Kartódromo de Joinville abre 2º turno com 61 pilotos

Com disputas de alto nível nas três séries, certame tem Jackson Gonçalves na liderança.

Jackson (82) venceu a primeira do dia e saiu de Joinville na liderança do 2º turno.
07/08/2023 – Da Redação, com fotos de Mari Coelho.

O 2º turno da 12ª Copa RNK teve início no último dia 29 de julho, no Kartódromo Internacional de Joinville. A rodada dupla contou com 61 pilotos divididos em três séries, totalizando seis baterias realizadas na tarde do sábado. E, pela primeira vez no ano, não houve nenhum vencedor inédito.

A série C do 22º GP de Joinville já começou forte, reunindo pilotos experientes como Jackson Gonçalves – detentor de 5 títulos na RNK, mas que só correu em Nova Odessa em 2023 – e Gabriel Meister – três vezes vencedor em Joinville, mas ausente no 1º turno, além de Fabio Junior, Claudinha Cardozo, Lucas Peck e Edilson Bueno – este estreando na Copa RNK – entre outros.

No único momento em que Jack Gonçalves teve a vitória ameaçada, Jeff Lima chgou a colocar por dentro e ultrapassar.

E foi Jack quem se deu bem. Largando na pole, soube se defender do assédio permanente de Jeff Lima, que assumiu a 2ª colocação já na largada. Gabriel Meister, partindo da 1ª fila por fora, caiu para 3º e perdeu o contato com os ponteiros, fazendo uma corrida solitária. O estreante Vinicius Kavilhuka surpreendeu largando em 4º, mas acabou rodando sozinho e caindo para o fim do pelotão. Thiago Vasconcellos, largando no meio do grid, fez ótima corrida de recuperação para chegar em 4º, depois de superar, na melhor briga da bateria, Edilson Bueno, Bruno Provensi, Fabio Junior e Rafa Bin. Fabinho completou o pódio.

Éder Perboni repetiu o feito de Nova Odessa e venceu mais uma vez.

Na série B, Éder Perboni venceu de ponta a ponta depois de largar na pole e resistir aos ataques de Fernando Vieira, Lucas Silveira e Ozias Jr. nas primeiras voltas. Na terceira volta, Lucas rodou ao sofrer um toque de Fernando, o que permitiu a Éder abrir distância confortável na ponta. Um “big one” no grampo da entrada do miolo logo após a largada deixou diversos pilotos presos, entre eles Felipe Mathias, que depois se recuperou para escalar o pelotão e terminar em 2º. Ozias foi o 3º, e Fernando Vieira, o 4º. Lino Mariano e Chico Johnscher chegaram a disputar a 5ª colocação, mas foram superados por Lucas Silveira. Este, depois de ótima corrida de recuperação após a rodada, cravou a melhor volta da bateria e alcançou o último posto do pódio.

Cazu (01) força pra cima de Helder Kill (23) e os dois se dão mal.

A série A, como esperado, foi a bateria mais acirrada do primeiro bloco de provas. Cazu largou na pole, tendo a companhia de Hélder Kill na primeira fila. Os dois protagonizaram os embates mais acalorados, sempre seguidos de perto por Matheus Schillo, que se aproveitou para superar ambos quando aqueles acabaram exagerando no contato. Helder ainda assumiria a liderança provisória, todavia a briga permitiu a aproximação de Eduardo Almeida, Luis Roberto, Germano Pedroso e Eugenio Westphalen, que também “chegaram para a festa”. Nas voltas finais, o duelo pela ponta se estabeleceu entre Schillinho e Almeida, que acabou levando a melhor para vencer. Cazu e Hélder cruzaram em 3º e 4º, mas uma punição de 10 segundos para ambos tirou-os do pódio. Eugenio foi o 3º, enquanto Germano Pedroso e Luis Roberto herdaram os outros lugares no pódio.

Último depois de enfrentar problemas na bateria anterior, Lucas Peck venceu a série C do 2º bloco.

