Desde que o sistema de dois turnos e superfinal foi implantado na Copa RNK, em 2016, quatro pilotos diferentes foram campeões: Luizinho Brambila (2016-17), Andrey Lima (2018), Jackson Gonçalves (2019) e Fábio Mathoso (2020-21). Desses, somente Andrey, que participou apenas da primeira rodada este ano, não estará presente no Kartódromo de Aldeia da Serra, no próximo sábado (5), para a decisão do título de 2022.
Entre os classificados, apenas dois pilotos – Chico e Eduardo Johnscher – participaram de todas as superfinais anteriores. Outros dois ficaram de fora em uma edição: Eugenio Westphalen (2018) e Anderson Rocha (2021). E cinco participarão pela primeira vez: João Guilherme Chevalier e os estreantes Luis Roberto, Lucas Monteiro, Denis Valente e Diego Bettega.
Dois pilotos classificados abriram mão de suas vagas. No lugar de Bruno Tarachuka, de mudança para a Austrália, entrou Alex Junior Mota; Gabriel Meister, que não participará por conflito de datas, terá como substituto Diego Bettega.
Conheça a seguir a trajetória dos 24 pilotos para chegarem até aqui e sua história nas Superfinais anteriores.
Fábio Mathoso
Bicampeão (2020-21) da Copa RNK, Mathoso classificou-se para a sua quinta Superfinal depois de vencer o 1º turno e terminar em 3º no 2º turno, obtendo seis vitórias e nove pódios nas 12 provas das fases classificatórias. É o piloto que mais pontos (45) de bônus obteve. Apesar dos seus dois títulos, nunca venceu uma bateria em superfinais. Em 2018, em Interlagos, foi 11º na primeira prova e abandonou após uma batida na segunda, terminando o campeonato em 12º lugar. Em 2019, no KGV, foi o 2º colocado na primeira bateria e 15º na segunda, ficando em 8º na classificação final. Em 2021, em Itu, terminou as duas provas na chuva em 2º lugar e, na última temporada, em Guaratinguetá, um 4º e um 3º lugar foram suficientes para lhe garantir o título.
Luizinho Brambila
Maior colecionador de títulos na Copa RNK, Luizinho vai levar 25 pontos de bônus para Aldeia da Serra, pela conquista inconteste do 2º turno, vencendo cinco das seis provas – o piloto não competiu no primeiro semestre. Ele também vai para a sua quinta Superfinal. Foi bicampeão nas duas primeiras edições nesse formato, em Interlagos. Na primeira, em 2016, obteve o título mesmo com uma punição na segunda prova – por cortar caminho no retorno ao box depois de ficar sem freio – que o jogou para a última posição. Na primeira bateria, havia terminado em 2º lugar. No ano seguinte, o título veio depois de uma vitória e um 7º lugar, mesmas posições em que chegou em 2018, também em Interlagos. Naquele ano, porém, com poucos pontos de bônus – ele priorizou as provas de Turismo e deixou o kart em segundo plano –, terminaria o campeonato apenas na 7ª colocação. Em 2019, na Granja Viana, obteve um 8º e um 2º lugar, fechando a temporada em 3º lugar.
Jackson Gonçalves
O Jack vai para sua quarta Superfinal, tendo participado das três últimas edições. Em 2019, foi campeão na Granja Viana depois de vencer a primeira prova e chegar em 4º na segunda. Em 2020, em Itu, foi o 4º colocado, subindo ao pódio em uma das baterias com o 5º lugar. Em 2021, chegou à decisão em Guaratinguetá com bastante vantagem após conquistar os dois turnos e chegar em 3º na primeira bateria da Superfinal. Na segunda bateria, entretanto, foi apenas 16º, caindo para 4º na classificação final. Este ano, classificou-se nos turnos, respectivamente, em 4º e 8º lugar, garantindo 34 pontos de bônus. Foi sete vezes ao pódio na temporada, mas venceu apenas uma prova, na rodada realizada no Beto Carrero.
