Brambila e Bettega vencem na abertura da 14ª Copa RNK

Endurance individual de 90 minutos no Kart Park foi marcado por problemas na cronometragem.

Pilotos buscam ocupar espaço após a largada.
28/02/2025 – Redação, com fotos de Mari Coelho.

Com um endurance individual de 90 minutos, a 14ª Copa RNK deu a largada neste sábado (22), no Kart Park, em São José dos Pinhais. Luizinho Brambila, na série B, e Digo Bettega, na série A, foram os vitoriosos na prova que exigiu, além da natural técnica necessária no automobilismo, resistência física para suportar uma corrida longa sob um sol escaldante, estratégia e precisão para efetuar as duas paradas obrigatórias dentro da janela de abertura dos boxes entre os 25 e 65 minutos de prova. Porém, ai porém – por que sempre tem de haver um porém? –, se em pista tudo transcorreu perfeitamente, sem qualquer penalização aplicada por atitude desportiva e com equilíbrio satisfatório, apesar de um número de quebras excessivo, fora dela deixou a desejar, particularmente por problemas na cronometragem. Todos os karts, sem exceção, tiveram diversas voltas não computadas na transmissão de dados para a torre, gerando erros na apresentação do resultado final. A Organização não teve outra atitude a tomar senão cancelar a formação do pódio e premiação até fosse feita a computação manualmente a partir das informações coletadas pelo sistema. Consequentemente, o resultado oficial só foi divulgado no dia seguinte. 

Série B

Luizinho Brambila (69), ainda no recheio do sanduíche de Alfa Racing, vai abrindo caminho para assumir a liderança.

O qualify se definiu por meio de uma superpole – uma única volta rápida – para a formação do grid de largada, no estilo Le Mans, e quem garantiu a pole foi Marcelo Tirisco. O mais rápido, no entanto, foi Fábio Mathoso, que assumiu a ponta, seguido por quatro pilotos da Alfa – Eduardo Almeida, Hector Marin, Tirisco e Éder Perboni – que tentavam se empurrar e não descolar do líder. Largando em P6, Brambila começou a escalar o pelotão, favorecendo a manutenção de Mathoso na dianteira.

Depois de se livrar dos Alfas, contudo, não demorou para que Luizinho assumisse a primeira posição, enquanto Mathoso não conseguia se sustentar à frente dos Alfas. Sem o mesmo ritmo dos ponteiros, ele fez sua primeira parada assim que os boxes abriram. Um pouco antes, porém, o azar bateu à porta de Almeida, que foi surpreendido por uma quebra e foi forçado a realizar uma parada extra.

Concluídas todas as paradas, quem aparecia surpreendentemente na liderança era Bruno Ferrari. Liderança fictícia, porém, uma vez que fortuitamente se beneficiou de paradas erradas que lhe concederam um minuto de vantagem no retorno à pista. No final da prova, sofreria uma penalização de 20 voltas – uma para cada 3 segundos de diferença. A liderança voltava às mãos de Brambila, com uma vantagem confortável de quase 10 segundos sobre Mathoso e Bruno Provensi, que brigavam pelo segundo posto. Provensi acabou em 2º, com Mathoso em 3º, Hector Marin, que marcou a volta mais rápida, em 4º e Marcelo Tirisco em 5º.

Série A

Diego Bettega recebe a bandeirada da vitória.

A série A teve domínio absoluto de Diego Bettega, que largou na pole, fez a volta mais rápida e não perdeu a liderança nem durante as trocas. Só não venceu literalmente de ponta a ponta porque Cazu, 2º no grid, pulou mais rápido no kart e saiu na frente. Na segunda passagem, porém, Bettega já vinha em 1º, para não sair mais. Com um kart perfeito, estendeu o primeiro stint até onde pôde, deixando para fazer as duas paradas nos minutos finais da janela de abertura dos boxes. Depois de empurrar Cazu por algumas voltas na tentativa de não perderem contato com o líder, Emygdio Westphalen decidiu fazer a ultrapassagem e assumiu a 2ª posição, mas Bettega já detinha vantagem muito confortável. Para piorar, Emygdio errou sua primeira parada e ficava fora da disputa.

