmo local da primeira, desta vez sobre Chico Johnscher. Anderson Vieira herdou o 5º posto. Fabinho foi o vencedor do grupo, avançando para a Final junto com Tido, Eduardo, Saito e Vieira.
No grupo 2, os estreantes pesados, a disputa na ponta da 1ª bateria se concentrou entre Cleber Campos, Antonio Honesko e Guilherme Amaral, os três primeiros nessa ordem. Marcio Belleza foi o 4º e Thiago Brito o 5º. Na 2ª bateria, Marcelo Mori conseguiu se defender do ataque permanente de Guilherme Amaral para vencer por apenas 0,077s. Gustavo Campos foi o 3º, seguido de Honesko e Éder Perboni. Guilherme Amaral foi o vencedor na soma dos pontos, classificando-se ainda Honesko, Cleber, Mori e Gustavo Campos.
Diferente das classificatórias, as finais contaram com tomada de tempo para formação do grid. Na 85 kg, Brambila, Cazu e Monteiro largaram nas primeiras posições e, enquanto os dois primeiros abriam na frente, o terceiro fazia escolta para evitar o avanço de Germano Pedroso. Quando este, finalmente, conseguiu a ultrapassagem, em pouco tempo reduziu a diferença para os ponteiros, chegando a cravar a melhor volta do dia, em 42,721s. Cazu, no entanto, soube se defender e assim a corrida chegou ao fim. Matheus Schillo completou o pódio na 5ª colocação.
Na 105 kg, Marcio Belleza fez a pole, tendo na sequência Marcelo Saito e Fabio Junior. Este soube se aproveitar da disputa entre os ponteiros para ultrapassar, primeiro, Saito e depois Belleza, para depois se defender e levar seu kart à vitória. Antonio Honesko foi o 4º, e Cleber Campos, o 5º. Se na frente o embate transcorria limpo, mais atrás a prova foi marcada pelo “entrevero” entre Tido Olmedo e Gustavo Campos, que desde a primeira volta já vinham se estranhando. No momento em que a bandeira de advertência seria apresentada para ambos, Gustavo jogou Tido para fora na curva 1 e este abandonou. Tido, conhecido pelo respeito aos adversários na pista, reconheceria seu destempero mais tarde: “Ele veio me espancando por duas voltas, me jogou no muro e joguei ele pra fora também. Errei, perdi a cabeça e parei pra evitar o pior”, desculpou-se. Enquanto um fazia seu “mea culpa” após a prova, o outro, depois de recolher para os boxes ao receber a bandeira preta e branca, teria dito que faria tudo de novo.
Apesar dos incidentes, infelizmente cada vez mais frequentes no rental kart, o evento foi elogiado pela maioria dos presentes. Também serviu de alerta para que os fiscais que atuarão na Copa RNK ajam com pulso firme e com o máximo rigor para punir toda e qualquer manobra desleal, seja voluntária ou involuntária, não só para que os melhores vençam pelos próprios méritos, mas para garantir a integridade de todos.
A 12ª Copa RNK começa no domingo 26 de fevereiro, no Kartódromo Internacional Beto Carrero, com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube da RNK, e já se desenha como a mais disputada da história do campeonato.