Tido Olmedo
Tido participou das últimas quatro superfinais da RNK. Curiosamente, foi na edição de 2018, em Interlagos, onde teve seus piores resultados nas baterias, que alcançou sua melhor classificação final: o vice-campeonato. Nos anos seguintes, foi 4º colocado em 2019, 5º em 2020 e 9º em 2021. Subiu duas vezes ao pódio: 3º lugar em Itu (2020) e 5º lugar em Guaratinguetá (2021). Na temporada de 2022, só venceu uma vez, no Kartódromo Beto Carrero, mas sua consistência – 8 pódios e todas as provas entre os 10 primeiros – levou-o à classificação para a Superfinal de Aldeia da Serra com o 6º lugar no 1º turno e o 5º lugar no 2º. É o 3º piloto com mais pontos (35) de bônus.
Chico Johnscher
Um dos dois pilotos a participar de todas as superfinais, Chico foi vice-campeão em 2016 e 3º colocado em 2017, as duas primeiras edições nesse formato, em Interlagos. Em ambas as oportunidades, prevaleceu-se dos critérios de desempate: em 2016, por um 3º lugar numa das baterias, e em 2017, por ter feito a melhor volta. De lá para cá, tem alternado bons e maus resultados. Foi 10º colocado em Interlagos (2018), 21º na Granja Viana (2019), 6º em Itu (2020) e 18º em Guaratinguetá (2021). Nas provas que compuseram a Superfinal, foi cinco vezes ao pódio: 5º e 3º lugar em 2016, 5º em 2017, 4º em 2018 e 5º em 2020. Na temporada atual, seu melhor resultado foi um 2º lugar em Ascurra. Nos turnos, classificou-se apenas em 21º e 11º lugar, alcançando a terceira vaga para a Superfinal pelo índice técnico (soma dos pontos obtidos nos dois turnos). Vai levar 14 pontos de bônus para Aldeia da Serra.
Eduardo Johnscher
Assim como o pai, Eduardo participou das seis superfinais anteriores, terminando todas elas no top 10. Foi 6º, 7º e 4º colocado respectivamente nas temporadas de 2016, 17 e 18 em Interlagos, 7º no KGV (2019), 9º em Itu (2020) e 6º em Guaratinguetá (2021). Seus melhores resultados em baterias da Superfinal foram dois terceiros lugares em Interlagos (2017 e 2018), subindo ao pódio também em 2016 e 2020 (4º lugar). Classificou-se para a decisão na Aldeia da Serra com o 9º lugar no 2º turno. Com cinco pódios na temporada, Eduardo obteve duas vezes o 3º lugar (Beto Carrero e Kart Park), seus melhores resultados no ano, e tem 24 pontos de bônus.
Everton Tonel
Com seis pódios na temporada e chegando duas vezes em 2º lugar (Kart Park e Beto Carrero), Everton Tonel se classificou para a Superfinal ao terminar o 1º turno na 7ª colocação e vai levar 20 pontos de bônus. Ele é o último piloto a vencer uma bateria da Superfinal, vitória herdada de Bruno Tarachuka quando este foi penalizado por falta de peso no ano passado em Guaratinguetá. Tonel foi à Superfinal nas quatro edições desde que participa da Copa RNK. Em 2018, em Interlagos, foi o 5º colocado depois de chegar em 3º na 2ª bateria. Em 2019 e 2020 foi respectivamente 15º e 7º lugar, enquanto em 2021 terminou o campeonato mais uma vez em 5º lugar.
Fabio Junior da Costa
Ausente de duas rodadas desta temporada, Fabinho classificou-se por índice técnico, chegando três vezes em 2º lugar (Ingleses, Beto Carrero e Kart Park), e conta com apenas 3 pontos de bônus. Participou somente de duas superfinais: em 2019, seu ano de estreia na RNK, e 2021. Na primeira, no KGV, sem resultados expressivos, foi apenas o 23º colocado. Em 2021, em Guaratinguetá, venceu a primeira prova e terminou a temporada em 8º lugar.