O segundo bloco de provas – o 23º GP de Joinville – começou com a surpreendente pole de João Pedro Feiler na série C. A vantagem, entretanto, durou pouco tempo, e o jovem piloto logo foi superado pelos experientes Lucas Peck e Denis Valente, que concentraram a disputa pela ponta e terminaram nas duas primeiras colocações. O garoto Henrique Maximiano, de apenas 14 anos, fazia a alegria do pai, que acompanhava a corrida, ao pular para 3º depois de se livrar de um enrosco dos adversários logo após a largada, mas acabou sofrendo um toque de Feiler, que o alijou da briga pelas primeiras posições. Este, aliás, terminaria em 3º na pista, mas duas punições de 10 segundos lhe tiraram o pódio. Anderson Pereira herdou a 3ª colocação, seguido de Vinicius Kavilhuka e Marco Pitta. Este, porém, também havia levado uma punição de 10 segundos por desrespeitar os limites da pista na curva da vitória, abrindo a vaga no pódio para Anderson Rocha. Kavilhuka também seria punido após a prova por não ter comparecido à pesagem, guindando Maurino Souza à 5ª posição.

Gabriel Meister (98) obteve sua 4ª vitória na Copa RNK, todas elas em Joinville.

A série B foi a mais tumultuada do dia. Edilson Bueno largou na pole, mas quem logo assumiu a ponta foi Gabriel Meister. Com ótimas largadas, vindos do meio do grid, Jackson Gonçalves e Fábio Mathoso logo se juntaram ao primeiro pelotão e passaram a uma disputa quente pela segunda colocação. Uma disputa mais desleal entre Mathoso e Bueno acabou rendendo punição para ambos e o abandono de Bueno, enquanto Meister disparava na frente para garantir a vitória. Mathoso terminou em 2º; duas penalizações, contudo, jogaram-no para as últimas posições. Jack foi o 2º, seguido de Lucas Monteiro, Leandro Schillo e Eduardo Johnscher completando o pódio.

Penalizado na 1ª prova, Cazu comemorou muito a vitória na 2ª.

Fechando a programação da rodada, a série A foi absolutamente tranquila – e com poucas emoções. Cazu venceu sem ser ameaçado, e apenas algumas disputas pontuais ocorreram. Matheus Schillo, largando da primeira fila, foi superado por Éder Perboni e Luis Roberto, mas logo se recuperou para terminar em 2º, defendendo-se bem de Felipe Mathias, que veio de P8 no grid para chegar em 3º. Luis Roberto foi o 4º e Emygdio Westphalen completou o pódio.

Campeonato     

Jackson Gonçalves e Matheus Schillo dividem a liderança do campeonato com 49 pontos, mas Jack tem a vantagem nos critérios de desempate, por contar com uma vitória. Com um ponto a menos, Cazu é o 3º. Completam o top 10 Gabriel Meister (46), Eduardo Almeida (46), Felipe Mathias (45), Éder Perboni (43), Jeff Lima (41), Luis Roberto (41) e Germano Pedroso (39).

Entre as equipes, a Alligator’s Arm (Gabriel Meister, Matheus e Leandro Schillo) lidera com 95 pontos, seguida da Box 45 (Jack Gonçalves, Claudia Cardozo e Fábio Mathoso) com 82, Covil IPA (Eugenio Westphalen, Felipe Mathias e Everton Tonel) com 80, Azulprime Tartarugatours One (Anderson Pereira, Luis Roberto e Anderson Sgorlon) com 73 e Alfa Racing 3 (Eduardo Almeida, Hector Marin e Marcelo Saito) com 72.


Última volta

A pista úmida e com poças em alguns pontos pegou de surpresa os pilotos que participaram dos treinos da manhã. Mesmo o sol durante o dia todo custou a secar totalmente a pista.

