10/ 06/2022 – da Redação, com fotos de Clayton Medeiros
Com 49 pilotos na pista, o 1º turno da XI Copa RNK de rental kart chegou ao fim neste sábado (04) no Kartódromo Internacional Beto Carrero. A rodada dupla foi disputada em dois traçados diferentes: na primeira prova, o tradicional circuito completo; na segunda, um traçado curto no sentido horário – sem a firewheep e a bacia – cujas voltas em menos de 40 segundos logo provocaram o surgimento de tráfego de retardatários.
Nem o mau resultado na primeira prova – o 8º lugar acabaria sendo seu N-1, o descarte da pior pontuação – tirava de Mathoso o favoritismo na corrida pelo título. Seu principal adversário precisaria vencer, mas obteve apenas um 4º e um 5º lugar, o que bastou para Mathoso conquistar o título.
12º GP Beto Carrero
Dez dos 17 participantes da série C estrearam na Copa RNK no 12º GP Beto Carrero e chegaram nas oito primeiras posições. É verdade que isso só aconteceu devido a uma punição imposta ao experiente Tiago Jordão logo no início da prova, mas pela primeira vez na história da Copa, o pódio foi composto inteiramente por estreantes no campeonato. O piloto de Brusque Bruno Albino dominou a bateria, terminando 30 segundos à frente do segundo colocado, Thiago Karsten.
Tiago Jordão, na pista, foi o 3º; a punição de 10 segundos, entretanto, derrubou-o para a 12ª posição, já que o equilíbrio no 2º pelotão fez com que menos de cinco segundos separassem o 2º do 12º lugar. Assim, o piloto de Guaratuba Paulo Henrique Zen foi 3º e Fabinho de Oliveira e André Ribas completaram o pódio.
Na série B, dois pelotões se formaram desde o início. Na frente, o pole Thiago Vasconcellos, Fabio Jr., António Keps, Marcos Martins e Eugênio Westphalen. Este, depois de ótima largada, perdeu terreno e acabou engolido pelo segundo pelotão, puxado por Chico Johnscher, Adriano Goulart, Anderson Rocha e Eduardo Johnscher – que vacilou partindo na primeira fila e acabou saindo da pista logo na primeira curva.
Os quatro primeiros se distanciaram na ponta e promoveram uma disputa alucinante, cruzando a linha de chegada separados por apenas um segundo. Thiago Vasconcellos obteve sua primeira vitória na RNK, com Fabinho Jr. em 2º, Marcos Martins em 3º e Keps em 4º. Chico Johnscher se manteve em 5º até poucas voltas do fim, mas não conseguiu segurar a dupla Anderson Rocha-Adriano Goulart que vinha se empurrando. Na última volta, ainda conseguiria recuperar a posição de Goulart. Andershow foi o 5º.
A briga pela vitória na série A também foi de tirar o fôlego, com quatro pilotos se revezando na ponta. A definição só se concretizou na bandeirada para o vencedor, Tido Olmedo, que ultrapassou Everton Tonel na tomada da curva 1, na última volta. Por muito pouco, Tonel não perdeu a posição também para Medeiros e Nunes, que chegaram grudados em 3º e 4º. Cazu foi o 5º colocado completando o pódio.
13º GP Beto Carrero
O inédito traçado escolhido para a segunda prova da rodada foi um desafio aos pilotos, que tiveram apenas o qualify para se adaptar ao circuito. A volta curta, na casa dos 37 segundos, provocou intenso tráfego de retardatários, complicando também a vida dos fiscais, que tiveram dificuldade na apresentação da bandeira azul.
Na série C, por exemplo, o pole Eduardo Almeida abriu boa vantagem e, virando um segundo e meio abaixo dos últimos, na metade da prova já enfrentava tráfego. Não demorou muito para o segundo pelotão – formado por Bruno Ferrari, Eugênio e Emygdio Westpahlen – também chegar nos retardatários e criar uma enorme “salada”. Quem se deu melhor na confusão foi Tiago Jordão, que acabou encostando e passando todos eles para terminar em 2º. Eugênio, Ferrari e Emygdio completaram o pódio e foram os únicos a terminar na mesma volta do vencedor.
A série B foi mais equilibrada, e os ponteiros tiveram pouco trabalho com retardatários. Claudinha Cardozo fez a pole e promoveu uma das melhores disputas do dia com Bruno Albino e Thiago Karsten. Um pouco atrás, empurrado por um surpreendente Diego Bettega – o piloto carrega lastro natural extra de 15 kg –, Bruno Tarachuka chegou a se aproximar dos líderes.
