Mais uma vez a chuva compareceu na RNK.
A RNK não sabe mais o que é correr no seco no Raceland. A etapa de ontem, a penúltima da temporada, foi a quarta seguida nessa pista em que os pilotos enfrentaram o piso molhado. Durante a prova, a chuva até deu uma trégua e somente uma garoinha fina caía sobre a pista, mas o temporal que desabou na região de Curitiba minutos antes foi o suficiente para deixar o asfalto um sabão.
E, mais uma vez, quem se deu bem foi Eduardo Johnscher. Partindo da última posição no grid de acordo com a ordem de largada invertida, o piloto da Johnscher Racing fez boa largada e contou, ainda, com os erros dos adversários para vencer sua sétima corrida na carreira e a segunda em 2014. O resultado deixa o piloto com as mãos na taça de campeão, já que abriu 6 pontos sobre o vice-líder, Andrey Lima, e este não contará com a preciosa bonificação que receberão os competidores que participaram de todas as provas.
Eduardo Johnscher comemora mais uma vitória.
Eduardo, entretanto, não quer saber de comemorações antes da hora. “Não tem nada decidido ainda”, declarou, lacônico. Nas contas do líder, um 4º lugar na última corrida garante o título independentemente dos adversários. “Basta pegar um kart ruim e aí já era”, ponderou ele.
A CORRIDA
O mais rápido quando as luzes apagaram foi Bruno Vianna. Largando na 2ª fila, ele passou Carlos Amaral e Marjorie Johnscher para pular na frente e abrir boa vantagem já na primeira volta. Largando de trás, Marcelo Rosa, Chico e Eduardo Johnscher também largaram bem e se livraram de um enrosco logo na primeira curva, que envolveu diversos pilotos, e se posicionaram entre os primeiros.
Eduardo Johnscher, Marcelo Rosa e Chico Johnscher disputam posição nas primeiras voltas. Bruno Vianna já desaparecia na frente.
No final da primeira volta, Eduardo Johnscher passava o companheiro de equipe Chico para ocupar a 4ª posição. Na 3ª volta, deixou Marcelo Rosa para trás e este rodou no miolo, quase perdendo a posição também para Chico Johnscher, que vinha logo atrás, mas este também acabou rodando.
Bruno Vianna liderou boa parte da prova, até rodar e ser superado por Marcelo e Eduardo. A primeira vitória de Marcelo Rosa na RNK começou, então, a se delinear, mas o piloto da Designers Racing também errou, rodou e abriu caminho para Eduardo Johnscher.
A partir daí, nada mais se modificou. Eduardo Johnscher chegou 9 segundos à frente de Bruno Vianna e este, 10 segundos à frente de Marcelo Rosa. Fabio Knabben foi o 4º, com mais 8 segundos de diferença e outros 11 atrás chegou Chico Johnscher, o 5º. José Revoredo, em 6º, até tentou atacar em algumas oportunidades, mas Chico soube se defender bem. O s seis primeiros foram os únicos a terminar na mesma volta.
Discretas foram as participações da βH Driessen e da SNA. Rodolpho Bettega e Priscila Driessen terminaram, respectivamente, em 8º e 9º. Priscila se queixou da chuva. “Corrida com chuva não tem graça, não tem disputa por posições. Ano que vem, se chover, não corro!”, reclamou. Na SNA, Andrey Lima foi apenas 7º; Menyr Zaitter, 12º; e Carlos Feijão, 14º, duas voltas atrás. Mais uma vez, Menyr Zaitter protagonizou o lance negativo da corrida, ao “cortar caminho” passando reto na entrada do miolo. “Levei um toque e passei reto”, justificou o piloto. O fato é que, graças a isso, ele quase acabou recebendo a bonificação pela melhor volta, já que “economizou” quase 10 segundos e nem os fiscais nem a cronometragem tomou qualquer atitude. Foi preciso que alguns pilotos alertassem Padilha, o Diretor de Prova, sobre o incidente para que a melhor volta de Menyr fosse impugnada. O resultado da prova segue sub judice até que a Direção de Prova se manifeste sobre uma possível punição ao piloto.
Os 15 pilotos que largaram no GP Conde Drácula.
CAMPEONATO
Na temporada mais disputada da história da RNK, sete pilotos chegam à decisão com chances matemáticas de conquistar o título: Eduardo Johnscher lidera com 138 pontos, seguido de Andrey Lima (132), Fabio Knabben (124), Eduardo Bettega (122), Chico Johnscher (121), Marcelo Rosa (111) e Guilherme Szpigiel (107).
Segundo os institutos de pesquisa, Eduardo Johnscher tem 61% de chances de ser campeão; Fabio Knabben, 15%; Andrey Lima, 14%; Chico Johnscher, 4%. Eduardo Bettega, 3%; Marcelo Rosa, 2%; e Guilherme Szpigiel, 1%.
Bruno Vianna não tem mais chances no campeonato, mas vibrou com o 2º lugar.
Entre as equipes, a Designers Racing, com 134,67 pontos, é a virtual campeã. Com quase 16 pontos de vantagem sobre a vice-líder SNA, os institutos de pesquisa já dão como favas contadas o título dos “desenhistas”, com 99,9% de probabilidade.
A disputa pelo vice-campeonato, porém, é bem interessante. A SNA tem 118,83; a βH Driessen, 118,5; e a Johnscher Racing, 116,33. Curiosamente, os matemáticos afirmam que a Johnscher Racing, apesar de ocupar apenas a 4ª posição, é quem deve conquistar o vice-campeonato, justamente porque todos os seu pilotos vão se beneficiar do bônus da última etapa, ao contrário dos seus concorrentes.
A Johnscher Racing e a Designers Racing são as únicas equipes cujos pilotos participaram integralmente do campeonato, isto é, todos participaram de todas as provas, feito só igualado pelo “avulso” José Revoredo. Aliás, já passou da hora de o Revoredo integrar um time ou criar a própria escuderia.
FINAL
A decisão da RNK está marcada para o dia 6 de dezembro, também no Raceland. Nas duas temporadas anteriores, choveu muito. Será que a história vai se repetir? A Corrida do Milhão terá pontuação dobrada, assim como na Fórmula 1 e na Stock Car.
Após a prova, o tradicional churrasco de confraternização e entrega de prêmios para os seis primeiros colocados entre os pilotos e às equipes campeã e vice-campeã.
