Jack Gonçalves confirma ótima fase e vence na abertura do 2º turno

Com 6 vitórias em 8 etapas, piloto da Box45 é o favorito na busca pelo título.

Mais de 20 pilotos na pista em cada bateria na abertura do 2º turno da RNK.
08/08/2021 – da Redação, com fotos de Clayton Medeiros

O segundo semestre da Copa RNK começou como o primeiro: com duas vitórias de Jackson Gonçalves. Com esse resultado, o campeão do 1º turno alcança a invejável marca de 75% de aproveitamento na temporada e se consolida como o grande favorito ao título. A rodada dupla disputada no Kartódromo Internacional de Joinville no último sábado de julho (31), contou com 47 pilotos divididos em duas séries e teve 18 pilotos diferentes nas 20 posições de pódio correspondentes às quatro baterias, prova do grande equilíbrio no campeonato. Além do líder, somente Bruno Tarachuka figurou duas vezes no Top 5, com um 3º e um 5º lugar.

18º GP de Joinville

Gabriel Meister estreou vencendo na 1ª bateria.

Disputada no tradicional traçado completo, a primeira etapa iniciou pela série B com pole, melhor volta e vitória folgada de Gabriel Meister. O 2º colocado, Otto Jr., também correu sozinho a partir da segunda volta quando Bruno Bogu, que brigava pela posição, rodou. O terceiro pelotão foi o mais acirrado, com Anderson Rocha e Thiago Vasconcellos comandando as ações no início, mas sendo superados no final por Kelvin Axel, que partiu da 5ª fila para chegar em 3º. Thiago e Andershow duelaram até a última volta e completaram, nessa ordem, o pódio.

Jack Gonçalves e Pablo Margeon repetiram o duelo do 1º turno.

Na série A, Jackson Gonçalves fez a pole, largou na ponta e venceu, mas teve trabalho para conter as investidas de Pablo Margeon, que fez a melhor volta da bateria e chegou em 2º, apenas três décimos atrás. Logo no primeiro cotovelo de entrada do miolo, Eduardo Johnscher se enroscou em Emygdio Westphalen, que rodou na sua frente – ambos haviam largado na 2ª fila –, e ficaram fora da disputa. Bruno Tarachuka assumiu o 3º posto e chegou a entrar na briga pela ponta, mas acabou se firmando na posição sem ser ameaçado. Adriano Goulart levou a melhor no duelo pelo 4º lugar contra Chico Johnscher, que se fixou em 5º, também correndo sozinho. A três voltas do fim, porém, Chico se desconcentrou e viu o pelotão avançar, permitindo a ultrapassagem de Eugênio Fabian na penúltima volta, e de Andrey Lima, na linha de chegada.   

19º GP de Joinville

A segunda etapa da rodada repetiu o traçado utilizado na última etapa de 2020 em Joinville, conhecido como “perna manca”, no qual um “S” de baixa logo após a entrada do miolo no sentido invertido elimina suas duas primeiras retas. A configuração torna o traçado um dos mais técnicos e exigentes do circuito.

Eduardo Johnscher recebe a bandeirada prestes a sacar uma volta sobre a irmã e companheira de equipe Marjorie.

A série B teve amplo domínio dos pilotos rebaixados da série A – somente um não ficou entre os dez primeiros. A vitória coube a Eduardo Johnscher, que largou na pole e manteve durante toda a prova uma distância confortável do 2º colocado, Everton Tonel, que fez a melhor volta da bateria. Ambos fizeram uma prova consistente e segura, e só enfrentaram dificuldades para passar alguns retardatários nas últimas voltas. A disputa no segundo pelotão, contudo, foi quente com Thiago Pilkel, Junior Cazu, Bassam Hajar e Emygdio Westphalen brigando por centímetros de pista pela 3ª posição, e logo atrás André Maschio, Tiago Jordão, António Keps e Marcelo Tirisco também fazendo o impossível para garantir território. No final, prevaleceu a boa fase de Emygdio Westphalen, que terminou em 3º, seguido de Junior Cazu e Thiago Pilkel completando o pódio.

Na briga pelo P2, Mathoso (01) levaria a melhor sobre Chico (18) e Tarachuka (4).

