Divididos em seis baterias com 21 karts cada, 63 pilotos participaram da rodada dupla que abriu a 8ª temporada da Copa RNK de rental kart. Destes, 17 estreantes, muitos já com experiência prévia no kartismo, mas que pela primeira vez competiram entre os “rallyzeiros no kart”. E foi justamente um deles, Bruno Tarachuka, que saiu na liderança do campeonato, ao subir duas vezes ao pódio e vencer logo na estreia. A prova marcou também a reestreia de Priscila Driessen, uma das pioneiras da Copa RNK, cuja última participação tinha sido a épica dobradinha na Corrida do Milhão de 2015 com Marjorie Johnscher, esta se despedindo temporariamente das pistas por força de sua gravidez.
Como já é habitual no Kartódromo dos Ingleses, verificou-se grande equilíbrio nos karts. Havia, sim, dois ou três “fora da curva”, mas a preocupação da equipe comandada por Arizoli Pereira Candido Jr., em especial o “meca” Lucas, para acertar a equalização durante o evento é algo elogiável, por não ser, embora devesse, o habitual.
Em esforço conjunto entre RNK e APA, foi disponibilizada transmissão ao vivo pelos canais da RA Racing, tradicional parceira da RNK, no Facebook e no YouTube, com apoio de Candy Shop, Correta Redações, Acrílico Shalon, Análises Clínicas Curitiba, CRK Adesivos e Fast Lap Kart Indoor. A íntegra de todas as baterias você pode ver aqui e aqui.
Digna de nota também a ação social promovida pela APA Kart junto à comunidade da Vila União, vizinha ao kartódromo, recentemente pacificada pela PM-SC, atraindo seus moradores para que participassem de diversas atividades. Veja como foi neste link.
Na primeira bateria do dia, o estreante Bruno Tarachuka fez a pole, manteve a liderança na largada e venceu de ponta a ponta. Sempre seguido de perto pelo piloto local Richard Eggenstein, também estreante, soube se defender bem e não deu chance para que o adversário tentasse a ultrapassagem. Na segunda fila, Thiago Pilkel também manteve a posição, enquanto Vinicius Eduardo, prejudicado pela inércia, foi ultrapassado por diversos competidores na partida, mas em corrida segura de recuperação, escalou o pelotão para terminar em 3º. Marcelo Kogik, que se manteve em 4º nas primeiras voltas, não suportou a pressão e foi perdendo diversas posições, ao contrário de Bruno Boguszewski, que largou no meio do grid para terminar no pódio, em 5º. Completaram o top 10, avançando para a série B, Marcelo Schuartes, Cleverson Pires, Felipe Mathias, Mauro Mondin e Daniel Pruss.
A segunda bateria – a série B – teve os pilotos da Floripa Speed José Lellis e Leonardo Castilhos na pole. Mais experientes e profundos conhecedores dos atalhos da pista dos Ingleses, os dois sumiram na frente e fizeram uma corrida à parte. Acostumados a andar juntos nas provas de endurance, passaram a se empurrar nas primeiras voltas até abrir uma diferença confortável sobre o segundo pelotão, para aí abrir uma disputa interna no final. Leo terminou na frente com Lellis logo atrás, cerca de 12 segundos à frente do 3º colocado.
No segundo pelotão a briga começou entre Ricieri Garbelini, Kelvin Axel, Jackson Gonçalves e Guilherme Medeiros, que acabou errando e ficando momentaneamente para trás, mas logo se recuperou e acabou superando todos até com certa facilidade, trazendo junto Kelvin Axel. Assim eles cruzariam a linha de chegada em 3º e 4º.
Com vários karts virando tempos muito próximos, outro pelotão se formou com Riti Garbelini, Jackson, Adriano Goulart, Otto Jr., Eugênio Fabian e Renato Braga. O calor da disputa provocou uma punição para Eugênio, por tirar Renato Braga da pista, e várias escapadas, que jogaram Otto Jr. e Riti para trás e permitiram o avanço de Marcelo Rosa.
Após a pesagem dos pilotos, verificou-se que os dois primeiros não atingiram o lastro mínimo de 90 kg, o que lhes puniu com a perda de cinco posições. Assim, Guilherme Medeiros herdou a vitória, com Kelvin Axel em 2º, Adriano Goularte em 3º, Jackson Gonçalves em 4º e Marcelo Rosa em 5º. O 8º foi Carlos Amaral, seguido de Claudinha Cardozo e Fernando Henrique Gonçalves, completando os dez que subiram para a séria A na segunda prova.