Karsten foi o vencedor, com Albino em 2º e Claudinha em 3º. No final, Bettega ainda ultrapassou Tarachuka para terminar em 4º.
Na série A, Cazu foi pole e pulou na frente. Eduardo Johnscher, largando por fora ao seu lado, perdeu a posição para Jackson Gonçalves, que logo assumiu a ponta. Jack e Cazu abriram grande vantagem e terminaram 20 segundos à frente, enquanto Eduardo segurava o segundo pelotão na defesa da 3ª posição, sustentando o ataque de Luis Nunes Jr. Este, no final, ainda seria superado por Fábio Mathoso, que chegou em 4º. Gabriel Meister, que ainda estava na briga matemática pelo título, fez uma bela prova de recuperação depois de rodar no início e cair para as últimas colocações, terminando em 6º lugar.
Última volta
O GP Beto Carrero definiu, além do campeão Fábio Mathoso, os outros nove classificados para a Superfinal: Luis Nunes Jr., Júnior Cazu, Jackson Gonçalves, Gabriel Meister, Tido Olmedo, Everton Tonel, Guilherme Medeiros, Bruno Tarachuka e Marcelo Saito.
Entre as equipes, sagrou-se campeã a Box45 Meta/FB, que somou 231 pontos. A Tartarugator’s 1 foi a vice-campeã, com 218 pontos, e a Thunder Racing a 3ª colocada, com 213.
Fugindo à “regra” de jornadas anteriores no Beto Carrero, as baterias transcorreram sem atrasos, com equalização aceitável e poucas quebras para os padrões do rental kart.
Depois de sair da pista logo na largada, Eduardo Johnscher arrependeu-se de ter tentado empurrar o companheiro de equipe Chico. “Eu tinha muito mais kart e se tivesse passado, poderia ter me recuperado e brigar no pelotão da frente”, lamentou Eduardo.
Anderson Sgorlon e Mir Dall’Agnol abusaram do ataque às zebras e acabaram perdendo lastros dos seus karts na pista. Sem atingir o peso mínimo na pesagem, caíram para as últimas posições na segunda prova da série C.
Para não perder o hábito, Bassam Hajar ajudou a aparar a grama do kartódromo nas duas provas. Na segundo bateria da série C, quando brigava pela segunda posição, quase provocou um grave acidente ao retornar à pista rodando na entrada da reta dos boxes.
Gabriel Meister, tocado na primeira curva logo após a largada de sua primeira prova, foi parar na grama e demonstrou sua revolta por não ter havido punição. “Eu vi que te bateram, só não puni porque não sei quem era” foi a resposta que ouviu do fiscal que viu o lance.
Melhor sorte teve o estreante Franco Borghese. Penalizado na 1ª bateria, ele entrou com recurso após a prova e teve sua punição cancelada depois que os fiscais constataram que houvera um erro de comunicação.
Atuando como fiscais de pista neste ano, os membros do Conselho da RNK têm se desdobrado na pista e coberto uma deficiência crônica das provas de rental kart. Ao mesmo tempo, a função tem servido para que esses pilotos sintam na pele as dificuldades do trabalho dos fiscais e tenham outro olhar sobre suas decisões. “É bem complicado ser fiscal, mas aprende um monte. Eu já fui de fiscal em seis baterias”, afirmou Eugênio Westphalen, sugerindo ainda que outros vivam também essa experiência um dia.
Para Chico Johnscher, a maior dificuldade está em todos adotarem um mesmo critério em relação a manobras passíveis de penalização. “A subjetividade, e não estou falando de parcialidade ou falta de isenção, é o maior empecilho para se atribuir uma punição, pois muitas vezes a interpretação de cada um é diferente em relação a um lance na pista”, observou o piloto e também um dos organizadores da Copa RNK.
A Copa RNK entra em recesso até 30 de julho, quando terá início o 2º turno, no Kartódromo de Joinville. Durante esse período, será programado um seminário com os integrantes do Conselho visando homogeneizar a conduta dos fiscais. Diversos vídeos com manobras duvidosas ou polêmicas serão selecionados para análise, discussão e adoção de critérios.
A Copa RNK conta com o apoio dos parceiros Canal RafaBin, Correta Redações, Azulprime, Acrílico Shalon e Candy Shop.