Na série A, Jackson Gonçalves sobrou na pista, fazendo a pole, melhor volta e vencendo de ponta a ponta. Restou a disputa pelo P2, incialmente entre Chico Johnscher, Bruno Tarachuka  e Fábio Mathoso, aos quais se juntou Anderson Vieira vindo de trás. Mathoso rodou logo no início, mas perdeu pouco tempo e se recuperou para passar todos e terminar em 2º. Vieira, Chico e Tarachuka completaram o pódio.

Campeonato

Com as duas vitórias, Jackson Gonçalves já abre boa vantagem na liderança com 53 pontos, ainda não computado o descarte (N-1). Com 41 pontos, na vice-liderança, está Gabriel Meister, seguido de Pablo Margeon (39), Bruno Tarachuka (38), Eduardo Johsncher (36), Anderson Vieira (36), Chico Johnscher (35), Fábio Mathoso (33), Adriano Goulart, Felipe Mathias e Andrey Lima (os três com 32).

Entre as equipes, a Box45, de Jackson Gonçalves, Fábio Mathoso e Karina Cardozo – esta ausente em Joinville –, lidera com 86 pontos. A Johnscher Racing, de Eduardo, Chico e Marjorie Johnscher, é a segunda colocada com 71 pontos, seguida da Koha Racing (Bruno Tarachuka, Bassam Hajar e Marcelo Kogik) com 66.

A Copa RNK volta à pista no dia 18 de setembro no Kartódromo dos Inglese, em Florianópolis.


Última volta

Dos 47 pilotos presentes, 27 participaram dos treinos livres que antecederam a prova, divididos em duas baterias. Dentre aqueles que não treinaram, somente três – Adriano Goulart, Anderson Rocha e Kelvin Axel – foram ao pódio.

A rodada em Joinville contou com três estreantes na RNK: Clessius Cavassin, Maurino de Souza e o piloto da Alligator’s Arm Gabriel Meister. Teve ainda o retorno de dois experientes pilotos até então ausentes em 2021, Kelvin Axel e Bruno Bogu, além do guarapuavano Pedro Paulo Mondin, que só havia participado de uma prova “em casa”, em 2019.

Riti Garbelini comemorou muito o sexto lugar na 1ª bateria, seu melhor resultado em dez participações na RNK.

Sem chances de brigar por melhores posições, Guto Hass abandonou na metade da primeira bateria para dar atenção ao seu pet, que aguardava no carro.

Vice-campeã entre as equipes no 1º turno, a RBR foi a única a mudar a configuração dos seus pilotos para o 2º turno. Maior equipe da RNK em 2021, com 5 times inscritos, a maioria dos seus representantes, contudo, não participou de todas as provas, e alguns nem chegaram a ir para a pista.

Ainda afastada das pistas em decorrência da gravidez cada vez mais avançada, Claudinha Cardozo novamente auxiliou na organização da prova. 

Criticado por alguns pilotos por ser uma pista “sem graça”, o traçado de Joinville é um dos mais desafiadores e técnicos do calendário da RNK. Suas curvas de 180o com raio reduzido exigem habilidade extrema, qualquer atraso na freada para abordagem é suficiente para provocar a perda de três ou quatro décimos de segundo no tempo de volta.

Por mais que a diferença entre os karts também seja sempre uma reclamação nas provas de rental kart, apenas 3 décimos de segundo separaram o 1º e o 10º tempo no primeiro qualify da séria A.

O registro negativo fica por conta da falta de atenção dos fiscais para apresentar bandeira azul aos retardatários e a condescendência dos mesmos ao fazer vistas grossas em algumas manobras agressivas e exageradas. De nada adiantam as recomendações e o discurso apresentados no briefing, se não houver punições rigorosas e efetivas contra atitudes antidesportivas que muitas vezes colocam em risco a integridade física dos pilotos.

Ao final da rodada, foi realizada a premiação referente ao 1º turno. Jackson Gonçalves recebeu o troféu de campeão e, junto a João Cardozo e Fábio Mathoso, o da equipe campeã, a Box45. Também foram premiados o vice-campeão Pablo Margeon, Andrey Lima (3º colocado), Fábio Mathoso (4º lugar) e Fábio Jr. (5º lugar). As equipes segunda e terceira colocadas (RBR e Covil Racing) também foram premiadas.

O detentor do tradicional Pé de Breque, Marcos Martins, não permaneceu para a transmissão do “prêmio”, que foi feita de maneira simbólica para o novo “vencedor”, Anderson Rocha, que também não estava presente.