RNK tem chegada mais apertada da história

Primeiros colocados recebem suas medalhas.

Primeiros colocados recebem suas medalhas.

Menos de meio décimo de segundo. Foi de precisamente 0,047s a vantagem de Luizinho Brambila sobre Fabio Knabben ao cruzar a linha de chegada no GP Michèle Mouton, sexta etapa da 4ª Copa RNK, disputada no último dia 13 de junho no Kartódromo Raceland.

A prova foi uma das mais disputadas dos últimos tempos, com três pilotos brigando pela liderança desde a largada. Fabio Knabben conquistou a pole e tinha a seu lado na primeira fila o companheiro de Designers Racing, Marcelo Rosa; na segunda fila, Luizinho Brambila e o ex-rallyzeiro catarinense João “Bocão” Gomes, que fazia sua estreia na RNK; na terceira fila, Chico Johnscher e Andrey Lima.

Marcelo Rosa foi o mais rápido na largada e assumiu a ponta, com Knabben e Brambila logo a seguir. Na tentativa de fazer jogo de equipe empurrando o companheiro para escaparem na frente, contudo, Fabio exagerou na dose e acabou tirando Marcelo da pista.

Marcelo Rosa lidera no início empurrado por Fabio Knabben.

Marcelo Rosa lidera no início empurrado por Fabio Knabben.

O que se viu a partir daí foi uma das disputas mais intensas do ano. Assim como havia acontecido na segunda etapa entre Chico Johnscher e Bruno Vianna, Fabio Knabben e Luiz Brambila passaram a se alternar na liderança durante a corrida toda, com Marcelo Rosa a pouca distância. Mas, com os três karts muito parecidos, sua única chance era esperar por um erro dos líderes, o que não aconteceu.

A chegada foi simplesmente espetacular, com Knabben tentando a ultrapassagem nos últimos metros para receber a bandeirada lado a lado com Brambila, perdendo por insignificantes dez centímetros. Marcelo Rosa foi o terceiro, queixando-se bastante por ter sido jogado pra fora pelo companheiro de equipe.

A disputa pelo 4º lugar também foi emocionante, concentrando-se inicialmente entre João Gomes, Chico Johnscher, Andrey Lima e Eduardo Bettega – incluindo até alguns lances mais ríspidos. Eduardo Johnscher, que largara apenas na 5ª fila, soube se livrar da briga, assim como Andrey. Daniel Amaral, largando entre os últimos, beneficiou-se de ter corrido sem lastro e acabou terminando em 4º. Eduardo Johnscher e Andrey Lima, sem ninguém em seu encalço, travaram uma disputa particular pelo último posto no pódio, que terminou nas mãos do Japa.

Enroscados até o fim, João Gomes, Eduardo Bettega, Chico Johnscher e Pablo Gomes se limitaram a brigar pelo 7º lugar. Na última volta, contudo, mais um lance inesperado. Na tentativa, também, de ajudar o companheiro de equipe, Marjorie Johnscher acabou dando um “totó” exagerado em Chico, que acabou perdendo duas posições. Marjorie, aliás, fez bela corrida de recuperação. Depois de ser tocada logo na segunda volta e cair para último, escalou o pelotão para terminar em 9º.

CAMPEONATO

Os resultados da 6ª etapa da Copa RNK, que chega agora à sua metade, não alteraram as principais posições no campeonato, mas ampliaram a vantagem dos líderes. Entre os pilotos, Luizinho Brambila abriu 6 pontos em relação ao vice-líder, Eduardo Johnscher. Andrey Lima segue em 3º e Chico Johnscher, em 4º, dez pontos atrás. Fabio Knabben subiu para a quinta posição.

Entre as equipes, a ausência de Guilherme Szpigiel permitiu à Johnscher Racing consolidar a liderança, 10,33 pontos à frente da Designers Racing.

Acirrada continua a disputa pelo Troféu Maneco Combacau, destinado ao piloto que mais avança em relação à sua posição na largada somadas todas as etapas. José Revoredo e Eduardo Johnscher somam 16 posições, contra 15 de Rafael Vianna e Marjorie Johnscher.

AUSÊNCIAS

Com 16 karts no grid, o GP Michele Mouton teve ausências importantes: Rafael Vianna ficou de fora por priorizar sua participação em um campeonato de pôquer; seu companheiro de equipe Bruno Vianna sofreu uma contusão durante a semana durante uma partida de tênis de mesa; Guilherme Szpigiel ficou de fora por ainda estar se recuperando do seu acidente em Joinville; Menyr Zaitter e Phellip Carvalho não conseguiram conciliar a corrida com seus compromissos profissionais; Priscila Driessen, mais uma vez, desistiu devido às previsões que indicavam 20% de possibilidade de chuva; e Rodolpho Bettega parece ter abandonado definitivamente as pistas.

O OCASO DE UM KARTÓDROMO

O Raceland parece estar, infelizmente, antecipando seu fim. Se os karts em condição de degradação já eram coisa corriqueira e insolucionável, o descaso agora atinge todos os níveis e é visível até no semblante e na atitude dos seus funcionários. Na torre de cronometragem, um único “cronometrista” não foi capaz de ordenar da maneira correta o grid de largada. Rodolfo Souza e Ricardo Rocco, respectivamente 2º e 6º tempo no qualify, foram jogados para a última fila. O fiscal que posicionava os karts no grid não se mostrava nem um pouco preocupado em colocá-los na ordem certa. Enfim, um clima de fim de festa que chega a ser desanimador. Até o incansável e solícito Padilha parece ter “largado os betes”. Uma pena.