Quando a bandeira baixou para a largada da segunda prova da rodada dupla em Guarapuava, em 12 de outubro de 2019, a Copa RNK atingia a marca histórica de 100 provas realizadas. Ainda viriam as duas etapas da Superfinal no KGV para fechar, em oito anos, um total de 102 provas, 178 baterias e 245 pilotos em 2704 presenças no grid de largada competindo em 14 pistas ao longo de toda a história do campeonato.
Ao completar 8 anos de vida, a Copa RNK continua batendo suas marcas. 2019 registrou um novo recorde de competidores (90) e, mais uma vez, a maior média histórica de pilotos por prova (47,5), que só não foi ainda maior devido ao limite de 26 inscritos na Superfinal (considerando-se apenas os dois turnos, essa média chegou a 51). Assim como no ano anterior, foram três campeões diferentes nas três fases e, para manter a tradição, um circuito inédito, o Kartódromo do Jordão, em Guarapuava, fez parte do calendário.
A edição de 2019 também foi a que mais prêmios concedeu nesses 8 anos: um total de 225 troféus, além de dois inéditos prêmios de participação sem custos em duas etapas do CEKI – Campeonato de Endurance de Kart Indoor promovido pela RA Racing no Kartódromo Beto Carrero – pela equipe oficial da RNK, o Candy Shop RNK Team. Os felizardos foram Juliano Cunha, que venceu o Torneio Start RNK Fast Lap – evento pré-temporada realizado no Fast Lap Kart Indoor – e participou da 1ª etapa do CEKI, e Jackson Gonçalves, o campeão da temporada, que participou das 12 Horas Beto Carrero.
Confira nesta reportagem histórica a retrospectiva da temporada 2019 e as estatísticas das oito edições da Copa RNK, que tem o apoio de Candy Shop, Acrílico Shalon, Fast Lap Kart Indoor e Correta Redações, além de Família Scopel, fornecedora dos espumantes para a comemoração dos vencedores no pódio.
Bruno Rocha é o nome que se junta aos de Luizinho Brambila, Andrey Lima, Eduardo e Chico Johnscher, Jackson Gonçalves e Daniel Silva na galeria dos campeões da RNK. Ao vencer o 1º turno de 2019, o piloto do Fast Lap Racing entrou para o seleto grupo e despontou como o grande favorito do ano ao vencer metade das 10 provas que disputou; ao ausentar-se da última rodada, porém, reduziu suas chances de “unificar a coroa”, abrindo caminho para Luizinho Brambila vencer o 2º turno e Jackson Gonçalves conquistar o título anual.
Retrocedendo aos primórdios, Chico Johnscher foi o bicampeão geral nas duas primeiras temporadas, cujo regulamento ainda dividia os pilotos em duas categorias: A (até 80kg) e B (acima de 80kg). Nas duas oportunidades, Eduardo Johnscher obteve o título dos pesados e Chico, o dos leves.
Em 2014, o campeonato passou a ser disputado em categoria única. Eduardo Johnscher foi o campeão em 2014, ficando Andrey Lima com o título de 2015.
Desde 2016, o campeonato passou a ser disputado em três fases: dois turnos valendo, cada um, um título semestral, e a Superfinal, compondo a pontuação anual. Na primeira edição que adotou esse formato, Luizinho Brambila conquistou tudo.
No ano seguinte, Andrey Lima foi o campeão do 1º turno enquanto Luizinho conquistou o 2º e o bicampeonato geral após a Superfinal.
2018 foi o primeiro ano que teve três campeões diferentes: Andrey Lima conquistou o título anual depois de Jackson Gonçalves e Daniel Silva vencerem o 1º e o 2º turno respectivamente.
Somados todos os títulos, Luizinho Brambila detém seis; Chico Johnscher, quatro; Eduardo Johnscher e Andrey Lima, três; Jackson Gonçalves, dois; Bruno Rocha e Daniel Silva, um.
Se em 2018 os estreantes protagonizaram mais de metade das vitórias (20 das 39 baterias disputadas), em 2019 somente 7 dos 35 estreantes conseguiram vencer: Thiago Pilkel, Bruno Bogus, Emerson Dall’Agnoll, Felipe Mathias, Nilton Rossoni, Rodrigo Basquera (em sua primeira e única participação, em Joinville, sua “casa”) e Bruno Tarachuka. Este, o único a vencer duas vezes, uma delas logo na sua primeira corrida, recebeu o título de “Estreante do Ano”, terminando em 5º lugar na classificação geral.
Se 2018 foi o ano delas, 2019 para as pilotas da RNK foi um ano de frustrações. Somente seis estiveram no grid, a maioria esporadicamente, e com poucos resultados expressivos. Claudinha Cardozo foi a única a subir no pódio – uma vitória e um 4º lugar – e Elvira Cilka, a única a participar de todas as provas, não reeditou sua participações anteriores, a ponto de receber o Troféu Pé de Breque no 2º semestre. Marjorie Johnscher, grávida, acabou participando apenas da primeira rodada, e Priscila Driessen, que retornou à RNK depois de 3 anos de ausência, sob enorme expectativa, não passou das últimas colocações nas quatro provas que disputou.
Sem novos nomes femininos em 2019, continuam 24 as pilotas que já passaram pela RNK, diminuindo ainda mais o percentual de representatividade feminino, com apenas 230 dentre as 2704 largadas na história da RNK, número que significa pouco mais que 8% do grid.
Com o grid feminino esvaziado, Elvira ganhou o Troféu Feminino do 1º Turno, enquanto Claudinha levou o do 2º, invertendo os resultados do ano anterior. Assim, o melhor currículo feminino ainda pertence a Marjorie Johnscher, com três vitórias, duas no Raceland e uma no Beto Carrero, duas poles, três fast laps e um Prêmio Maneco Combacau, concedido ao piloto que mais realiza ultrapassagens na temporada, obtido em 2015. Também é dela a melhor classificação final em campeonatos, o 5º lugar no Troféu 82 Design, o 2º turno do campeonato de 2016. Claudinha tem duas vitórias e Taís Alves, uma.
Poucas modalidades esportivas recebem tantos atletas de mais idade quanto o automobilismo. Na Copa RNK, 28 dos 245 pilotos que competem ou já competiram já passaram dos 50 anos de idade. Mais velhinhos que mulheres, portanto. Tido Olmedo ingressou no time em 2019 e dentre eles, foi o piloto de melhores resultados, ganhando o Troféu Vintage.
Nos resultados acumulados, porém, Chico Johnscher é o idoso com melhor desempenho, conquistando o bicampeonato em 2013 aos 56 anos de idade, além de ter o maior número de vitórias, poles e fast laps entre os “velhinhos”.
Somente seis pilotos acima dos 50 anos venceram provas na Copa RNK: Chico Johnscher, Rodolpho Bettega, Samurai Sam, Marcelo Tirisco, Tido Olmedo e Clovis Casavechia. Este, por sua vez, ao ganhar pela primeira vez no Beto Carrero, em 27/07/19, se tornou o piloto mais velho a vencer na RNK, aos 62 anos, 2 meses e 8 dias.
Com exceção das duas primeiras temporadas, em que houve, além da classificação geral, a classificação por categoria, a Copa RNK nunca dividiu os pilotos por peso. Mesmo naquelas duas edições, a pontuação era extraída da classificação geral para efeito de premiação final. Ainda assim, as classes eram divididas em acima e abaixo de 80 kg. Ao longo dos anos, o peso mínimo foi gradativamente elevado, até chegar nos atuais 90 kg, para ambos os sexos – houve um tempo em que a exigência se restringia aos homens.
A partir de 2018, criou-se uma premiação especial – o Troféu Super100 – para o piloto acima de 100 kg mais bem classificado, cujos vencedores foram Nito Ramirez em 2018 e Alessandro Trevisan em 2019. Apesar da evidente desvantagem dos pesados, eles são presença frequente no pódio e somam oito vitórias na história da Copa: três de Nito Ramirez, duas de Alessandro Trevisan, uma de Nilton Rossoni, uma de Clovis Casavechia e uma de Rodolpho Bettega, este, em 2012, o primeiro “superfofinho” – sim, o Rodo já pesou mais de 100 quilos – a vencer na RNK. Estatisticamente, tais números não ficam muito abaixo de seu percentual de participação nas provas.
Poucos pilotos restaram da primeira geração que originou a Copa RNK: Chico e Eduardo Johnscher, Carlos Feijão, Andrey Lima, Menyr Zaitter, Rodolpho Bettega – este ainda de forma intermitente às voltas com questões físicas e de saúde – e Marjorie Johnscher, que só participou de uma rodada em 2019, mas promete voltar em 2020.
Muitos dos que frequentavam assiduamente o pódio nos primórdios foram, seja por razões profissionais, financeiras ou competitividade, ficando pelo caminho. Guilherme Szpigiel participou de 32 provas entre 2012 e 2015, subindo 11 vezes ao pódio e vencendo três vezes, duas vezes em Registro, o que lhe valeu a alcunha de “Rei Gistro”. Foi 5º colocado na geral e vice-campeão entre os pesados em 2013. Abandonou a carreira após um acidente em Joinville na metade da temporada que se apresentava como a mais promissora.
