Pela primeira vez desde que adotou o formato com a Superfinal, em 2016, a Copa RNK encerrará o campeonato no KGV, Kartódromo Granja Viana, no município de Cotia, vizinho da capital paulista. Até então a decisão do título ocorria no Kartódromo Ayrton Senna, em Interlagos. Neste ano, por incompatibilidade de calendário em virtude da Fórmula 1, os organizadores optaram pela mudança de palco.
Classificaram-se para a decisão os 26 melhores pilotos da temporada, sendo que quatro deles – Andrey Lima, Felipe Carneiro, Juliano Cunha e Adriano Goulart – abdicaram de suas vagas por motivos particulares, sendo substituídos pelos pilotos seguintes no ranking anual.
A rodada dupla no KGV, além de definir o título anual – Bruno Rocha e Luizinho Brambila venceram os dois turnos semestrais –, dará ao campeão uma vaga no Candy Shop RNK Team nas 12 Horas Beto Carrero, em dezembro. O piloto do Fast Lap Racing Pro é o que apresenta as maiores chances matemáticas, pois soma 44 pontos de bônus conquistados nas duas primeiras fases, contra 40 de Jackson Gonçalves, o 2º no ranking. Além deles, carregam pontuação elevada Luizinho Brambila (39), Anderson Vieira (38), Eduardo Johnscher (37), Tido Olmedo (36) e Bruno Tarachuka (34).
A disputa, porém, está completamente aberta e mesmo aqueles que não possuem bônus podem terminar entre os primeiros, já que neste ano a pontuação de cada bateria da Superfinal será dobrada. Assim, incluindo os pontos extras por vitória, pole position e maior avanço, haverá ainda 108 pontos em jogo.
Dos 26 pilotos que estarão em ação no próximo sábado, somente cinco estiveram na pista em todas as edições anteriores: Luizinho Brambila, Chico Johnscher, Eduardo Johnscher, Carlos Feijão e Anderson Rocha. E dentre eles, Luizinho, Chico e Eduardo subiram ao pódio nas três.
Luizinho revelou confiança em estar em mais uma Superfinal da Copa RNK. “Depois de um ano complicado com muitas penalizações, quebras e outras coisitas, consegui chegar com poucos pontos de diferença pra o líder”, desabafou ele. “Com 108 pontos em disputa, acredito que o título fique na mão de 3 ou 4 pilotos: Vieira, Vampirão [Bruno Rocha], Jackson e eu”, profetizou o campeão do 2º turno. “KGV é uma pista que eu adoro e agora é colocar a faca no dente e a caneta azul no bolso e buscar mais uma vitória”, concluiu bem-humorado.
Anderson Vieira também se mostrou esperançoso. “É a data mais esperada por todos os pilotos. Estou muito motivado para essa corrida e feliz por te chegado até aqui! Esperamos ter grandes disputas e que o evento feche com chave de ouro a Copa RNK 2019! Ah, e claro que espero ser campeão!”, declarou Vieira, vice-campeão do 1º turno, que participará pela segunda vez de uma Superfinal.
Para Eduardo Johnscher, é a primeira vez com chances reais de título e ele se mostrou empolgado, mas lamentou que a Superfinal não será disputada em Interlagos. “Vejo o traçado do KGV como um desafio a mais para buscar o título já que andei poucas vezes lá. Outro ponto que vai fazer tudo ficar mais equilibrado é a pontuação dobrada. Ela vai valorizar um pouco menos os bônus obtidos durante o bom ano que tive em 2019 e nivelar ainda mais a disputa”, comentou ele, reconhecendo que essa é uma chance que os outros competidores também têm “de descontar a diferença que o Bruno abriu durante o ano e, para mim, é o favorito ao título deste ano”.
Cinco pilotos chegaram este ano na Copa RNK e concorrem ao prêmio de Estreante do Ano: Bruno Tarachuka, Felipe Mathias, Bruno Bogus, Fábio Júnior e Roberto Borges. Tarachuka foi o que mais se destacou ao longo do ano, vencendo logo na estreia, “o que me animou bastante considerando o alto nível dos pilotos”, nas palavras dele. Para a Superfinal, sua expectativa é fazer uma boa corrida. “Não fico muito preocupado de não conhecer a pista, meus melhores resultados esse ano foram em pistas que eu não conhecia”, confessou, ressaltando ainda que é preciso aproveitar cada momento. “Quando estamos nos divertindo, temos resultados melhores”, finalizou o piloto.
