Disputado no último sábado (10) no tradicional Kartódromo de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, o GP Thierry Neuville foi dividido em três baterias, com 12 pilotos em cada uma. Além de Andrey Lima, vencedor da bateria principal, que definiu o campeão do 1º semestre, também subiram ao posto mais alto do pódio Bruno Muxfeldt Rocha e Juliano Cunha.
Apenas três pilotos chegaram à final com chances de conquistar o título: Luizinho Brambila, que ficou com o vice-campeonato, e Tido Olmedo, que terminou em 3º. Além deles, garantiram vaga para a Superfinal de dezembro, em Interlagos, Rafael Demmer, Ricardo Rocco, Eugenio Westphalen, Bruno Rocha e Alessandro Trevisan.
A primeira bateria foi marcada pela presença de seis estreantes na RNK, incluindo a participação feminina de Soraya Kirschen – esposa do piloto Alessandro Trevisan. Alguns, contudo, com larga experiência no automobilismo.
E foi justamente um deles, Juliano Cunha, que venceu com facilidade a bateria. O piloto, além de apresentador dos programas Acelera TV (Canal 25 da Net) e Acelera Banda B, é neto de Ângelo Cunha – ídolo das carreteras nos anos 60 – e sobrinho de Odilon Cunha, vitorioso nas pistas de terra nos anos 80.
Em 2º lugar, correndo sem ameaçar nem ser ameaçado, chegou Cleverson Pires; o 3º foi Anderson Vieira.
As disputas mais intensas foram proporcionadas por Marcos Martins, Marco Pitta, Menyr Zaitter, Marjorie Johnscher e Daniel Pruss, só se definindo as posições na última volta. Marcos Martins foi o 4º e Marjorie Johnscher garantiu o 5º na última curva.
A segunda bateria do dia foi a mais tranquila. Bruno Rocha sobrou na pista e, assim como já havia ocorrido na anterior, também venceu de ponta a ponta depois de partir na pole e cravar a volta mais rápida da prova.
A briga pela 2ª posição poderia ter sido mais acirrada não fosse o pneu furado de Chico Johnscher, que largara em 3º, logo na primeira volta. Eduardo Johnscher foi o 2º, seguido de perto por Bruno Vianna. Kleber Borges e Paulo Taylor completaram o pódio.
Se nas duas primeiras baterias os vencedores deram um passeio, na terceira sobrou emoção do começo ao fim. Felipe Carneiro surpreendeu na pole mas, logo após a sequência de curvas que leva ao retão, se enroscou com Eugenio Westphalen e rodou, provocando a confusão pra quem vinha atrás. Luizinho Brambila desviou, foi parar nos pneus e viu terminar ali sua chance de conquistar o título. Renato Braga acertou Carneiro em cheio.
Andrey Lima, partindo na 2ª posição, largou mal e caiu para 4º. Nas primeiras voltas, enquanto Tido Olmedo, Everson Calaes e Andrey Lima se pegavam pelo 2º lugar, Eugenio disparava na frente e parecia que venceria com facilidade.
O Andrey, porém, estava decidido a buscar a vitória, única possibilidade de conquistar o título. Depois de suplantar Calaes e Tido, o Japa Voador partiu à caça de Eugenio e, numa sucessão de voltas sem qualquer erro, encostou no líder para superá-lo na última volta. Os dois cruzaram a bandeirada lado a lado, numa das chegadas mais apertadas da história da RNK: ínfimos 45 milésimos separaram os dois ponteiros. “Fundamental foi ver o Duj [Eduardo Johnscher] me pedir calma, pois o negócio estava insano”, confessou o campeão depois da corrida.
À briga de Tido e Calaes pelo 3º juntou-se Rafael Demmer, numa brilhante corrida de recuperação depois de largar em último. No final, 3º para Calaes, 4º para Demmer e 5º para Tido.
A Copa RNK sofrerá agora uma parada de dois meses até o início do 2º turno, previsto para 19 de agosto. Nesse período, as atividades se concentram na participação do RNK Endurance Team em duas provas de longa duração: a primeira, já no próximo sábado (17) nas 6 Horas RA Racing, no Kartódromo Internacional Beto Carrero; a segunda, no início de julho, nas 24 Horas de Interlagos.