Outro que também deixou as pistas após 32 corridas e 3 vitórias foi Fabio Knabben, um dos pilotos de melhor aproveitamento em toda a história da RNK. Entre 2013 e 2016, subiu ao pódio 24 vezes, 3 em cada 4 provas. Foi 3º colocado em 2014 e vice-campeão em 2015.
Bruno Vianna é um dos maiores talentos desperdiçados que já passaram pela RNK. Habilidoso e arrojado, venceu 4 das 42 corridas que disputou entre 2012 e 2018, subiu 18 vezes ao pódio e foi vice-campeão do Troféu Candy Shop, o 1º turno de 2016. Sem encarar a RNK como prioridade, ensaiou o retorno em 2018, mas não passou da primeira rodada, o GP de Irati, preferindo dedicar-se à vida profissional e familiar.
José Revoredo foi um dos pilotos mais assíduos entre 2012 e metade de 2016, ausentando-se de apenas três etapas nesse período. Problemas pessoais fizeram-no se retirar das pistas depois do 1º turno de 2017, depois de 56 corridas sem jamais vencer.
Outro precursor da RNK que se retirou das pista sem vencer é Phellip Carvalho. Com 30 largadas esparsas entre 2013 e 2017, seu melhor resultado foi um 2º lugar debaixo de muita chuva, em Joinville, no último ano de atividade.
Ex-rallyzeiro, Edinho Marques foi atraído pelo conceito da Copa RNK e participou de oito provas entre 2012 e 2013, vencendo duas. Teve mais uma aparição avulsa no GP de Matinhos em 2016, ano em que também participou do RNK Endurance Team nas 24 Horas de Interlagos. Promete retornar pra valer em 2020.
A exemplo do irmão Bruno, Rafael Vianna nunca participou de todas as provas de uma temporada na RNK, dedicando-se mais às mesas de pôquer. Mesmo assim, é um dos pilotos com mais largadas (62) no campeonato e esteve em atividade todos os anos. Com uma vitória em 2016, sua presença em 2020 ainda é incerta.
Incerteza também paira sobre o futuro de Marcelo Rosa. Compareceu a todas as provas desde a estreia em 2012 até o início de 2016, quando obteve sua primeira vitória no campeonato. Um imprevisto impediu-o de correr a etapa seguinte e, a partir daí, passou a ser menos assíduo, abandonar certames na metade, até culminar em apenas duas participações no ano passado. Em 76 provas disputadas, venceu duas, subiu 28 vezes ao pódio e obteve dois terceiros lugares no campeonato, em 2013 e 2015.
Um dos pilotos mais vitoriosos da RNK, Eduardo Bettega venceu 8 provas entre 2012 e meados de 2016, quando se retirou das pistas. Voltou em 2018 para vencer pela última vez em Registro e encerrar a carreira definitivamente na RNK. Radicado atualmente na França, o piloto conquistou, em 55 provas, 9 vitórias, 23 pódios e realizou sua melhor temporada no ano de estreia, finalizando em 3º lugar na classificação geral.
Priscila Driessen foi sensação nas pistas entre 2012 e 2015. Embora não tenha vencido nenhuma prova, fez oito pódios, três fast laps e foi vice-campeã na 1ª Copa RNK, fazendo valer a vantagem do pouco peso num período em que não se exigia lastro das mulheres. Seu melhor momento foi o 2º lugar na Corrida do Milhão em 2015 completando a primeira dobradinha feminina na Copa RNK na vitória de Marjorie Johnscher. Depois disso, mudou-se para Cascavel e abandonou a RNK. Esboçou um retorno em 2019, mas participou de apenas duas rodadas terminando sempre entre os últimos.
Kléber Borges estreou em 2013 numa prova isolada no Raceland. Em 2016 começou a competir regularmente, mas abandonou o campeonato de 2019 na metade. Em 37 provas disputadas, contabiliza duas vitórias e 12 pódios, e sua presença em 2020 também é incerta.
Como forma de incentivar a participação dos pioneiros da RNK, os organizadores criaram um prêmio especial para pilotos com mais de três anos de Copa e com poucos resultados expressivos – o Troféu Old School. Nem isso foi capaz de mobilizar os autênticos “dinossauros” da RNK, e o prêmio foi ganho por Eugênio e Emygdio Westphalen, pilotos da segunda geração da RNK.
Duas premiações extras, além do pódio e dos melhores do campeonato, já são tradicionais na Copa RNK.
A primeira é o Troféu Maneco Combacau, instituído em 2015 em homenagem a um dos ícones do kartismo brasileiro nas décadas de 1960-70. O prêmio, concedido ao piloto que mais escala o pelotão ganhando posições em relação à sua posição no grid de largada somando-se todas as etapas do ano, é uma forma de incentivar a combatividade mesmo quando as chances de vitória são menores. Seus ganhadores nas edições anteriores foram Marjorie Johnscher (2015), Eduardo Johnscher (2016), Paulo Taylor (2017) e Luizinho Brambila (2018). Em 2019, a disputa se tornou mais acirrada ainda por conta do grid invertido, e Bruno Rocha levou o troféu, com um total de 71 ultrapassagens.
A segunda premiação extra é uma “zoeira” que surgiu despretensiosamente em 2014, quando Marcelo Rosa foi “homenageado” ao final do campeonato com um certificado, assinado por todos os pilotos, atestando que jamais vencera uma prova.
No ano seguinte, foi instituído o Troféu Pé de Breque – o pé esquerdo de um tênis velho – dado ao piloto que mais sofreu ultrapassagens na temporada, “conquistado” por Rafael Vianna. A partir de então, o “troféu” foi institucionalizado como de posse transitória, sendo entregue, em votação simbólica, ao piloto que por alguma razão apresenta resultados decepcionantes ao final de cada semestre, e acabou se tornando um dos momentos mais esperados das premiações. Concedido a Eduardo Bettega ao final do Troféu Candy Shop, Eduardo Johnscher ao final do Troféu 82 Design, Chico Johnscher (1º turno de 2017), Carlos Feijão (2º semestre de 2017), Marcelo Rosa (1ª turno de 2018), Alessandro Trevisan (2º semestre de 2018) e Nito Ramirez (1º semestre de 2019), está agora sob os cuidados de Elvira Cilka, primeira mulher a recebê-lo.
Tradicionalmente, o Pé de Breque não é conferido a nenhum piloto em seu ano de estreia nem concedido duas vezes ao mesmo piloto.
A Copa RNK é marcada por duas fases bastante distintas. A primeira, de 2012 a 2016, quando foi restrita a um pequeno círculo de amigos e se manteve pouco aberta a novos competidores, o que limitou durante um bom tempo o número de participantes. Isso fica visível no número decrescente de pilotos por prova naquela época: 17 em 2012, 16,83 em 2013, 16,33 em 2014, 17,17 em 2015 e 19,29 em 2016.
Se em 2017 já havia sido registrado um recorde histórico de 38% de aumento no número de participantes por prova em relação ao ano anterior, em 2018 essa marca foi pulverizada, com um aumento de 67%.
Uma nova fase teve início em 2017, com o planejamento direcionado a um crescimento gradual e sólido, buscando aumentar tanto a quantidade de pilotos quanto o nível técnico do campeonato, mas sem perder de vista a essência que originou a Copa RNK: o clima amistoso e familiar do grupo. Em 2017, 26,71 pilotos participaram, em média, de cada etapa, número que atingiu 44,5 em 2018 e nada menos que 47,5 karts alinhando para a largada, em média, em cada uma das 14 etapas de 2019.
O recorde de participantes em uma única prova (63) atingido no do GP de Irati, na abertura do campeonato de 2018, foi igualado em 2019, também na abertura do campeonato, no GP dos Ingleses, em Florianópolis.
O maior grid de largada, contudo, permanece o do GP Granja Viana, em 12 de maio de 2018, com 30 karts alinhando em cada uma das quatro baterias disputadas.
Há três anos ausente do calendário da Copa RNK, o Raceland continua sendo o kartódromo que mais abrigou provas do campeonato, com 33 etapas.
Depois dele, os kartódromos mais utilizados são os de Joinville (SC), em onze etapas; Beto Carrero (Penha-SC), em nove etapas; Interlagos (SP), em oito; São José dos Pinhais e Registro (SP), em sete etapas; Ingleses (Florianópolis-SC), em seis; Indaial (SC) e Speedway (Balneário Camboriú-SC), em cinco; Granja Viana (Cotia-SP), em quatro; Irati (PR) e Guarapuava (PR), que estreou na RNK em 2019, em duas. Mais três pistas sediaram o campeonato em uma única oportunidade: o Kartódromo de Rio Negro (PR), o Marumbi Kart Indoor, em Curitiba, e o 34 Kart Indoor, em Matinhos (PR).