Anderson Rocha
Ausente apenas da Superfinal de 2021, o melhor resultado do Andershow nas edições anteriores foi um 2º lugar em 2018, em Interlagos, seu único pódio. Suas classificações finais foram 12º lugar em 2016, 8º em 2017, 17º em 2018, 25º em 2019 e 11º em 2020. Em 2022, nas fases classificatórias, obteve 4 pódios, sendo a 3ª colocação em Ingleses o seu melhor resultado no ano. Classificou-se na antepenúltima vaga por índice técnico e não levará nenhum ponto de bônus.
Eugenio Westphalen
Eugenio Westphalen participou de todas as edições da Superfinal, exceto a de 2018, sem nunca ter alcançado o pódio em nenhuma das provas. Tem como melhor resultado histórico um 6º lugar em Itu (2020). Finalizou os campeonatos em 14º (2016), 9º (2017), 14º (2019) e 12º lugar nas duas últimas temporadas. Fora do top 10 nos dois turnos de 2022, teve dois terceiros lugares (Beto Carrero e São José dos Pinhais) como melhores resultados no ano e classificou-se por índice técnico, com direito a 13 pontos de bônus.
Emygdio Westphalen
Assim como o irmão Eugenio, Emygdio não conta com bom retrospecto em superfinais, embora tenha subido uma vez ao pódio, em 2020, com um 3º lugar debaixo de chuva em Itu. Participou de quatro edições, classificando-se em 16º (2017), 24º (2019), 17º (2020) e 19º lugar (2021). Sua consistência no 2º turno de 2022, quando foi três vezes ao pódio – chegou em 2º em duas provas, Joinville e Ascurra –, garantiram a classificação em 7º lugar e 16 pontos de bônus.
António Keps
Primeiro classificado por índice técnico, Keps obteve em 2022 a sua primeira vitória na Copa RNK, depois de 58 provas, em Ascurra. O 16º e o 13º lugar obtidos nos turnos lhe garantem 17 pontos de bônus, o melhor desempenho desde que estreou no campeonato, em 2018. Participou das últimas duas edições da Superfinal, classificando-se em 22º em 2020 e 15º lugar em 2021, quando foi ao pódio em 5º lugar numa das baterias.
Claudinha Cardozo
Única representante feminina nesta Superfinal, Claudinha não conta com retrospecto favorável nas duas edições de que participou. Em 2019, no KGV foi penúltima colocada na primeira prova e chegou em 10º na segunda, seu melhor resultado; em 2020, em Itu, ficou em 20º lugar nas duas baterias. Nas duas oportunidades, classificou-se em 18º lugar no campeonato. Este ano, porém, a pilota tem a 5ª mais alta pontuação de bônus (31) dentre todos os participantes. Terminou o 2º semestre na 4ª colocação, indo ao pódio em todas as provas do turno. Ao longo da temporada, fez 8 pódios em 12 possíveis e chegou duas vezes em 2º lugar.
Bassam Hajar
Nas duas últimas edições, Bassam Hajar herdou a vaga para a Superfinal por desistência de pilotos classificados. Foi o último colocado em 2020 e 20º em 2021 e guarda uma história curiosa em ambas participações. Na primeira, em Itu, sob muita chuva, protagonizou um festival de rodadas, terminando a primeira bateria na última colocação. Com a inversão do grid na segunda bateria, largou na pole, mas terminou em último dentre os pilotos que concluíram a prova. No ano passado, em Guaratinguetá, foi o penúltimo na primeira prova, largando novamente na primeira fila na segunda bateria, terminando em 12º lugar. Agora, ele vai para Aldeia da Serra classificado na última vaga por índice técnico, sem pontos de bônus. Durante esta temporada, Bassam obteve dois pódios, sendo o 3º lugar em Ascurra seu melhor resultado.
Júnior Cazu
Elói Santana Jr., mais conhecido como Cazu, vai para sua segunda Superfinal. Se a sua primeira experiência, em Itu, em 2019, seu ano de estreia na RNK, não foi nada animadora – debaixo de muita chuva, foi apenas 22º e 23º nas baterias e 24º entre 26 pilotos na classificação final – este ano ele vem para disputar o título. Terceiro colocado no 1º turno e vice-campeão do 2º, com 8 pódios e 3 vitórias na temporada, Cazu conta com 42 pontos de bônus, a segunda maior soma dentre todos os participantes, é um dos principais candidatos ao troféu maior da Copa RNK 2022.
