A duas semanas da abertura oficial da 13ª Copa RNK, foi realizado ontem (18) no Kart Park, em São José dos Pinhais, o Esquenta 2024. Trata-se da 4ª edição do Festival de Kart que antecede tradicionalmente o início do campeonato desde 2021. O evento teve início às 13 horas com uma espetinhada para pilotos, familiares e amigos na churrasqueira do kartódromo e a premiação do campeonato de 2023.
Receberam seus troféus o bicampeão Cazu, o vice Luizinho Brambila, além de Germano Pedroso (3º), Matheus Schillo (4º) e Leandro Schillo (5º). Pedroso ainda recebeu a premiação de Estreante do Ano e o Troféu Maneco Combacau, por ter sido o piloto que mais ganhou posições em relação ao grid de largada somadas todas as etapas do ano. As demais premiações especiais foram dadas a Diego Bettega (Super 100, para pilotos acima de 100 kg) e Marjorie Johnscher (Mulher do Ano, para a piloto do sexo feminino com mais pontos no campeonato).
Na sequência, 43 pilotos foram para a pista disputar um mini endurance individual, já como preparação para a Copa RNK, cuja decisão de cada turno será nesse formato em 2024. Divididos em três categorias (75, 90 e 105 kg), todos os pilotos disputaram uma bateria de 50 minutos em que deveriam cumprir uma parada obrigatória para troca de kart, completando a volta em um tempo de 5 minutos. O próprio piloto era obrigado a efetuar o controle de tempo, uma vez que foi proibido o ingresso de auxiliares no parque fechado. Para isso, foi permitido o uso de cronômetro, relógio ou até mesmo rádio para comunicação, e a maioria conseguiu efetuar o procedimento de forma eficiente.
Os cinco primeiros em cada categoria foram premiados com troféus, e os vencedores receberam o Troféu Azulprime, oferecido pelo Azulprime Empréstimo Consignado.
Categoria C – 75 kg
Quando os 14 leves foram para o qualify, a pista ainda estava lisa e tinha poças em alguns pontos, devido à forte chuva de horas antes. Chico Johnscher fez a pole e em duas voltas já abria mais de um segundo de vantagem, mas acabou rodando e provocando uma reação em cadeia no miolo, com outros cinco competidores saindo da pista. Com a pista secando rapidamente, em poucas voltas os ponteiros já viravam na casa dos 42 segundos. Os primeiros a virarem abaixo disso foram Matheus Schillo, que abria na dianteira, e Chico Johnscher, que depois de cair para último, vinha escalando o pelotão. Quando foi aberta a janela de paradas para troca de kart, com 15 minutos de prova, Chico já aparecia em 5º. Com karts visivelmente mais rápidos, ambos esticaram o stint até o limite de fechamento da janela de parada, 30 minutos. Concluídas as paradas, Schillinho era o líder com folga, com Guilherme Medeiros e Fábio Mathoso em 2º e 3º, enquanto Chico voltava em 4º lugar. Depois da parada, contudo, com desempenho bem mais fraco, perdeu posições para Matheus Rossoni e Leandro Schillo, terminando em 6º.
Matheus Schillo liderou praticamente a prova toda para vencer com 18 segundos de vantagem para o 2º, Guilherme Medeiros, e 28 segundos para o 3º, Fábio Mathoso. Somente esses três completaram o mesmo número de voltas, 68. Rossoni e Leandro Schillo completaram o pódio com uma volta a menos, seguidos por Chico, Ozias Júnior, Andrey Lima, Juliano Cunha e Emygdio Westphalen, todos com 67 voltas. Com 66 voltas, Eugênio Westphalen foi o 11º, Lucas Kuhn o 12º – este estreando, aos 12 anos, no rental kart – e Luiz Pimentel o 13º. João Felipe Otto Júnior foi o último, com 64 voltas.
Categoria B – 90 kg
Nos médios, Lucas Monteiro fez a pole e teve, no início, Bruno Provensi como escudeiro. Anderson Sgorlon largou em 3º, mas Felipe Mathias, saindo em P4, logo ultrapassou ambos para assumir a 2ª posição. Na 8ª volta, uma disputa entre Provensi e Sgorlon tirou este da pista. Também com kart muito forte, Sgorlon recuperou terreno depois de cair muitas posições. Depois das paradas obrigatórias, Lucas manteve a ponta, com Mathias em 2º, recebendo a bandeirada 5 segundos atrás. Provensi foi o 3º e Germano Pedroso o 4º, todos na mesma volta do vencedor. Com um stint consistente depois da parada, Thiago Gonçalves completou o pódio, uma volta atrás, assim como o 6º, Sgorlon. Com 66 voltas, terminaram Antonio Honesko, António Keps e Anderson Pereira. Carlos Hepp foi o 10º e Gilmar Coleta o 11º, com 65. Rodo Bettega foi o 12º, embora na pista tivesse chegado em 9º. Um erro na parada, porém, lhe custou uma penalização de 1min16s. O mesmo ocorreu com Bruno Ortiz, que acabou perdendo a penúltima colocação para Eduardo Johnscher. Este comprometeu sua estratégia ao fazer uma parada extra logo na primeira volta para trocar de kart; acabou “premiado” com um kart ainda mais fraco e, para piorar, não teve melhor sorte na parada obrigatória.
