Chico Johnscher (22): muito tempo sem saber o que é pontear uma corrida.
Depois de uma semana de introspecção e reflexão, Chico Johnscher resolveu atender a imprensa e falar sobre o momento delicado que vive na Copa RNK. O bicampeão, que ocupa a modesta 10ª posição na temporada 2014, reconheceu que a conquista do tricampeonato ficou mais distante, mas acredita que o campeonato vai começar agora. “A partir da próxima prova, os descartes começarão a ser contabilizados, basta um resultado positivo de qualquer piloto que ocupa a parte de baixo da tabela para que a classificação sofra profundas alterações”, ponderou ele.
Chiquinho confessou que vem sofrendo cobranças de todos: companheiros de equipe, adversários, imprensa, torcida e até em casa. “A pressão pela volta dos bons resultados é grande, mas é preciso manter a serenidade”, declarou o piloto, consciente de que não há mais espaço para erros.
Visivelmente incomodado, Chico Johnscher não teve como fugir da pergunta inevitável: o peso deixou as coisas mais complicadas? “É claro que dez, doze quilos a mais fazem diferença, mas não é esse o fator determinante. O que mais atrapalha é o desconforto causado pelos lastros. Na cintura, machucam em contato com o banco; nos tornozelos, prejudicam o movimento dos pedais”, justificou, lembrando que na corrida anterior foi penalizado com a perda de metade dos pontos por ter perdido um dos lastros, que se desprendeu.
Ele preferiu, no entanto, não atribuir os maus resultados nas três primeiras provas do ano às mudanças no regulamento. Para ele, o nível da maioria dos competidores melhorou muito e isso foi muito bom. “Pilotos como o Feijão, o Revoredo e o Guilherme, que habitualmente andavam no pelotão intermediário, têm andado sempre na frente”, exemplificou Johnscher.
A verdade é que se os bons resultados não voltarem, Chico Johnscher terá de se acostumar ao desconforto de andar atrás.