Com a chegada de novos pilotos de alto nível e as provas em mais de uma bateria, as vitórias começam a se diluir entre vários novos nomes. Até 2017, 34 pilotos diferentes tinham subido ao lugar mais alto do pódio, número que em 2018 subiu para 50 e agora chega a 62.
Luizinho Brambila segue como o piloto mais vitorioso. Tendo vencido 20 das 60 provas que disputou, o piloto impressiona também pelo aproveitamento: uma vitória a cada três corridas. Na sequência, Andrey Lima tem 15 vitórias; Eduardo Johnscher, 12; e Bruno Rocha, com as cinco vitórias de 2019, soma agora 11. Entre os maiores vencedores, aparecem ainda Chico Johnscher (9) e Eduardo Bettega (9), Jackson Gonçalves (7), Rafael Demmer e Tido Olmedo (5).
Em números absolutos, o Top 5 do pódio permanece inalterado. Eduardo Johnscher continua sendo o piloto que mais subiu ao pódio na RNK, com 55 aparições, seguido de seu companheiro de equipe Chico Johnscher (48), Andrey Lima (47), Luiz Brambila (40) e Carlos Feijão (30). Marcelo Rosa permanece em 6º com 26 pódios, enquanto Bruno Rocha (25) superou Fabio Knabben (24), já ausente há três edições, e Eduardo Bettega (23). Completam os dez maiores frequentadores do pódio Tido Olmedo e Anderson Vieira (21 cada).
Em números proporcionais, o título de “rei do pódio” mudou de mãos e voltou para seu antigo detentor: Fabio Knabben, piloto que abandonou as pistas no início de 2016 mas, até então, havia subido ao pódio em 24 de 32 oportunidades. Com o mesmo aproveitamento de 75%, ele divide a marca com Daniel Silva, que foi ao pódio em 12 de 16 corridas disputadas entre 2018 e 2019. Jackson Gonçalves assumiu a 3ª posição nesse ranking com 73,9% (17 pódios em 23 provas), enquanto Andrey Lima caiu para o 4º posto com 73,4% (47 em 64). Em seguida aparecem Luizinho Brambila e Rafael Demmer (66,7%), Bruno Rocha (64,1%), Tido Olmedo (61,8%), Eduardo Johnscher (53,9%) e Anderson Vieira (53,8%).
Para padronização das estatísticas, consideram-se aqui como pódio as classificações até o 5º lugar, mesmo que em algumas provas a premiação só tenha sido concedida até o 3º posto e, em outras, o pódio comportasse até seis lugares. Só foram computados os percentuais de pilotos que tenham participado de, pelo menos, doze provas na RNK.
Chico e Eduardo Johnscher são os únicos pilotos que participaram de todas as 102 provas da história da Copa RNK. Carlos Feijão se ausentou de apenas duas, tendo 100 participações. Marjorie Johnscher, mesmo ausente das pistas após o GP de Ingleses, em março, ainda é uma das mais assíduas, com 89 largadas. Em seguida vêm Marcelo Rosa (76 largadas), Andrey Lima (64), Rafael Vianna (62), Luiz Brambila (60), José Revoredo e Rodolpho Bettega (56), Eduardo Bettega (55), Alessandro Trevisan (54), Menyr Zaitter e Anderson Rocha (52).
Merecem registro também alguns pilotos de safras mais recentes da RNK. Marcos Martins, que ingressou na Copa somente em 2017, tem apenas 39 largadas, mas não ficou de fora de nenhuma prova desde que estreou; Everson Calaes, com 42 largadas, estreou no final de 2016, ficando de fora em apenas uma prova, além da rodada dupla da Superfinal do ano de estreia por não ter obtido pontuação suficiente para estar presente.
Em 8 anos de Copa RNK, somente seis pilotos superaram a marca dos 1000 pontos. Eduardo Johnscher foi quem mais somou pontos na história do campeonato (1716). Depois dele, Chico Johnscher contabiliza 1614; Carlos Feijão, 1365; Andrey Lima, 1264; Luizinho Brambila, 1241; e Marcelo Rosa, 1082.
Considerando-se a pontuação média, o melhor aproveitamento é de Jackson Gonçalves, com 22 pontos por prova. Na sequência estão Luizinho Brambila (20,68), Bruno Rocha (19,95), Andrey Lima (19,75), Bruno Tarachuka (19,64), Tido Olmedo (19,47), Rafael Demmer (19,23), Ricardo Rocco (19,04) e Fabio Knabben (18,28). Também foram considerados somente os pilotos com pelo menos doze participações.
Obviamente, o número de pontos obtidos, seja em números totais ou médios, não reflete necessariamente o melhor desempenho na pista, uma vez que inclui bônus por participação – este já extinto –, pole position, vitória, etc. Além disso, o sistema de pontuação adotado sofreu mudanças ao longo dos anos (nas primeiras edições, por exemplo, as pontuações eram mais baixas; houve também edições com pontuação dobrada na etapa final, como em 2019), o que dificulta a comparação entre competidores em condições diferentes.
Assim, um ranking baseado na classificação média dos pilotos que participaram de ao menos doze provas foi criado para reduzir tais distorções. Nele, Andrey Lima se mantém como detentor do melhor desempenho, cruzando a linha de chegada, em média, na posição 4,27 nas 64 provas que disputou. O segundo posto é de Jackson Gonçalves (4,35), seguido de Luizinho Brambila (4,56) e Fabio Knabben (4,66), já afastado das pistas e um dos pilotos mais regulares nos primórdios da RNK. Depois aparecem Rafael Demmer (4,93),Tido Olmedo (5,26), Bruno Rocha (5,49), Eduardo Johnscher (5,95), Ricardo Rocco (6,07), Bruno Tarachuka (6,14), Daniel Silva (6,69) e Chico Johnscher (6,76).
A única pole position de Luizinho Brambila em 2019 foi suficiente para mantê-lo como rei da pole na RNK, agora com 15 largadas em primeiro. Chico Johnscher estacionou nas 13 poles, mas permanece em 2º, enquanto Andrey Lima mantém o 3º posto com 11 poles, também acrescentando uma em seus números. Depois deles, as melhores marcas são de Eduardo Johnscher, que obteve duas em 2019 e sobe para um total de 8, Eduardo Bettega (6), Fábio Mathoso e Rafael Demmer (5), Marcelo Rosa (4) e, com 3 poles na carreira, Carlos Feijão, Tido Olmedo, Fabio Knabben, Ricardo Rocco, Edinho Marques, Bruno Rocha, Nito Ramirez e Felipe Carneiro.
Não são contabilizadas as largadas com grid invertido.
Quando se fala em volta voadora, Luizinho Brambila dá um passeio. Foram 18 voltas mais rápidas na carreira, o dobro de seus seguidores mais próximos, Andrey Lima e Eduardo Johnscher, que têm nove. A seguir vêm Chico Johnscher com oito, Bruno Rocha com seis, Bruno Vianna, Tido Olmedo e Jackson Gonçalves com cinco, Fabio Knabben, Anderson Vieira, Everson Calaes e Eugênio Fabian com quatro, Fábio Mathoso, Marcelo Rosa, Marjorie Johnscher, Eduardo Bettega, Priscila Driessen, Alessandro Trevisan e Juliano Cunha com três.
Entre 2012 e 2014, cinco das sete vitórias até então obtidas por Eduardo Johnscher ocorreram debaixo d’água, todas elas no Raceland, o que lhe valeu a alcunha de Rei da Chuva. Além dele, apenas Chico Johnscher (duas vezes) e Andrey Lima (uma vez) haviam vencido na chuva.
Em 2015, a chuva não caiu em nenhuma prova. Em 2016, teve chuva em duas rodadas – Registro, com vitória de Kleber Borges – e na rodada dupla da Superfinal em Interlagos – com vitórias de Rick Bull e Samurai Sam. Em 2017, a chuva esteve presente em Joinville e Florianópolis (em Rio Negro, apesar da intensa chuva antes da prova, durante as baterias a pista já estava praticamente seca) e nas seis baterias realizadas nessas condições, houve seis vencedores diferentes: Tido Olmedo, Eugênio Fabian, Bruno Rocha, Luiz Brambila, Rodrigo Araujo e Chico Johnscher.
Em 2018, a chuva só veio de verdade uma vez, novamente no Kartódromo dos Ingleses, em Florianópolis, com vitórias de Luiz Brambila nas duas baterias, Nito Ramirez, Daniel Silva, Bruno Rocha e Jackson Gonçalves. Na segunda rodada, no KGV, uma leve chuva caiu nas últimas voltas da primeira bateria da segunda prova, vencida por Marcelo Tirisco, mas a pista já estava seca quando largou a última bateria.
