Foram apenas 28 pilotos, divididos em duas séries, os participantes da segunda rodada da 14ª Copa RNK, desenvolvida no Kartódromo Internacional Beto Carrero no último sábado (12), mas as disputas foram eletrizantes do começo ao fim nas quatro baterias. Na série A, Diego Bettega e Luiz Brambila foram os vitoriosos – ambos já haviam vencido na rodada de abertura, no Kart Park – e consolidaram sua vantagem na tabela de pontos. Na série B, Thiago Gonçalves obteve sua primeira vitória na RNK na primeira bateria, enquanto Antonio Honesko Jr. venceu a segunda.
23º GP Beto Carrero
Com mais de uma hora de atraso por conta de outros campeonatos agendados na mesma data, a noite já caía quando os pilotos da série B foram para a pista. Eduardo Almeida dominou o qualify e largou na pole, seguido de Thiago Gonçalves. Sem disputarem entre si no início e favorecidos pela briga no segundo pelotão, ambos abriram boa vantagem e, somente nas últimas voltas, Thiago partiu para o ataque e conseguiu a ultrapassagem para vencer por apenas 13 centésimos.
Nas primeiras voltas, Anderson Vieira ainda se manteve junto aos ponteiros, mas foi perdendo o ritmo até se fixar no 2º pelotão, formado ainda por Emygdio Westphalen, Tiago Jordão e Denis Valente. Este, a duas voltas do fim, protagonizou uma das mais belas manobras do fim de semana ao fazer uma ultrapassagem tripla, por fora, na curva zero para concluir em 3º. Tiago Jordão foi o 4º e Emygdio Westphalen, também na zero, foi punido na última volta ao forçar sobre Anderson Vieira, que completou o pódio em 5º.
Se a série B já proporcionou disputas emocionantes, o que se viu na série A foi absolutamente insano, com pelo menos dez pilotos com chance real de vitória do início ao fim, e os 11 primeiros separados por menos de 3 segundos na bandeirada. Felipe Mathias foi o pole position, mas manteve a ponta por poucas voltas e foi superado por Bruno Provensi e Diego Bettega, em disputa que permitiu a aproximação do pelotão. A partir daí, não houve mais uma volta em que as posições se mantivessem inalteradas. Bettega e Cazu se alternavam na dianteira, sempre acossados ora por Brambila, ora por Eduardo Johnscher, ora por Bruno Provensi, tendo ainda Mathias, Honesko, Tirisco, Thiago Vasconcellos, Hector Marin, Eugenio Westphalen e Luan Dias também se misturando no bolo. Mathias e Honesko acabaram no prejuízo ao serem jogados para fora por Vasconcellos na curva zero, caindo para o fim do pelotão.
Na última volta, Bettega liderava quando Cazu mergulhou no cotovelo para assumir a ponta e vencer. O fiscal, contudo, flagrou um toque que tirou o adversário do traçado e não deixou espaço para voltar. Uma punição de 5 segundos foi aplicada, derrubando Cazu para a 10ª colocação, e Bettega herdava a vitória. Na confusão, Provensi superou Brambila para terminar em 2º. Eduardo Johnscher e Hector Marin completaram o pódio.
24º GP Beto Carrero
Rebaixados para a série B, Felipe Mathias, Honesko e Cazu dominaram o quali e foram os três primeiros no grid – Mathias conquistando a segunda pole na rodada. Mathias liderou boa parte da prova e, empurrado por Honesko, ambos abriram larga vantagem. A cinco voltas do fim, Honesko assumiu a ponta e soube se defender dos ataques do adversário para vencer. No segundo pelotão, Cazu e Eugênio Westphalen duelaram a prova toda trocando de posições diversas vezes. Na última volta, Cazu confirmou o 3º posto. No 3º pelotão, o fiel da balança foi Bassam Hajar. Largando em 5º, dificultou a vida de quem vinha atrás, uma minhoca formada por Leandro Deves, Thiago Vasconcellos, Chico Johnscher, Tiago Alberti, António Keps e Everton Tonel. Somente a três voltas do fim o pelotão conseguiu superar Bassam e Deves conseguiu a última posição do pódio. Por conduta antidesportiva, Bassam acabaria desclassificado após a chegada.