Nas primeiras voltas, um segundo pelotão era liderado por Eduardo Johnscher, que com ótima largada assumiu a 4ª posição. Todavia, com um kart visivelmente mais lento, defendeu-se como pôde formando uma verdadeira “minhoca” com mais sete karts em seu encalço. A muito custo, somente Guilherme Medeiros e Felipe Mathias conseguiram abrir caminho, mas era tarde, os três primeiros já estavam bem distantes.

Com Emygdio penalizado, Medeiros e Mathias terminariam em 3º e 4º respectivamente. Nas últimas voltas, sem a certeza de que liderava a prova, Bettega ainda disputou posição com Cazu, ultrapassando-o para colocar uma volta de vantagem sobre o 2º colocado. Antonio Honesko completou o top 5.


Última volta

Antes da abertura da Copa RNK 2025, foi realizada a premiação referente ao campeonato de 2024. Cazu recebeu o troféu de tricampeão, o do título do 2º turno, o da equipe campeã do 2º turno (Tartarugators), além de representar Guilherme Medeiros (3º lugar e vice do 2º turno) e Anderson Vieira (3º lugar no 2º turno); Antonio Honesko recebeu o troféu de vice-campeão; Felipe Mathias, o de 4º lugar no campeonato e o Troféu Maneco Combacau; Emyygdio Westphalen, o de 5º lugar; Eugenio Westphalen, o de 4º lugar no 2º turno; Diego Bettega, o de 5º lugar no 2º turno; Bettega, Emygdio e Mathias se juntaram para receber o troféu de equipe vice-campeã (Covil IPA); Chico, Eduardo e Marjorie Johnscher receberam o troféu de equipe 3ª colocada no 2º turno (Johnscher Racing); e Fábio Packer, o de Estreante do Ano.

O tradicional Pé de Breque, em poder de Fábio Mathoso, permaneceu com o piloto, saudado com o coro de “bicampeão”. Pela primeira vez desde que foi instituído, o “troféu”, de posse transitória, ficou nas mesmas mãos.

Revoltado ficou António Keps. Obrigado a trocar de kart por um pneu furado na superpole, foi impedido de largar assim que a bandeira baixou, tendo de cumprir os 10 segundos de espera regulamentares. Ocorre que, nesse caso, a troca foi motivada por uma falha mecânica e a punição não deveria ter sido aplicada.

Não menos graves foram os problemas com a cronometragem que, além de confundirem quem acompanhava a prova em tempo real, provocou atraso na divulgação dos resultados e adiamento da premiação. Segundo Bruno Rocha, o Diretor de Prova, as falhas foram decorrentes de uma atualização de software e sobrecarga do servidor da Lap Time, empresa responsável pelo sistema.

A pequena quantidade de karts disponíveis para troca, provocada por algumas quebras no início, chegou a causar preocupação. Em nenhum momento, porém, os pilotos ficaram sem equipamento.

A proibição de auxílio externo para o controle de tempo das paradas ainda é o maior desafio para os pilotos no formato endurance individual. Oito pilotos realizaram a parada em tempo inferior aos 5 minutos regulamentares, entre eles Emygdio Westphalen, que deu uma volta a mais depois de passar pelo laço de cronometragem em vez de entrar direto no box.

Outros, ainda, extrapolaram em muito os cinco minutos. Chico Johnscher fixou sou cronômetro ao contrário no pulso, o que o levou a apertar o botão errado na entrada do box. Até constatar o equívoco, perdeu a referência e ficou cerca de um minuto a mais parado, perdendo praticamente duas voltas.

O próximo endurance individual será a terceira etapa do 1º turno, no Beto Carrero, dia 17 de maio. Antes disso, uma rodada dupla dá sequência ao campeonato, também no kartódromo de Penha, dia 12 de abril.

Assim como na temporada anterior, Candy Shop, Correta Redações, Acrílico Shalon e Azulprime Sul seguem como principais patrocinadores da Copa RNK, que também firmou parceria com a DMR Sports premiando o campeão do 1º turno com a inscrição gratuita no Festival de Inverno 2025 e o campeão anual com a inscrição no Torneio de Verão 2026.