Em 2019 não faltou chuva – ela caiu com abundância em três rodadas – e quem fez literalmente chover foi Bruno Rocha, que venceu as quatro baterias em que competiu nessas condições. No Speedway, em Balneário Camboriú, a chuva rondou e ameaçou na primeira prova, mas foi na segunda que caiu pra valer durante as três baterias, com vitórias de Eugênio Fabian, Andrey Lima e Bruno Rocha. No Beto Carrero, ela também veio de mansinho, mas foi só na última bateria da séria A que caiu torrencialmente e, mais uma vez, Bruno Rocha demonstrou sua habilidade de guiar no molhado. E por fim, em Joinville, a chuva só deu trégua até o finzinho da primeira bateria do dia; depois, foi um aguaceiro só. O que se viu foi mais um show de Bruno Rocha – que na segunda largou de último pelo grid invertido para superar sem dó todos os adversários – e as vitórias, ainda, de Rodrigo Basquera, Jackson Gonçalves, Everson Calaes e Adriano Goulart.
Chico Johnscher foi o único piloto na história da RNK a vencer com uma volta de vantagem, feito que protagonizou duas vezes. A primeira, sobre o companheiro de equipe Eduardo Johnscher em uma das baterias válidas pela segunda prova da RNK, em 2012, no Marumby Kart Indoor. Mas, por ser um circuito indoor muito curto, a diferença representou pouco mais de 20 segundos. O maior “passeio” ocorreu no GP de Matinhos (20/02/2016), quando Chico abriu uma volta e meia – o equivalente a cerca de 50 segundos – em relação ao segundo colocado, Bruno Vianna.
Vitórias com mais de 30 segundos de vantagem só ocorreram em mais cinco oportunidades, e três delas envolveram Chico Johnscher. No GP Ayrton Senna, disputado no Kartódromo Raceland em 26/04/14, o ele venceu com 30,854s de vantagem sobre o 2º colocado, Menyr Zaitter. No mesmo ano, na primeira prova disputada em Registro (11 de outubro), foi a vez de Guilherme Szpiegel vencer de forma absoluta, abrindo 32,369s sobre o 2º, justamente Chico Johnscher. Em 21/10/18, no Kartódromo dos Ingleses, em Florianópolis, Luizinho Brambila venceu o piloto da Johnscher Racing por 30,230s, e Rodrigo Araujo abriu 45,868s sobre Julian Fontana.
E na Superfinal de 2018, em Interlagos, Bruno Rocha sobrou na pista e enfiou 32,434s sobre o 2º lugar, Anderson Rocha.
Em 2019, raras foram as vezes que a diferença entre os dois primeiros chegou a 5 segundos, e somente em duas oportunidades, ambas em Interlagos, passou dos 20 segundos: de Marquiano Okopni sobre Marcelo Schuartes (26,072s) e de Bruno Rocha sobre Felipe Carneiro (25,075s).
Em sete oportunidades, a diferença entre os dois primeiros ao cruzarem a linha de chegada foi inferior a um décimo de segundo, praticamente impossível de ser distinguida no visual. Uma delas ocorreu no GP RNK100, em Guarapuava, quando Claudia Cardozo superou Eugênio Fabian por 59 milésimos de segundo.
A menor diferença entre os primeiros colocados ocorreu no GP Sébastien Ogier, no Kartódromo de São José dos Pinhais, em 11/06/16, na vitória de Bruno Vianna sobre Andrey Lima por 0,036s. Exatamente um ano depois, na mesma pista, Andrey Lima superou Eugênio Fabian na última curva do GP Thierry Neuville para vencê-lo por 0,045s.
Outras três chegadas por diferença ínfima foram registradas no Raceland: GP Michèle Mouton, em 13/06/15, de Luizinho Brambila sobre Fabio Knabben por 0,047s; em 24/05/13, de Guilherme Szpigiel sobre Fabrizzio Zaneti por 0,057s; e no GP Colin McRae, em 15/08/15, de Andrey Lima sobre Marcelo Rosa por 0,061s.
Entre as vitórias mais apertadas da história da RNK está ainda a de Andrey Lima sobre Samurai Sam, por 0,055s, no KGV, em 12/05/18.
A chegada mais emocionante em 8 anos de RNK, todavia, não valia pódio, muito menos a vitória. Ela se deu na briga pelas últimas posições, no GP de Irati, abertura da Copa RNK de 2018, quando Paulo Cardozo superou Taís Alves por 0,020s e quatro karts – incluindo ainda Bruno Vianna e António Keps – chegaram separados por 0,150s.
Chegadas decididas no photochart, aliás, não são incomuns nas posições intermediárias. O ano de 2019 protagonizou pelo menos duas de tirar o fôlego: no GP Beto Carrero, de Eduardo Johnscher sobre Bruno Rocha por 0,031s na briga pelo 3º lugar, e no GP de Joinville, na chuva, quando Fábio Mathoso superou Tido Olmedo também pelo 3º lugar por 0,03s.
Para seis veteranos de RNK, a espera pela primeira vitória acabou em 2019. Para alguns deles, a espera nem foi tão longa: em seu segundo ano de Copa, Guilherme Medeiros venceu pela primeira vez depois de 5 corridas e Clovis Casavechia, depois de 13; Marco Pitta venceu em sua 11ª participação e Paulo Taylor na 18ª, na terceira temporada de ambos. Para Everson Calaes, que estreou na RNK em 2016, a primeira vitória demorou 33 provas. Ninguém, contudo, sofreu tanto com a espera como Anderson Rocha, que só subiu ao topo do pódio em sua 50ª prova, “quebrando” o maior jejum até então, de Carlos Feijão, que havia levado 49 corridas para vencer pela primeira vez.
Para alguns pilotos, o jejum é ainda maior que foi o de Anderson Rocha. José Revoredo deixou as pistas em 2017, depois de 56 participações sem jamais ter vencido. Dos pilotos ainda em atividade, Menyr Zaitter é o que contabiliza mais provas sem vitória (52). Além deles, os pilotos com mais participações sem vencer na RNK são Priscila Driessen (37), Emygdio Westphalen (34) e Elvira Cilka (31).
Há, todavia, pilotos que, embora já tenham vencido no passado, também enfrentam longo jejum de vitórias. Rodolpho Bettega venceu sua única prova na 1ª Copa RNK, em 2012 e, de lá para cá, já são 52 corridas sem vitória. Além dele, Chico Johnscher, um dos pilotos mais vitoriosos na RNK, está desde o GP dos Ingleses, em 21/10/17, há 32 corridas, sem vencer. Juliano Cunha, depois de estrear com vitória no GP Thierry Neuville, em São José dos Pinhais (10/06/17), soma 30 largadas longe do topo do pódio.
O Fast Lap Racing Team inaugurou uma nova era hegemônica entre as equipes da RNK. O time estreou no 1º turno de 2018 com Bruno Rocha, Nabor Patzsch e Juliano Cunha, terminando em 3º lugar. No 2º turno, inscreveu mais dois times, com mais cinco pilotos vindos de equipes adversárias – Luiz Brambila, Felipe Carneiro, Everson Calaes, Anderson Rocha e Marcos Martins – além de Heitor Preto e Fernando Henrique Gonçalves, saindo Nabor, que não correu no 2º semestre. O resultado veio com o título de campeã do 2º turno. Em 2019, Heitor Preto deu lugar a Priscila Driessen no 1º turno e Mauro Mondin no 2º, conquistando os títulos dos dois turnos com o Fast Lap Racing Pro, além do vice e do 3º lugar com Fast Lap Racing GT. Em dois anos de atividade, a equipe já ostenta 18 vitórias.
O campeonato por equipes foi instituído somente na 2ª edição da Copa RNK, em 2013, e tem na Johnscher Racing uma das mais vitoriosas, apesar dos resultados discretos nas duas últimas temporadas. Único time que mantém até hoje sua formação primitiva, com Chico, Eduardo e Marjorie Johnscher, ostenta 21 vitórias, dois títulos (2013 e 2015) e três vices (2014 e os dois turnos de 2016). No 1º turno de 2017, a Johnscher Racing obteve sua pior classificação – 7º lugar – recuperando-se parcialmente com o 3º lugar no 2º semestre. Em 2018, terminou em 6º no primeiro semestre e em 4º no segundo. Em 2019, 6º e 8º respectivamente.
Criada no 2º semestre de 2016, a TK Racing, composta por Luiz Brambila, Rafael Demmer e Franciel Vivan, conquistou os três primeiros títulos que disputou (o segundo turno daquele ano e os dois de 2017). O favoritismo da TK Racing, contudo, virou pó com o abandono de Fran e Demmer, que participou apenas de uma rodada. Contando praticamente só com Luizinho no 1º semestre, a equipe que em sua breve história conquistou 13 vitórias na RNK terminou num modesto 17º lugar e abdicou de participar do 2º turno, cedendo seu principal piloto ao Fast Lap Racing Team.
Durante os primeiros três anos de disputa, a equipe que mais rivalizou com a Johnscher foi a Designers Racing (Fabio Knabben, Guilherme Szpigiel e Marcelo Rosa), vice em 2013, campeã em 2014 e 3º lugar em 2015, quando encerrou suas atividades. Acumulou quatro vitórias nesse período. Em 2016, Fabio Knabben criou a Bora Racing, com Ricardo Rocco e Rafael Demmer, que participou no 1º semestre obtendo uma vitória e terminando em 5º lugar entre seis participantes.
