Liderado por setor neorretrógrado da comunidade automobilística, cresce movimento “Raceland Não”
05/04/2014
PINHAIS SOHO – A recente insatisfação com a onda de nomenclaturas estrangeiras a bairros e regiões curitibanos não demorou a alcançar também um dos maiores símbolos do automobilismo paranaense: o Kartódromo Internacional Raceland.
Um grupo de pilotos já se manifesta exigindo a mudança de nome. “Raceland é uma cidade estadunidense. Além disso, muita gente confunde com Neverland e nos relaciona com Peter Pan, Michael Jackson e pedofilia”, justificou um deles. O kartódromo deverá se chamar simplesmente “Pista de Corridas”.
Em efeito cascata, algumas equipes da RNK estão sendo atingidas. A Lemarc Legends – especialista na tradução sem nexo de filmes estrangeiros – já propôs rebatizá-las: a Designers Racing passaria a se chamar Corrida dos Estilistas; a Johnscher Racing, Joãotosquiar Corrida; a Vianna Bros., Irmãos Viana; e a βH Driessen, Belo Horizonte da Seca.
A onda respingou até em Brasília. Aldo Rebelo prometeu reenviar ao Congresso o Projeto de Lei que proíbe os estrangeirismos no Brasil. “Fecharemos todos os kartódromos brasileiros, pois essa palavra não existe em nosso vocabulário”, ameaçou o ministro dos Esportes.
Pizzaiolos de todo o país temem ficar sem emprego. “Escândalos e CPIs não vão mais acabar em pizza?”, protestou a classe política em uníssono.