Na série A, mais uma corrida decidida somente no final, em que prevaleceu a habilidade técnica e mental de Luizinho Brambila. Éder Perboni marcou a pole, seguido de Hector Marin e Brambila. Nesta ordem e se empurrando, os três abriram boa vantagem para o segundo pelotão, no qual Diego Bettega e Denis Valente também se ajudavam e descolavam dos demais. Valente, porém, ocupava a posição somente na pista, pois a cronometragem lhe acusava uma punição de 10 segundos por um toque que alijou Eduardo Almeida da competição.
Na 5ª volta, Luizinho assumiu a ponta, sempre acossado pelos dois pilotos da Alfa. A três voltas do fim, com auxílio do empurra, Perboni conseguiu recuperar a ponta na Firewhip, mas a liderança pouco durou. Uma desgarrada na bacia fez com caísse para 3º e já longe dos ponteiros. Foi então a vez de Marin partir para o ataque e, na última volta, numa manobra bem estudada, conseguiu por fora a ultrapassagem na Firewhip. O filme, porém, se repetiu. Na tentativa de defender a posição, Marin rodou sozinho na bacia e a liderança voltou às mãos de Brambila. Perboni cruzou em 2º e Marin ainda foi ultrapassado por Bettega e Valente – embora este tenha ficado fora do pódio devido à punição. O 5º lugar coube a Thiago Gonçalves, que ultrapassou Bruno Provensi na última volta.
Última volta
A exemplo do que já acontecera na abertura da Copa RNK no Kart Park, problemas com sensores també foram registrados no Beto Carrero. Na 1ª bateria da série A, Luiz Brambila e Hector Marin perderam o conjunto placa/sensor e tiveram sua cronometragem registrada manualmente. Na 2ª bateria da série B, António Keps e Leandro Castello tiveram de refazer a tomada de tempos porque seus sensores falharam.
Se na abertura da Copa nenhuma punição foi aplicada, a segunda rodada não passou em branco, e cinco penalizações foram determinadas, incluindo uma desclassificação pós-prova: depois de sofrer um toque de Leandro Deves, que lhe devolveu a posição, Bassam Hajar reagiu com gestos obscenos na frente do PSDP, além de jogar o kart para cima do adversário. Análise de vídeo por parte da Direção de Prova culminou na desclassificação.
O ato acarretou 40 pontos no PCC – o novo sistema de Pontos Cumulativos na Carteira que estreia este ano na RNK – e Bassam já vai para a próxima etapa “pendurado”. Conforme o regulamento atual, o piloto que atingir 50 pontos na carteira estará suspenso da rodada seguinte. Os demais pilotos que inauguraram o PCC foram: Denis Valente (25 pontos, sendo 20 pela punição de 10s e 5 por não comparecer à pesagem); Thiago Vasconcellos (20 pontos por punição de 10s); Cazu e Emygdio Westphalen (10 pontos por punição de 5s).
Em mais uma parceria com o canal KartTV e apoio de Azulprime Sul e Tibó, a rodada contou com transmissão ao vivo, com narração de Alan Aguiar e comentários de Rafael Demmer.
Responsável pelo fornecimento dos prêmios através de sua empresa Acrílico Shalon, Anderson Rocha foi surpreendido por uma pane na viagem para Penha. Na altura de Barra Velha, seu carro teve a junta do cabeçote queimada. O piloto perdeu a prova e o pódio acabou realizado sem troféus.
A próxima etapa da Copa RNK será realizada novamente no Beto Carrero, dia 17 de maio desta vez no formato endurance individual. A prova terá duração de 60 minutos, com uma parada obrigatória de 5 minutos, e utilizará o desafiador traçado 500 Milhas.
A Copa RNK conta com o apoio de Candy Shop, Correta Redações, Acrílico Shalon, Azulprime Sul e DMR Sports, que premiará o campeão do 1º turno com a inscrição gratuita no Festival de Inverno 2025 e o campeão anual com a inscrição no Torneio de Verão 2026.