A Copa RNK dá o primeiro grande passo à frente com a criação de seu primeiro Conselho Deliberativo, que faz parte do planejamento estratégico visando definir os rumos da categoria nos próximos anos.
O sucesso da competição, que em 2016 vai para a sua quinta edição, levou os organizadores a uma encruzilhada: crescer ou estagnar? Segundo Eduardo Johnscher, um dos idealizadores da Copa, chegou a hora de definir objetivos para o futuro do campeonato. “Começamos no final de 2011 com uma corrida despretensiosa entre amigos oriundos do rally, e o que era pra ser apenas uma ‘brincadeira séria’ entre amigos acabou tomando uma proporção bem maior”, explicou o dirigente, destacando que o nível alcançado pela maioria dos seus pilotos já requer outras exigências.
Exemplo mais claro disso é o piloto Andrey Lima, atual líder do campeonato, que foi qualificado com o melhor tempo na seletiva paranaense para o Red Bull Kart Fight, o maior evento do Kart Indoor no mundo.
Crescer ou não?
O primeiro nó a ser desatado pelo Conselho é o tamanho que a RNK pretende atingir. Embora mais de cem pilotos já tenham passado pela categoria nesses quatro anos, hoje apenas em torno de quinze são assíduos e competem seriamente. “Tem muita gente que gostaria de correr, mas se desestimula porque acha que não terá chance”, comentou Marcelo Rosa, um dos integrantes do Conselho. A crise econômica também levou alguns pilotos a pisar no freio.
Assim, uma das tarefas do grupo de trabalho é estudar a possibilidade de criar novas categorias – uma categoria de acesso para iniciantes, por exemplo – e definir o quanto a categoria pretende se expandir nos próximos três ou quatro anos.
“Crescer e absorver pilotos de fora exige mais trabalho, mais responsabilidade, mais profissionalismo, mais gente atuando nos bastidores e, claro, investimento”, alertou Chico Johnscher, que hoje concentra, junto com Eduardo, praticamente todas as decisões e organização da Copa. Ele reconhece a dificuldade de ser, ao mesmo tempo, piloto e organizador. “Mesmo agindo com isenção para que não haja conflito de interesses entre as duas atividades, é inevitável que uma coisa acabe tirando o foco da outra”, reconheceu.
É o Conselho Deliberativo, então, representando os interesses dos pilotos e da categoria, que vai estabelecer a medida exata do passo que a RNK dará.
Divisão de responsabilidades
Eduardo Johnscher explicou que a criação do Conselho é uma forma de tornar os pilotos mais envolvidos e, já pensando num futuro crescimento da categoria, dividir trabalho e responsabilidades. E, claro, conquistas e fracassos.
A composição inicial do Conselho baseia-se em um representante de cada uma das cinco equipes que concorrem hoje: Marcelo Rosa (Designers Racing), Andrey Lima (Race 4 Fun), Rafael Vianna (Viannas Bros.), José Cláudio Revorêdo (Zé Bedrilo) e Chico Johnscher (Johnscher Racing). Esse grupo estará à frente das ações até o final do ano, quando um novo Conselho será formado.
Paralelamente, três funções foram delegadas: secretaria de provas (Olívia Ferraz), produção de conteúdo de mídias (Marcelo Rosa) e social midia (Marjorie Johnscher).
A primeira reunião do G5 será realizada logo após a próxima etapa da Copa, dia 17, e terá como pauta a formatação do campeonato de 2016. Algumas definições, entretanto, já foram antecipadas para a nossa reportagem: a extinção das bonificações por participação, marca registrada da Copa em todas as edições anteriores, permanecendo somente os bônus de pista (vitória, melhor volta, pole, melhor avanço); a instituição de um troféu para o melhor desempenho em provas fora de Curitiba; e o provável desdobramento do campeonato em dois semestres.