Nas demais equipes, o histórico revela uma intensa “dança das cadeiras” e mudanças de nomenclatura.
A atual RBR surgiu em 2013 como SNA, formada por Carlos Feijão, Menyr Zaitter e Negão Lemos, terminando em último. No ano seguinte, substituiu Negão por Andrey Lima e ficou em 3º. Em 2015, mudou o nome para Race 4 Fun, trocou Zaitter por Eduardo Bettega e obteve o vice-campeonato. Em 2016, mais uma mudança de nome, agora para o – por enquanto – definitivo RBR, e conquistou o Troféu Candy Shop (1º turno da V Copa RNK). A contínua ascensão foi interrompida no 2º semestre daquele ano com o abandono de dois de seus pilotos. Contando apenas com a pontuação de Feijão, a equipe amargou o 5º e penúltimo lugar. Em 2017, manteve a formação obtendo o 3º lugar no 1º turno, embora Eduardo Bettega não tenha participado de nenhuma prova – o piloto seria substituído por Ricardo Rocco no 2º turno, e a RBR terminaria em 4º lugar. Em 2018, Eduardo Bettega retornou para o time no lugar de Rocco, e o manager Feijão inscreveu mais um time, incluindo na equipe Samurai Sam, Alessandro Trevisan e Everton Tonel, conquistando o título do 1º turno e o vice-campeonato do 2º. Em 2019, Vinicius Eduardo assumiu a vaga deixada por Samu Sam, mas o time não passou de um 8º lugar no primeiro turno e de um 5º no segundo. Carregando o espólio de todo o seu passado,a RBR ostenta um cartel de 21 vitórias, igualando a marca da Johnscher Racing.
A Vianna Bros., dos irmãos Rafael e Bruno Vianna, foi uma das mais tradicionais enquanto existiu, embora sua melhor classificação tenha sido o 3º lugar em 2014. Em 2016, incluiu no time uma representante feminina, Isabel Costa, e passou a se denominar Vianna Bros. & Lady, obtendo também o 3º lugar no Troféu Candy Shop. Na metade do ano, suspendeu temporariamente as atividades, e Rafael Vianna formou, com Marcelo Rosa e Ricardo Rocco, a Scuderia Nelson Piquet, que participou no 2º semestre terminando em 3º lugar sem vencer nenhuma prova. Sob o nome, simplesmente, de Scuderia – com os irmãos Vianna e Marcelo Rosa – o time retornaria em 2017 para terminar em último entre nove equipes participantes ao final do 1º turno. Na metade do ano, mais uma vez, Rafael Vianna declarou “forfait”. Em sua longa história, acumulou somente cinco vitórias.
A mais curiosa história entre as equipes da RNK talvez seja a do atual Root Team, capitaneado por Rodolpho Bettega. Surgiu como βH Driessen, com Rodo, Eduardo Bettega, Dario e Priscila Driessen. Em 2015, Dario e Eduardo deram lugar a José Revoredo e Luiz Brambila, e o time passou a se chamar Zé Bedrilo. Em 2016, com a saída de Priscila, nova mudança de nome: Engspão. Na metade do mesmo ano, a equipe perdia o campeão Brambila, substituído por Alessandro Trevisan, mudando sua denominação para RAZ. Com a saída de Ale para a RBR em 2018, somente com Rodo e Zé Revoredo, que acabou nem correndo, a equipe passou a se chamar Zero Racing. Em 2019, o time mudou novamente de nome e formação: Root Team, com Rodolpho Bettega, Marcelo Rosa e Menyr Zaitter. Em onze campeonatos disputados, seis nomes diferentes, mas resultados pouco convincentes na tabela: um quinto e quatro quartos lugares na classificação final entre 2013 e 2016; 8º (penúltimo e último) nos dois turnos de 2017; 20º (penúltimo) e 18º (antepenúltimo) lugar respectivamente no 1º e 2º turno de 2018; e antepenúltimo (14º e 15º) nos dois turnos de 2019. Apesar das classificações inexpressivas, conquistou nove vitórias.
Das equipes que estrearam em 2017, a mais eficiente foi a 34 Racing, vice-campeã do 1º turno e 5º lugar no 2º turno daquele ano com Nito Ramirez, Tido Olmedo e Renato Braga. Em 2018, sob a nomenclatura 34 Team, Nito inscreveu cinco times incluindo mais 12 pilotos: Elvira Cilka, Daniel Silva, Marcelo Saito, Marcelo Tirisco, Brenda Ramirez, Claudio Ferreira, Taís Alves, Fernanda Galvão, Lucas Chaves, Mallu Ribeiro, Leandro Lenartovicz e Diego Boriolo – os quatro últimos nem chegaram a correr. O melhor resultado final dentre as cinco equipes do time foi um 4º lugar no 1º turno e um 5º no 2º. Um desmanche no time ocorreu em 2019, que passou a ser denominado 34 Riders Team e contou apenas com Nito Ramirez, Clovis Casavechia e Renato Braga, terminando em 10º e 11º nos respectivos turnos. Em três anos de existência, a equipe acumula 13 vitórias.
A Kartbeer Racing, de Kleber Borges, Eugenio e Emygdio Westphalen, obteve o 4º e o 7º lugar respectivamente no 1º e 2º turno de 2017, foi 14º nos dois turnos de 2018 e, em 2019, passou a se chamar Covil Bier Racing, terminando os dois turnos em 7º e 10º lugar. A equipe soma duas vitórias.
A DuxShalon RT surgiu em 2017 com Anderson Rocha, Bruno Rocha e Rodrigo Metz, este substituído depois por Marcos Martins, obtendo o 5º lugar no 1º turno e o vice-campeonato no 2º, totalizando quatro vitórias. Em 2018, perdeu Bruno Rocha, entrando em seu lugar Renee Faletti, que acabou participando de apenas uma prova. A equipe terminou o 1º turno em 11º lugar e acabou absorvida pelo Fast Lap Racing Team. Mesmo destino teve a Cacaca Sprint (Felipe Carneiro, Beto Carneiro e Everson Calaes), 6ª colocada nos dois turnos de 2017 com uma vitória. Em 2018, com a substituição de Beto Carneiro por Felipe Fontana, outro que só participou de uma prova, o time mudou a nomenclatura para Kamikaze Team, terminando o 1º turno em 9º lugar, e também foi absorvida pelo Fast Lap.
Muitas equipes novas surgiram a partir de 2018. A principal delas, a Box 45, da família Cardozo, formada inicialmente por João, Claudinha, Karina e Paulo Cardozo, Jackson Gonçalves, Anderson Miotto, Alberi Carvalho e Giancarlo Blanco, além de Fabio Mathoso incluído nas últimas etapas daquele ano, que contou com três times obtendo 5 vitórias e o vice-campeonato no 1º turno, mas apenas o 12º lugar no 2º, quando praticamente abdicou da disputa. Em 2019, veio com dois times tendo, em sua formação, João e Claudia Cardozo, Jackson Gonçalves, Fabio Mathoso, Guilherme Medeiros e Anderson Vieira, obtendo respectivamente 3º e 4º lugar como melhores resultados nos dois turnos e acumulando 12 vitórias em dois anos de participação.
A Technical Kart Racing Team competiu apenas em 2018, composta por Kevin Bettio, Anderson Vieira, Bird Clemente Jr., Fred Willian e Fernando Vieira. Com dois times inscritos, foi 5º e 3º lugar no 1º e 2º turno, obtendo 3 vitórias.
Concorreram ainda, em 2018, com poucos resultados expressivos, a Dry Team (Fernando Durando, Clovis Casavechia e Kelvin Axel), que obteve uma vitória na primeira etapa, e a Tartaruga (António Keps, Ricieri Garbelini e Uellton Gonçalves), que veio em 2019 sob nova denominação, Tartarugators, e apenas dois pilotos (Keps e Riti), também com resultados pífios.
Das equipes que estrearam em 2019, o melhor desempenho foi da BM Racing (Tido Olmedo, Elvira Cilka e Bruno Tarachuka), vice-campeã no 2º turno e 4ª colocada no 1º, com 4 vitórias no ano.
A AFJ, de Fabio Jr., Otto Jr. e Alberi Carvalho, foi 9º nos dois turnos. A Dall’Agnoll Action Power, de Guarapuava, contou com Emerson e Mir Dall’Agnoll e Mauro Mondin (este, só no 1º turno), terminando em 13º e 14º lugar nos turnos, e obtendo uma vitória em casa. A Koha Racing, de Bassám Hajar e Marcelo Kogik, se inscreveu na última rodada do 1º turno e terminou em 13º no 2º semestre. Por fim, a MM Racing, dos irmãos Maykoll e Michel Carvalho e Levi Fritz, ingressou no 2º semestre concluindo em penúltimo lugar.