A demora de alguns pilotos para os treinos atrasou a programação, e Guilherme Medeiros acabou nem chegando a tempo. A primeira bateria oficial, programada para iniciar meio-dia, começou com mais de meia hora de atraso. Apesar de tudo, o encerramento de todo o evento terminou dentro do cronograma.

Campeão do 1º turno, Luizinho Brambila não participou da prova devido a compromissos profissionais, deixando a Tartarugator’s na mão. Apesar de uma vitória (Cazu) e de alguns bons resultados de seus integrantes, nenhum de seus times oficiais figura entre as cinco melhores equipes após a rodada.

Os pilotos de modo geral demonstraram que estão evoluindo no respeito ao alinhamento para a largada lançada. Nenhum incidente foi registrado em qualquer uma das seis largadas.

O mesmo não se pode dizer de algumas condutas observadas durante as disputas. Helder Kill revidou de forma reprovável um toque de Cazu – ambos foram punidos. O mesmo aconteceu em disputa entre Edilson Bueno e Fábio Mathoso. Este, inclusive, recebeu três punições ao longo das duas baterias em que esteve presente.

Por falar em punições, dez foram aplicadas e, pela primeira vez no ano, nenhum recurso foi formalizado junto à Organização, apesar das sempre existentes reclamações por parte de alguns.

Nem todas punições, contudo, se devem a atitudes claramente antidesportivas. Às vezes, são fruto da inexperiência. Foi o caso de João Pedro Feiler, talvez entusiasmado com a pole e pouco acostumado a disputar as primeiras colocações. Como o que vale não é a intenção, mas o efeito causado, o piloto acabou sofrendo duas punições de 10 segundos.

Outro que pagou o preço da inexperiência foi Vinicius Kavilhuka. Quarto colocado na sua segunda bateria, o piloto esqueceu da pesagem obrigatória após o pódio e acabou desqualificado.

Os vencedores das baterias do primeiro bloco de provas – Jack Gonçalves, Éder Perboni e Eduardo Almeida – receberam, além do troféu de P1, uma placa decorativa oferecida por parceria entre Decora Light e RafaBin. Rafa Bin, por sinal, fez sua estreia em Joinville com uma largada brilhante, pulando de P9 para P4. Seus quase 20 quilos acima do lastro de 90 kg, porém, foram fatais para que conseguisse se manter na zona do pódio. Ele terminou em 7º.

No intervalo entre os treinos e o GP de Joinville, foram entregues os prêmios referentes ao 1º turno. A ausência do campeão, Luizinho Brambila, originou uma confusão nos laureados. O vice-cmpeão acabou recebendo o troféu de campeão, bem como os demais foram contemplados com troféus errados, até que Eduardo Almeida – o 6º colocado – acusou a falha ao receber o troféu de 5º… O momento máximo, contudo, foi o troféu Pé de Breque, transmitido de Fabio Junior Costa para Rodo Bettega, que comemorou muito o prêmio de “pior do semestre”. Antes deles, o famoso regalo passou pelas mãos de pilotos importantes da RNK: Eduardo Bettega, filho do Rodo, Rafael Vianna, Eduardo Johnscher, Chico Johnscher, Carlos Feijão, Marcelo Rosa, Alessandro Trevisan, Nito Ramirez, Elvira Cilka, Marcos Martins, Anderson Rocha, Marjorie Johnscher e Bassám Hajar.

Sem bases adequadas para fixação, os windbanners da Copa RNK, Azulprime, Forza Sport, Candy Shop, Acrílico Shalon e Correta Redações foram amarrados aos pneus no fim da reta de chegada. Alguns insistiam em cair com o vento e deram trabalho aos responsáveis.

Pela primeira vez o Parque Integrado disponibilizou almoço para os pilotos. Mais de 60 refeições foram servidas pelo bufê Panela de Barro.

As obras de ampliação da pista seguem em ritmo avançado, e a próxima etapa da Copa RNK, que também ocorrerá em Joinville, no dia 2 de setembro, provavelmente será desenvolvida em traçado alternativo.