Ausente nas duas últimas provas e sem ter ainda chegado entre os dez primeiros este ano, Bruno Vianna quebrou todas as expectativas ao vencer sem dificuldades o GP Joinville, 7ª etapa da Copa RNK, neste sábado no Kartódromo Internacional de Joinville.
Largando na pole, o piloto da Vianna Bros. foi absoluto. Ganhou praticamente de ponta a ponta, só perdeu a liderança quando a bandeira baixou e Menyr Zaitter – que nitidamente queimou a largada – pulou na frente. Na 3ª volta, porém, Zaitter rodou e Bruno recuperou a ponta para não perder mais.
Chico Johnscher, largando em 6º, largou bem e ultrapassou Fabio Knabben e Andrey Lima na entrada do miolo, depois deixou para trás Menyr e Eduardo Bettega e até tentou ameaçar Vianna, mas sem se aproximar a ponto de oferecer perigo ao líder.
Na volta 12, Chico também rodou e Eduardo Bettega recuperou a segunda posição. Rodadas, aliás, não faltaram ao longo de toda prova. Num circuito bastante travado e desconhecido de todos, os pilotos enfrentaram bastantes dificuldades para encontrar o traçado ideal e os pontos de frenagem. Vantagem para Bruno Vianna, que parece ter sido o que mais rapidamente se adaptou à pista.
José Revoredo e Guilherme Szpigiel se queixaram dos freios dos karts, mas os mecânicos do kartódromo explicaram que os karts Briggs, mais potentes, exigem outro tipo de abordagem dos freios, que demoram mais tempo para atingir a eficiência ideal.
Em 4º lugar chegou Eduardo Johnscher – pela primeira vez no ano, a Johnscher Racing colocou dois pilotos no pódio –, depois de protagonizar uma briga interessante com Andrey Lima, com direito a pelo menos duas rodadas de cada um. Andrey, finalmente, teve quebrada sua sequência de vitórias, chegando em 6º. Fabio Knabben foi o 5º, Menyr Zaitter o 7º e Guilherme Szpigiel o 8º – estes quatro separados por menos de 2s.
Destaque para Carlos Feijão, que, apesar do discreto 9º lugar, fez a melhor volta da prova, com o tempo de 57,918s – o recorde da pista na categoria é de 57,231s.
Marcelo Rosa, Carlos Amaral, Rodolpho Bettega, Rafael Vianna, Marjorie Johnscher, José Revoredo e Eduardo Vizentin, nessa ordem, completaram os 16 participantes que formaram o grid.
A maioria dos pilotos elogiou a organização e a estrutura do kartódromo de Joinville. Os boxes, a oficina, a garagem e o atendimento dos mecânicos e responsáveis pelos karts e pela pista ganharam elogios quase unânimes. O mesmo não aconteceu em relação ao circuito. “Só não gostei do traçado, pois o considerei meio repetitivo com quatro cotovelos”, comentou Rafael Vianna. “Apesar dos vários cotovelos, cada um tem um traçado diferente, que eu ainda não acertei. Só achei o pavimento meia boca, cheio de irregularidades e de extensões de pista meio enjambradas”, avaliou Eduardo Bettega.
Marcelo Rosa foi mais incisivo: “Sair de casa, pagar 100 pila no Raceland no quintal de casa e pegar kart ruim já é revoltante, imagina andar 260 km, pagar 170 pila e ter esse azar? Sou a favor de mudar o regulamento para as provas fora, deveria poder trocar de kart se no treino sentir que o kart não tá legal. Poxa, só o fato da galera se juntar e pegar a estrada já incrível, a diversão, tudo. Agora, ir pra pista e perceber que depois de todo o esforço, vai ter que se contentar com o fim da fila porque não pode trocar o kart, me faz pensar se vale a pena. Hoje, eu não voltaria se a próxima corrida fosse lá”, disparou o piloto da Designers Racing.
Para o vencedor Bruno Vianna, as irregularidades do piso são perigosas, mas ele aprovou o local: “É prestado um serviço de qualidade, em que você é atendido por várias pessoas que sabem o que tão fazendo desde a hora de pagar até quando devolvemos os lastros. O simples fato de os mecânicos/fiscais usarem uniforme denuncia que o lugar é mais sério”, declarou.
O depoimento de Marjorie Johnscher traduz o sentimento: “Tão maravilhoso que até sonhei com ele essa noite. Quando a gente vai de novo?”. Imaginem se a menina chegasse entre os primeiros…