A RNK mantém, desde 2014, uma equipe para disputar provas de longa duração. O RNK Endurance Team participou de 25 dessas competições. Em agosto de 2017, em parceria com o Fast Lap Kart Indoor, a equipe passou a ser designada Fast Lap/RNK Endurance Team, período em que obteve um de seus resultados mais expressivos, um 5º lugar e o pódio em uma das etapas do CEKI, organizado pela RA Racing no Kartódromo Beto Carrero. Em 2019, a agência Candy Shop ingressou como patrocinador máster da equipe, cuja denominação passou a ser Candy Shop RNK Team.
O melhor resultado da equipe foram dois 2ºs lugares, nos 200 km de Registro, em 2015, e nas 10 Horas de Matinhos, em 2016, onde também foi ao pódio com o 3º lugar.
Ironicamente, nas duas oportunidades a equipe RNK perdeu a vitória devido a punições. Em Registro, recebeu a bandeirada em 1º, mas foi punida em 10 segundos por uma colisão a poucas voltas do fim quando Eduardo Johnscher disputava a liderança; em Matinhos, a equipe teve de cumprir uma parada de um minuto para cumprir uma punição devido a um toque de Chico Johnscher, que provocou a rodada de um retardatário.
Em 2017, chegou a liderar a maior prova de endurance do rental kart nacional – as 24 Horas Rental Kart de Interlagos. Em 2018, terminou o CEKI em 12º lugar dentre 67 equipes participantes. Em 2019, teve seus melhores resultados finais no CEKI – 9º lugar entre 75 participantes – e nas 24 Horas de Interlagos – 14º lugar entre 52 equipes.
Chico Johnscher compôs a equipe em 24 oportunidades. Além dele, quem mais vestiu a camisa do RNK Endurance Team foram Carlos Feijão (18 vezes), Eduardo Johnscher (17), Marjorie Johnscher (12), Bruno Rocha e Anderson Rocha (11), Rodolpho Bettega (7), Luiz Brambila, Everson Calaes, Eugênio Fabian e Kelvin Axel (5), Nito Ramirez, Anderson Vieira, Andrey Lima e Emygdio Westphalen (4).
Com menos participações, nesses 6 anos de endurances, já defenderam – a alguns ainda defendem – o time da RNK Marcos Martins, Gilmar Coleta, Mauro Mondin, Nilton Rossoni, Matheus Cruz, Jackson Gonçalves, Claudia Cardozo, Bruno Tarachuka, Luciano Borges, Marcelo Tirisco, Daniel Silva, Eduardo Bettega, Ricardo Rocco, Phellip Carvalho, Juliano Cunha, Heitor Preto, Felipe Carneiro, Giovani Grigolo, Guilherme Rocha, Nabor Patzsch, Beto Carneiro, Diego Santos, Rafael Demmer, Silvio Morselli, Cauê Pampuch, Edinho Marques, Marcelo Rosa e João Gomes.
I COPA RNK – 2012
A 1ª Copa RNK teve 10 etapas, oito disputadas no Raceland e duas previstas para São José dos Pinhais. O sistema de pontuação não previa descartes e era variável em função do número de participantes: numa prova com 15 competidores, por exemplo, o vencedor recebia 15 pontos. Além dos bônus pela pole e pela melhor volta e da punição com a perda de dez pontos aos pilotos que se inscreviam e não compareciam – presentes até hoje no regulamento –, um ponto extra também era concedido a cada três participações consecutivas. Mais três pontos eram acrescidos, no final do campeonato, aos pilotos que participassem de mais provas. Era a forma encontrada para incentivar a fidelidade dos pilotos.
Além da classificação geral, também havia a divisão por peso em duas categorias: A (até 80kg) e B (acima de 80kg). Somente dois pilotos venceram mais de uma prova: Eduardo Bettega (três) e Chico Johnscher (duas). Uma das vitórias de Bettega, entretanto, veio de uma excrescência do regulamento. A primeira das provas marcadas para São José acabou transferida para o Marumbi Kart Indoor devido à forte chuva. Com 20 inscritos, os pilotos foram divididos, por sorteio, em três baterias e, de acordo com o regulamento, uma classificação única seria consolidada conforme o número de voltas e o tempo total de prova de cada piloto. O resultado final acabou causando estranheza, pois vários pilotos visivelmente mais lentos da última bateria acabaram na frente de outros mais rápidos da primeira. Foi só muitos meses depois que se descobriu que o tempo total de prova incluía o qualify e o tempo para formação do grid, o que tornaria impossível consolidar os tempos das três baterias. Mas era tarde demais, os resultados já haviam sido oficializados e Eduardo Bettega acabou obtendo uma vitória por ter vencido a bateria cujos fiscais foram mais ágeis no alinhamento dos karts.
O campeonato chegou à última etapa praticamente decidido em favor de Chico Johnscher, que só precisava chegar em 8º para se sagrar campeão da 1ª Copa RNK. Acusado de ser beneficiado por ser mais leve, Chico largou com 16 kg de chumbinhos de tarrafa dentro do macacão e terminou em 3º lugar, garantindo o título. Foi campeão com 148 pontos, contra 142 do vice Eduardo Johnscher, que venceu a prova derradeira, com muita chuva, fazendo a sua parte. Eduardo Bettega foi o 3º no campeonato, com 127 pontos. Na sequência, Rodolpho Bettega (119), Menyr Zaitter (87), Pedro Barbosa (87), Priscila Driessen (75), Marcelo Rosa (62), Rafael Vianna (56) e Bruno Vianna (56) completaram os dez primeiros.
Na classe A, o campeão Chico Johnscher foi seguido de Priscila Driessen, Marcelo Rosa, Eduardo Bettega e Rafael Vianna (sim, Rafael Vianna era leve…).
Na classe B, o campeão foi Eduardo Johnscher, seguido de Rodolpho Bettega, Menyr Zaitter, Pedro Barbosa e Eduardo Bettega, cuja variação de peso ao longo do ano fez com que pontuasse entre os pesados somente na primeira metade do campeonato.
O certame não teve premiação aos campeões nem aos vencedores das provas.
II COPA RNK – 2013
A 2ª Copa RNK manteve o formato da primeira edição, mas aumentou para 12 o número de provas (9 no Raceland e 3 em S. J. dos Pinhais) e acrescentou outros dois pontos de bonificação: um para o vencedor e um para o piloto que mais ganhasse posições em relação à largada. Também foi introduzido o critério N-2, com o descarte dos dois piores resultados, criado o campeonato por equipes e instituída premiação para os primeiros colocados nas provas e no campeonato.
A temporada chegou à sua última prova definida. Chico Johnscher conquistou o bicampeonato ao vencer a penúltima etapa, em São José, na prova em que Eduardo Johnscher protagonizou o acidente mais espetacular da história da RNK ao capotar seu kart. Eduardo já havia garantido o bi na classe B uma prova antes.
Restava decidir o vice geral – Eduardo Johnscher e Marcelo Rosa chegavam à decisão empatados – e o título por equipe. Com a vitória, mais uma vez com chuva, Eduardo foi o vice, com 152 pontos, contra 164 do campeão Chico e 141 do 3º, Marcelo. Completaram os dez primeiros Bruno Vianna (122), Guilherme Szpigiel (110), José Revoredo (107), Rafael Vianna (105), Rodolpho Bettega (99), Eduardo Bettega (90) e Priscila Driessen (87).
Entre os leves, Chico Johnscher foi bicampeão, seguido de Marcelo Rosa, Bruno Vianna, Priscila Driessen e Fabio Knabben. Nos pesados, Eduardo Johnscher foi seguido de Guilherme Szpigiel, José Revoredo, Rafael Vianna e Rodolpho Bettega. A Johnscher Racing sagrou-se campeã entre as equipes, e o vice ficou com a Designers Racing, de Marcelo Rosa, Guilherme Szpigiel e Fabio Knabben.
III COPA RNK – 2014
A terceira edição da Copa RNK trouxe muitas novidades. As principais foram a substituição do Kartódromo de São José dos Pinhais por três provas fora do Paraná – Beto Carrero, Joinville e Registro – e o estabelecimento de lastro mínimo (80 kg) para os pilotos do sexo masculino, extinguindo-se as classes A e B. Além disso, foi abolida a tomada de tempo nas provas realizadas em Curitiba, com a formação do grid invertido conforme a ordem inversa da classificação do campeonato. A última prova, denominada Corrida do Milhão, a exemplo da Stock Car, teria pontuação dobrada. Um bônus extra de três pontos passou a ser concedido nas provas fora de Curitiba, de modo a incentivar a participação, benefício dado também aos pilotos de fora de Curitiba nas provas do Raceland. O sistema de descarte passou a ser N-3.