Guilherme Medeiros
Em sua única participação, na Superfinal de 2019 no KGV, Guilherme Medeiros foi 4º lugar na primeira prova e 22º na segunda, terminando o campeonato na 11ª posição. Nesta temporada, foi seis vezes ao pódio e venceu uma prova, no Kart Park, classificando-se para a final pelo 8º lugar no 1º turno. Vai carregar 20 pontos de bônus.
Thiago Vasconcellos
Classificado por índice técnico e contando com 11 pontos de bônus, Thiago Vasconcellos vai para sua segunda Superfinal. Em 2020, em Itu, foi o 21º colocado depois de terminar em 11º e 22º nas baterias. Este ano, foi 12º colocado no 1º turno e chega em alta depois de duas vitórias (Beto Carrero e Joinville) e seis pódios
Marcelo Saito
Quatro anos depois de sua primeira participação, Marcelo Saito está de volta a uma Superfinal. Naquela ocasião, em Interlagos, foi o 15º colocado, depois de terminar a primeira bateria em 13º e quase ter ocasionado – involuntariamente – um grave acidente na largada da segunda prova: um fiscal ainda estava ligando seu kart, que havia acabado de ser abastecido, quando a bandeira baixou e por muito pouco não foi atropelado. Saito acabou em 18º. Neste ano, Saito se classificou depois de três pódios e uma vitória em Florianópolis, concluindo o 1º turno na 10ª colocação, o que lhe valerá 13 pontos de bônus. É o principal concorrente ao título Supe100, para pilotos acima de 100 kg.
Alex Júnior Mota
Em seu ano de estreia na Copa RNK, Alex classificou-se para a Superfinal de Guaratinguetá pelo índice técnico e, depois de terminar as duas provas em 21º e 22º lugar entre os 24 participantes, fechou o campeonato na última colocação. Este ano, ocupará a vaga aberta por Bruno Tarachuka, que está fora do Brasil. Seus melhores resultados na temporada foram dois pódios alcançados no Kart Park: 4º lugar na rodada de abertura e 5º lugar na última etapa.
João Guilherme Chevalier
João Guilherme conquistou seu primeiro pódio na RNK este ano, com o 5º lugar obtido em Ascurra. Irá pela primeira vez a uma Superfinal, levando um ponto de bônus, depois de se classificar por índice técnico, garantido pela assiduidade – participou de todas as etapas – e consistência – terminou sete vezes entre os dez primeiros.
Luis Roberto
Estreante na Copa RNK em 2022, Luis Roberto venceu as duas baterias na abertura do campeonato, em S. José dos Pinhais, e foi ao pódio em 8 das 12 provas. Vice-campeão do 1º turno e 20º colocado no 2º, vai para sua primeira Superfinal com 25 pontos de bônus.
Lucas Monteiro
Lucas Monteiro estreou na RNK no 2º semestre de 2022. Com quatro pódios – três deles em 3º lugar – classificou-se em 6º lugar no turno, o que lhe garante 17 pontos de bônus.
Denis Valente
Denis Valente estreou este ano na Copa RNK e, com uma vitória em Ingleses e três pódios, terminou ambos os turnos em 15º lugar. Classificou-se para a Superfinal na segunda vaga por índice técnico, com 16 pontos de bônus.
Diego Bettega
Participando de somente sete das doze provas das fases classificatórias, o estreante Diego Bettega, por pouco, não se classificou por índice técnico para a Superfinal. Todavia, vai ocupar a vaga aberta devido à desistência de Gabriel Meister. Com três pódios nas sete provas que competiu (dois quartos e um quinto lugar), terá 9 pontos de bônus pelo 14º lugar obtido no 2º turno. É um dos concorrentes ao título Super100, para pilotos com mais de 100 kg.