Além dos estreantes na RNK, outros cinco participarão pela primeira vez de uma Superfinal: Jackson Gonçalves, Guilherme Medeiros, Claudinha Cardozo, Alberi Carvalho e o piloto de Florianópolis José Lellis. Jackson, que ano passado acabou desistindo a poucos dias da prova mesmo tendo conquistado uma vaga, avalia que “a corrida é muito massa, e ainda mais sendo uma final de campeonato, adrenalina vai a mil. Estou bem focado em tirar o melhor do kart que pegar”. O vice-campeão do 2º turno espera contar também com a sorte, “a qual não tive em Guarapuava”.
Apenas 15 vagas foram abertas para a Superfinal de 2016, realizada debaixo de chuva. Mesmo sem vencer nenhuma das baterias – Rick Bull e Samurai Sam foram os vitoriosos –, Luiz Brambila conquistou o título, coroando a brilhante campanha que já lhe havia assegurado os dois turnos classificatórios. Depois de chegar em 2º na primeira bateria e praticamente assegurar o título, Brambila já estava entre os líderes na segunda bateria quando teve um problema no freio e, ao se dirigir aos boxes para trocar de kart, cortou caminho, o que lhe valeu uma punição de 10 posições, caindo para último. Chico Johnscher foi o vice-campeão, com o mesmo número de pontos de Rafael Demmer, mas beneficiado pelos critérios de desempate – um 3º lugar na 2ª bateria contra o 4º do adversário.
Em 2017, 20 vagas foram abertas, mas somente 18 pilotos participaram da Superfinal. Mais uma vez Luizinho Brambila foi o campeão, vencendo a segunda bateria. A primeira foi vencida por Bruno Rocha, o vice-campeão. Chico Johnscher terminou em 3º empatado com Marcos Martins e Renato Braga, e novamente levou a melhor nos critérios de desempate: cravou a fast lap na última volta da segunda bateria.
No ano passado, novo aumento no número de vagas, com 25 classificados. Andrey Lima foi o campeão mesmo sem vencer – um 2º e um 4º lugar foram o suficiente para garantir o título. Luizinho venceu a primeira etapa e Bruno Rocha a segunda, largando em último no grid invertido depois de abandonar a primeira bateria ao desligar inadvertidamente a chave geral. Daniel Silva, que chegara à Superfinal como favorito pelo maior número de pontos-bônus, foi o 3º depois de se envolver em uma confusão na pista com Fábio Mathoso.
Além do título de campeão da Copa RNK 2019 e de um assento nos karts do Candy Shop RNK Team nas 12 Horas Beto Carrero, a Superfinal ainda definirá algumas premiações paralelas: o Troféu Super100, para pilotos acima de 100 kg, ao qual concorrem Alessandro Trevisan, Fábio Júnior e Roberto Borges; o Troféu Feminino, entre Claudia Cardozo e Elvira Cilka; o Troféu Vintage, para pilotos nascidos antes da década de 1970, cujos pilotos aptos são Tido Olmedo, Chico Johnscher, Roberto Borges e José Lellis; o Troféu Old School, destinado a pilotos com mais de 3 anos de RNK que não subiram mais de três vezes ao pódio em 2018, disputado pelos irmãos Eugênio e Emygdio Westphalen; e o Prêmio Maneco Combacau, para o piloto que mais escalou o grid somadas as provas de toda a temporada, liderado atualmente por Bruno Rocha.
E claro, um dos “prêmios” mais esperados do ano, o Troféu Pé-de-breque, para o piloto que teve as atuações mais decepcionantes no segundo semestre.
Tudo isso começará a ser definido a partir das 19h30 deste sábado, 2 de novembro, no Kartódromo Granja Viana. A expectativa de toda a comunidade RNK é de uma rodada muito disputada e, provavelmente, a mais equilibrada desde que foi implantado o formato Superfinal. Tido Olmedo, um dos pilotos mais experientes do grupo, aproveita para mandar um recado: “Errenekazeiros, parabéns a todos que vão para a final, vamos pra Granja Viana disputar uma superfinal, pista muito técnica, vamos fazer uma classificação com cabeça e largar mais na frente possível e buscar a vitória, boa sorte a todos!”. Jackson aproveitou para engrossar o coro: “Bora se divertir com os amigos!!!”.