Com a pontuação dobrada na última etapa, o campeonato chegou à decisão com sete pilotos disputando matematicamente o título. Para o líder Eduardo Johnscher, um 5º lugar garantiria a conquista independentemente dos resultados dos adversários. O vice-líder, o ainda pouco conhecido Andrey Lima, tornara-se a sensação do campeonato ao vencer quatro provas, mas precisaria levar todos os pontos possíveis: vitória, melhor volta e maior avanço em relação à posição de largada. E foi o que ele fez – não por acaso, recebeu naquele ano a alcunha de Japa Voador. O insuficiente, porém, para tirar o título de Eduardo, que com um 4º lugar ficou dois pontos à frente (166 x 164). Fabio Knabben, cujo desafio era o mesmo de Andrey, foi o 2º na prova e terminou em 3º na classificação final, com 156 pontos. Chico Johnscher (141), Eduardo Bettega (140), Marcelo Rosa (127), Priscila Driessen (116), José Revoredo (115), Carlos Feijão (114) e Guilherme Szpigiel (113) completaram os dez primeiros.
Entre as equipes, inverteu-se o resultado do ano anterior: a Designers Racing foi campeã e a Johnscher Racing, vice.
IV COPA RNK – 2015
A adoção de pontuação fixa (25 pontos para o vencedor) foi a mudança mais significativa no regulamento de 2015. Além disso, abandonou-se o grid invertido nas etapas de Curitiba, extinguiram-se os pontos extras aos “visitantes” e reduziu-se para um o ponto extra aos pilotos que participaram de todas as etapas. Cada vez mais insatisfeitos com as condições dos karts no Raceland, metade das provas seria desenvolvida fora do Paraná. Além dos kartódromos que já haviam sediado a RNK no ano anterior (Beto Carrero, Joinville e Registro), Indaial e Balneário Camboriú entraram no calendário, enquanto Registro ganhou mais uma etapa.
A abertura da temporada, marcada para o Beto Carrero em janeiro, porém, não poderia ter sido mais frustrante. Na véspera da prova, com mais de 20 pilotos inscritos, os responsáveis pelo kartódromo comunicaram que haveria, com muita sorte, no máximo dez karts em condições de uso. Dois ou três pilotos desistiram de participar, e a solução encontrada foi dividir a etapa em duas baterias eliminatórias, que classificariam dez pilotos para uma final – somente esta valeria pontos para o campeonato. Realizadas as duas classificatórias, com bastante atraso e os karts em frangalhos, alguns pilotos se amotinaram e se recusaram a realizar a bateria final, exigindo que fossem computados os pontos referentes às duas baterias preliminares. A Organização optou pela realização da bateria com os pilotos remanescentes e decidiu que a etapa não contaria pontos para a Copa. Mais tarde, voltaria atrás e, em consenso, validou o melhor resultado obtido por cada piloto.
Dali pra frente, entretanto, o campeonato transcorreu perfeitamente e acirradíssimo. Até a metade da temporada, Chico e Eduardo Johnscher disputaram palmo a palmo o topo da tabela e tudo indicava que, mais uma vez, o título ficaria nas mãos de um deles. Andrey Lima, porém, depois de ficar de fora em duas etapas, fazia um campeonato consistente, subindo ao pódio em todas as etapas e chegou à última prova na liderança, com 12 pontos de vantagem sobre o vice-líder Eduardo Johnscher e 13 sobre o 3º, Fabio Knabben. A essa altura, Chico caíra para 5º, atrás também de Marcelo Rosa. Eram os únicos que ainda tinha chances, ainda que meramente matemáticas, de chegar ao título.
Na Corrida do Milhão, o Japa correu com o regulamento na mão e fez pouco mais que o suficiente. Chegando em 5º, sem correr riscos, sagrou-se campeão com 235 pontos, onze à frente do vice Fabio Knabben. Marcelo Rosa foi o 3º com 213 pontos, enquanto Eduardo Johnscher colhia seu pior resultado no ano (13º), despencando para 4º com 211, e Chico Johnscher terminava em 5º, com 202. A surpresa ficou por conta de Marjorie Johnscher, que marcou a pole e venceu a prova, subindo para a 6ª posição no campeonato, com 195 pontos. Ela ainda ganharia o Prêmio Maneco Combacau, instituído naquele ano. Completaram os dez primeiros na classificação final Carlos Feijão (192), Eduardo Bettega (188), Ricardo Rocco (187) e José Revoredo (162). Um novato que começava a chamar atenção ganhando três provas, mas abandonara o campeonato no terço final, foi o 11º. Seu nome era Luiz Brambila.
Entre as equipes, o título voltou para a Johnscher Racing, ficando o vice-campeonato para a Race Four Fun, atual RBR, composta por Andrey Lima, Carlos Feijão, Eduardo Bettega e Menyr Zaitter.
V COPA RNK – 2016
Em sua 5ª edição, a Copa RNK promoveu a mais profunda alteração no formato da competição, que vigora até hoje: a divisão do campeonato em três fases – dois turnos semestrais classificatórios (cada um com seis etapas e N-1) e uma Superfinal (em rodada dupla) – valendo três premiações independentes e o desdobramento das etapas em duas ou mais baterias adaptando-se à relação número de pilotos/quantidade de karts disponíveis. Além disso, foi elevado o peso mínimo dos pilotos do sexo masculino para 90 kg e introduzido também o peso mínimo para as mulheres, este fixado em 80 kg.
O primeiro turno – Troféu Candy Shop – teve suas etapas desenvolvidas em Joinville, Matinhos, Registro, Indaial e duas em São José dos Pinhais.
Luizinho Brambila chegou à decisão, em S. José, com o título praticamente assegurado. Só Eduardo Johnscher tinha chances – remotas – de mudar o resultado, mas chegou em 7º, e o 6º lugar foi o suficiente para Brambila se sagrar campeão com 116 pontos. Bruno Vianna venceu e garantiu o vice-campeonato, com 108 pontos. Eduardo foi o 3º com 106, Rafael Demmer ficou em 4º com 104 e Chico Johnscher em 5º com 99. Completaram os dez primeiros Ricardo Rocco (97), Andrey Lima (96), Rafael Vianna (96), Feijão (95) e Kleber Borges (92). A RBR foi a equipe campeã, ficando a Johnscher Racing em 2º.
O segundo turno – Troféu 82 Design – foi quase um reprise do primeiro, mudando apenas o adversário de Luizinho na briga pelo título. Dessa vez, seu companheiro de equipe Rafael Demmer é quem lhe poderia roubar o laurel. Com provas em Joinville (duas), Beto Carrero, Indaial e Registro e a última no Raceland, Brambila foi o campeão com 114 pontos, contra 95 de Demmer. Chico Johnscher foi o 3º com 92, ficando Feijão em 4º com 87 e Marjorie Johnscher – que mais uma vez vencia a etapa derradeira – em 5º com 79. Completaram os dez primeiros na classificação: Franciel Vivan (77), Eduardo Johnscher (73), Anderson Rocha (72), Marcelo Rosa (70) e Rafael Vianna (70). A equipe TK Racing, recém-formada por Brambila, Demmer e Franciel, foi campeã e novamente a Johnscher Racing a vice.
A Superfinal foi disputada em rodada dupla no Kartódromo de Interlagos entre os 15 pilotos com melhor classificação nos dois semestres, sendo algumas desistências supridas pelos pilotos mais bem situados na sequência. Aos pontos conquistados nas duas provas da rodada dupla, somaram-se ainda pontos extras que cada piloto levou conforme sua classificação nos turnos, o que tornava praticamente impossível tirar o título de Luizinho Brambila. Rick Bull e Samurai Sam venceram as provas da Superfinal e mesmo a quebra do campeão na última quando liderava com tranquilidade tirou dele o campeonato. Luizinho conquistou o terceiro título do ano e Chico Johnscher foi o vice-campeão. Rafael Demmer ficou em 3º, Rick Bull em 4º e Samurai Sam em 5º. Completaram a lista dos dez melhores do ano Eduardo Johnscher, Rafael Vianna, Carlos Feijão, Alessandro Trevisan e Franciel Vivan.
VI COPA RNK – 2017
As únicas mudanças para a 6ª Copa RNK foram a introdução de duas rodadas duplas em cada turno, mantendo-se o mesmo número de provas, e o aumento no número de descartes, que passou para o sistema N-2. A maior novidade, entretanto, foi a adoção de numeração fixa para os pilotos em todo o campeonato.
No primeiro turno, as rodadas duplas foram realizadas em Indaial e no Beto Carrero; as simples, em Joinville e São José dos Pinhais. Três pilotos chegaram à última prova embolados: Andrey Lima e Luiz Brambila, empatados, quatro pontos à frente de Oracildo Olmedo. Andrey Lima, depois de largar mal, fez uma prova espetacular e assumiu a ponta a poucos metros da bandeirada. Nem seria preciso vencer, porém. Tido foi apenas o 5º e Luizinho, o penúltimo. O Japa foi campeão com 100 pontos, ficando Luizinho Brambila em 2º, com 97, e Tido Olmedo em 3º, com 91. Completaram os dez primeiros na pontuação Rafael Demmer (83), Ricardo Rocco (82), Eugenio Westphalen (81), Bruno Rocha (77), Alessandro Trevisan, Renato Braga e Carlos Feijão (todos com 75). Pela primeira vez na história, nenhum integrante da Johnscher Racing figurava entre os primeiros. A TK Racing conquistava mais um título também entre as equipes, cujo vice-campeonato foi para a 34 Racing, formada por Nito Ramirez, Tido Olmedo e Renato Braga.
