Rafael Vianna concedeu uma longa e bombástica entrevista ao site da Copa RNK e falou dos assuntos mais espinhosos, como a briga com seu companheiro de equipe, renovação compulsória de contrato, críticas a alguns pontos do regulamento novo e supostas sabotagens a outros pilotos.
Sob a cortina do divertimento, o piloto comentou sobre suas expectativas e estratégias para obter bons resultados em 2014. “Minha expectativa principal é me divertir, mas, traço como meta obter melhores resultados na Raceland. Em São José consigo, num geral, bons resultados, mas os da Raceland ficam aquém do meu potencial”, comentou.
Sem medo de ser polêmico, Rafael afirmou: “Espero nas últimas etapas do ano estar na disputa do título individual e o de equipe, mais no primeiro do que no segundo, já que o peso mínimo certamente irá afundar os resultados do meu parceiro, que perderá a sua única vantagem competitiva!!!”, mostrando que as diferenças entre eles não foram resolvidas e a equipe não está coesa, imbuída e com foco nos três pontos.
Apesar das rusgas, o fator financeiro e o medo de levar algumas palmadas fizeram com que o piloto aceitasse os termos e não deixasse a Vianna Bros morrer.
Questionado sobre como o clima de rivalidade interna poderia influenciar no desempenho da equipe, Vianna foi categórico: “Espero que este espírito de competitividade elevado, em especial um contra o outro, nos leve a resultados melhores”. Na visão do piloto, a equipe pode disputar o título com a ajuda da “mão-invisível” do automobilismo: “Ao meu ver, se a previsão do lastro não se efetivar e estivermos presentes em quase todas etapas, a equipe tem chances reais de título. Conhecemos melhor as pistas e já sacamos os adversários que temos que sabotar. Esse ano não estaremos para brincadeira.”
O novo regulamento também não escapou de críticas. Apesar de ser apontado como um avanço valioso por fazer com que os pilotos mais leves possam concorrer em pé de igualdade com os “não subnutridos” e colocar os pilotos “tidos como favoritos” à prova no Raceland, a montagem das equipes não é satisfatória. Para o piloto, “se o número de pilotos fosse limitado a três, uma equipe de 4 poderia se tornar 2 de dois, ampliando o número de equipes e deixando a competição mais interessante”, explicou. A crítica foi rebatida por Eduardo Johnscher, CEO da RNK. “Este assunto foi votado entre todos e, apesar de uma ideia interessante, não foi aceito”, defendeu-se.
Com o foco no divertimento, Rafael Vianna não poupou elogios para as etapas fora de Curitiba. “As corridas em Joinville, Penha e Registro foram uma excelente ideia. O bom quórum para a primeira corrida, mesmo em período de férias, é uma demonstração de que as outras etapas têm potencial para ter grid completo. No mais, novos traçados apenas acrescentam valor ao campeonato”, finalizou o polêmico piloto.