A vitória de Monteiro, no entanto, gerou polêmica ainda enquanto a corrida se desenrolava, devido a um descuido do piloto que por pouco não causou um acidente na saída dos boxes. Ao alinhar para controlar sua parada após a troca, o piloto lembrou que não havia colocado seu lastro e levantou-se do kart para ir buscá-lo. O veículo, com o motor ligado, saiu sozinho e ingressou na pista; por sorte, nenhum competidor passava no local e o piloto conseguiu resgatá-lo a tempo. Gerou controvérsia, de início, o fato de Monteiro ter utilizado outro lastro no procedimento, mas como a conferência da pesagem antes e depois da prova comprovou, ele se manteve acima do limite mínimo de 90 kg.
Categoria A – 105 kg
O sol já começava a se pôr quando os pesados foram para a pista. Cazu fez a pole, tendo mais dois Tartarugators nas primeiras posições: Luizinho Brambila e Anderson Vieira. Os três pularam na frente, mas logo na primeira volta um enrosco com Nilton Rossoni tirou Vieira da pista. Rossoni, Felipe Mathias, Diego Bettega e Rafa Bin disputavam no 2º pelotão, e não demorou muito para Rossoni e Mathias superarem Brambila. Quem despontou, contudo, foi Fábio Júnior. Partindo em último depois de trocar de kart no final da tomada de tempos, e ainda encaixotado na largada atrás de Emerson Grochoski, o Hamilton das Araucárias atropelou os adversários fazendo volta mais rápida em cima de volta mais rápida para assumir a ponta e abrir boa vantagem, antes ainda da parada obrigatória, trazendo com ele Rossoni e Mathias, que também ultrapassaram Luizinho e Cazu.
Efetuadas todas as paradas, contudo, quem aparecia surpreendentemente na ponta era Anderson Rocha, que até então fazia uma corrida discreta. E o que mais chamou a atenção, quase uma volta à frente do Fabinho. Cogitou-se que ele tivesse ignorado a parada obrigatória, mas o fato é que o Andershow completou aquela volta em 3min46s e acabaria sendo penalizado com o dobro do tempo faltante de 1min14s.
Fabinho, assim, foi o vencedor de fato, enquanto Felipe Mathias, que no segundo stint vinha conseguindo reduzir drasticamente a diferença, terminou em 2º, 17 segundos atrás. Com o mesmo número de voltas (67) terminaram no pódio Diego Bettega, Nilton Rossoni e Rafa Bin. Com uma volta a menos, Cazu foi o 6º, Vieira o 7º e Vinicius Eduardo o 8º. Completaram os dez primeiros, com 65 voltas, Marcelo Saito e Mauro Blum. Alessandro Trevisan, voltando às pistas depois de dois anos de afastamento, foi o 11º, com 64 voltas, mesmo número de Andershow, que com a punição, caiu para a 12ª posição. Emerson Grochoski e Leonardo Grochoski terminaram em 13º e 14º, com 63 e 62 voltas respectivamente.
Luizinho Brambila, que arriscou sua troca ainda no início da abertura da janela de paradas, não teve sorte com o equipamento e abandonou a prova depois de mais uma parada extra para troca de kart, sem sucesso. “Meu objetivo é sempre correr pra ganhar, ou pelo menos empurrar o Cazu, mas dessa vez não deu”, lamentou ele.
13ª Copa RNK
A Copa RNK começa no dia 2 de março, no Kartódromo Internacional de Joinville, onde cerca de 50 pilotos são esperados para dar a largada na 13ª edição do campeonato, que este ano traz uma novidade. A última rodada de cada turno será disputada no formato endurance individual, em lugar da tradicional rodada dupla. “O Esquenta 2024 foi uma experiência positiva nesse sentido e mostrou que alguns ajustes precisarão ser feitos nos procedimentos de parada para atingir o sucesso que pretendemos”, avaliou Chico Johnscher, um dos organizadores da Copa. Para Eduardo Johnscher, também dirigente da RNK, “os endurances são mais desafiadores e nada impede que a Copa RNK seja toda ela disputada nesse formato futuramente”.