O segundo turno teve rodadas duplas no Beto Carrero – com transmissão ao vivo da RA Racing – e no Kartódromo dos Ingleses, em Florianópolis, e rodadas simples em Joinville e Rio Negro. Esta, uma final inédita em um kartódromo que não dispõe de kart de aluguel, com estrutura montada pelo Fast Lap Kart Indoor. O título, porém, já estava decidido em favor de Luiz Brambila, campeão com 101 pontos. O vice-campeonato ficou nas mãos de Bruno Rocha, com 90 pontos, mesma pontuação do 3º, Rafael Demmer. Completaram os dez primeiros: Marcos Martins (88), Chico Johnscher (84), Nito Ramirez (81), Andrey Lima (81), Felipe Carneiro (80), Franciel Vivan (77) e Felipe Fontana (75). A TK Racing obteve o terceiro título por equipe, seguida pela DuxShalon, de Anderson Rocha, Bruno Rocha e Marcos Martins.
Novamente em Interlagos, a Superfinal tinha 20 vagas abertas, mas não contou com alguns dos classificados e postulantes ao título, e só 18 dos pilotos habilitados participaram. E novamente Luiz Brambila ostentava larga vantagem em busca do título anual, confirmado com a vitória na segunda das duas provas – a primeira foi vencida por Bruno Rocha, o que lhe garantiu o vice-campeonato. Chico Johnscher foi o 3º, empatado com Marcos Martins e Renato Braga, mas favorecido por ter feito a melhor volta na segunda etapa da Superfinal. Nesta ordem, Carlos Feijão, Eduardo Johnscher, Anderson Rocha, Eugenio Westphalen e Paulo Taylor completaram a lista dos dez primeiros.
VII COPA RNK – 2018
Mais uma vez o formato do campeonato foi mantido, com duas pequenas adaptações: todas as etapas em rodadas duplas e apenas um descarte (N-1) em cada turno. Ampliou-se, ainda, a premiação, abolindo-se as medalhas e substituindo-as por troféus para todas as posições do pódio. Também foram instituídos três novos prêmios: Super 100 para o melhor classificado acima de 100 kg (Nito Ramirez), Destaque Feminino para a pilota mais bem classificada (Claudia Cardozo no 1º turno e Elvira Cilka no 2º) e Estreante do Ano (Daniel Silva).
Duas rodadas foram realizadas com a estrutura do Fast Lap Kart Indoor em kartódromos que não oferecem locação de karts: Irati, abrindo o 1º turno, e Registro, abrindo o 2º turno.
Na abertura da temporada, em Irati, foi registrado o novo recorde de inscritos, com 63 pilotos participando da prova. A segunda rodada também teve uma pista inédita para a Copa RNK, o Kartódromo Granja Viana, com duas baterias de 30 karts – outro recorde – em cada uma das etapas. A rodada decisiva teve como palco o Kartódromo de Joinville. Andrey Lima era o líder, 3 pontos à frente de Samurai Sam e 5 à frente de Jackson Gonçalves. Na última prova, Andrey e Samurai cometeram erros e Jackson conquistou o título de forma brilhante, totalizando 115 pontos. Andrey Lima foi vice com 108, Tido Olmedo o 3º com 100, mesmo número de pontos de Daniel Silva. Na sequência, completaram o Top 10 Kevin Bettio (99), Nabor Patzsch (96), Eduardo Johnscher (92), Samurai Sam (91), Claudia Cardozo e Bruno Rocha, ambos com 89 pontos. A RBR conquistou o título entre as equipes.
O 2º turno teve suas três rodadas respectivamente em Registro, Ingleses e Balneário Camboriú, aonde Fábio Mathoso chegou liderando o turno um ponto à frente de Daniel Silva, que acabou conquistando o título com 114 pontos, 3 à frente do seu rival. Andrey Lima foi o 3º com 101. Completaram os dez primeiros Nito Ramirez (98), Carlos Feijão (97), Everton Tonel (94), Tido Olmedo (93), Marcelo Saito (93), Felipe Carneiro e Everson Calaes, ambos com 91 pontos. O Fast Lap Racing Team sagrou-se campeão entre as equipes.
Na Superfinal, em Interlagos, Daniel Silva, Andrey Lima e Tido Olmedo carregavam o maior número de pontos de bônus, mas Daniel se envolveu em um acidente e desperdiçou a chance de brigar pelo título, que ficou com Andrey Lima, mesmo sem vencer nenhuma das baterias. Tido foi o vice-campeão e Daniel Silva o 3º. Completaram o Top 10 Eduardo Johnscher, Everton Tonel, Carlos Feijão, Luizinho Brambila, Bruno Rocha, Everson Calaes e Chico Johnscher.
VIII COPA RNK – 2019
Novamente foi mantido o formato do campeonato, mas com duas mudanças significativas: a adoção de peso mínimo de 90 kg independentemente de gênero e pontuação dobrada na Superfinal. Também foram acrescidas duas novas premiações: Troféu Vintage, para o piloto acima de 50 anos mais bem classificado no campeonato, e Troféu Old School, para o piloto com mais pontos dentre aqueles que estrearam na Copa RNK há mais de três anos e não obtiveram mais de três pódios na temporada anterior.
Como na temporada anterior, três rodadas duplas constituíram as duas primeiras fases: Ingleses, Speedway (Balneário Camboriú) e Interlagos no 1º turno, Beto Carrero, Joinville e Guarapuava no 2º. A Superfinal, pela primeira vez desde que a RNK adotou esse formato, foi realizada no KGV. As rodadas de Ingleses, Speedway e Beto Carrero foram organizadas em parceria com o APA Challenge, proporcionando mais visibilidade e espetáculo aos dois campeonatos.
O 1º turno chegou à decisão em Interlagos com boa vantagem para Luizinho Brambila na liderança, que se manteve após a primeira bateria. O improvável, contudo, aconteceu a menos de duas voltas do final da segunda bateria, quando o piloto disputava a liderança e já comemorava o mais um campeonato quando teve um problema mecânico. O título acabou nas mãos de Bruno Rocha, com Anderson Vieira em 2º, Felipe Carneiro em 3º, Eduardo Johnscher em 4º e Jackson Gonçalves em 5º. Completaram os dez primeiros Bruno Tarachuka, Tido Olmedo, Guilherme Medeiros, Luiz Brambila e Everson Calaes.
No 2º turno, Bruno Rocha tinha tudo para ganhar novamente depois de vencer três das quatro primeiras provas, mas acabou abrindo mão da taça ao não participar da última rodada devido a compromissos particulares. O favoritismo passou então para Jackson Gonçalves, que acabou traído por um kart pouco competitivo na última bateria. Luizinho Brambila conquistou o título, Jackson foi vice e Tido Olmedo, 3º. Bruno Rocha ainda terminou em 4º, Eduardo Johnscher foi 5º, Bruno Tarachuka, Andreson Vieira, Adriano Goulart, Juliano Cunha e Andrey Lima completaram o top 10.
Na Superfinal, porém, a sorte voltou a sorrir para Jackson Gonçalves. Ao vencer a primeira prova na Granja Viana, ele já reverteu a desvantagem de 4 pontos de bônus que favorecia Bruno Rocha e ampliou-a ainda mais na segunda bateria, vencida por Bruno Bogus, terminando 12 pontos à frente do principal adversário. Luiz Brambila foi o 3º na soma final, Tido Olmedo terminou em 4º e Bruno Tarachuka, o estreante do ano, em 5º. Completaram o top 10 Anderson Vieira, Eduardo Johnscher, Fabio Mathoso, Everson Calaes e Bruno Bogus.
Clayton Medeiros, Marcia e Marcelo Schuartes são os artistas que estiverem por trás das lentes em 2019 e registraram tudo que aconteceu nas pistas – e fora delas – ao longo de 2019.
1. Eugênio Fabian contra a chuva em Joinville
2. Tentando abrir caminho no KGV
3. Costela quebrada tira Rodo Bettega da disputa no Beto Carrero
4. Eduardo Johnscher e Bruno Rocha decidem nos milímetros no Beto Carrero
5. Chegada quente de Mathoso, Tido, Luizinho e Andrey em Joinville
6. Pódio na chuva em Balneário Camboriú
7. Ale ostentação com o Troféu Super 100
8. Pôr do sol em Guarapuava
9. A dedicação e simpatia de Soraya Kirschen no staff
10. Labrusca é festa no pódio
11. Luizinho abandona e perde o título do 2º turno em Interlagos
12. Em dia de estreia de macacão, a despedida temporária de Marjorie
13. Reconhecendo o terreno do Speedway
14. Na última curva, Keps perde três posições
15. Briefing: hora de limpar o salão
16. Às vezes a tocada faz sair faísca
17. Pinguim x Emerson, uma disputa que deu o que falar
18. Marcos Martins e sucessores em Abbey Road Balneário Camboriú
19. Hora de armar o circo em Interlagos
20. A última curva da Elvira em Joinville