Na série A, Felipe Carneiro venceu de ponta a ponta com tranquilidade depois de marcar a pole. A bateria teve disputa intensa no segundo pelotão, entre Luizinho Brambila, Everson Calaes, Fabio Mathoso, Bruno Rocha e Eduardo Johnscher. Na metade da prova, os três primeiros desse pelotão se distanciaram, Bruno passou a correr confortável em 5º e Anderson Vieira ultrapassou Eduardo para se firmar em 6º. Outro pelotão se formou pouco atrás, puxado por Chico Johnscher, que conseguiu se defender dos ataques de Marcos Martins, Everton Tonel e Tido Olmedo.
A três minutos do final, caiu o escapamento de Luizinho Brambila, o que provocou sua desclassificação depois de muita polêmica. Calaes foi o 2º, Mathoso o 3º e o pódio foi completado por Bruno Rocha e Anderson Vieira. Completaram os onze primeiros, com direito a permanecer na série A, Eduardo Johnscher, Chico Johnscher, Marcos Martins, Tonel, Tido e Andrey Lima.
A série C reuniu os últimos colocados das séries B e C da primeira etapa e trouxe a novidade do grid invertido, com os melhores colocados das baterias anteriores largando atrás, o que provocou um número maior de ultrapassagens mas, também, um enrosco entre diversos pilotos logo na primeira passagem pela Curva da Coragem.
Último colocado da série B, Eugênio Fabian largou na pole e pulou na frente, trazendo com ele João Cardozo e Emygdio Westphalen, que também largaram na frente, e alguns pilotos mais rápidos do meio do grid, entre eles Marco Pitta, Paulo Taylor e Alberi Carvalho.
Enquanto Eugênio abria na ponta, Cardozo perdia posições e Paulo Taylor abria caminho. Com cerca de um terço da prova decorrida, Eugênio começou a ver sua vantagem diluir, até que Taylor e Emygdio encostaram e travaram uma das disputas mais emocionantes do dia, que só se definiu no final. A três voltas do fim, Paulo liderava com Emygdio colado e Eugênio um pouco atrás. Ao tentar o bote no Curvão, Emygdio rodou e deixou o caminho livre para Paulo Taylor conquistar sua primeira vitória na RNK. Eugênio foi o 2º e a Emygdio restou se contentar com o 3º. António Keps foi o 4º e Emerson Dall’Agnol cruzou em 5º, mas acabou recebendo uma punição de 3 segundos e caindo para 9º. Fabinho Jr. herdou o último degrau do pódio. Completaram a lista dos dez primeiros: Marco Pitta, Alberi Carvalho, Menyr Zaitter, Emerson Dall’Agnol e Renato Braga.
Desclassificado na prova anterior, Luizinho Brambila caiu para a série B e, largando na pole, disparou na frente. Ao seu lado na primeira fila, Marjorie Johnscher, outra “rebaixada”, também largou bem e assumiu a segunda posição, abrindo boa vantagem para o resto do pelotão. Este, puxado por Elvira Cilka, perdeu tempo precioso disputando espaço na pista, e somente depois de três voltas o mais rápido deles, Juliano Cunha, se desvencilhou do tráfego e logo ultrapassou Marjorie, assumindo a segunda posição. Marjorie e Elvira não suportaram o ritmo e perderam posições para Kleber Borges e Otto Jr. No terço final da prova, Cunha imprimiu forte ritmo e passou a assediar Luizinho, que soube bem se defender e garantir a vitória. Kleber e Otto Jr. foram 3º e 4º, enquanto Bruno Tarachuka, depois de largar em último por ter vencido a prova anterior, fez bela prova escalando o pelotão e terminando em 5º. Elvira Cilka, Marjorie Johnscher, Alessandro Trevisan, Carlos Feijão e Richard Eggenstein fecharam o grupo dos dez primeiros.
A última bateria – Série A – largou já à noite e foi a que imprimiu o ritmo mais forte de corrida e a única em que todos os competidores terminaram na mesma volta. Andrey Lima e Tido Olmedo pularam na frente e, sem brigarem entre si, abriram grande vantagem para os demais. Fernando Henrique Gonçalves, largando na primeira fila, manteve a 3ª posição durante bom tempo, mas não resistiu e foi escalado pelo pelotão. A corrida ganhou em emoção quando a turma mais forte que largou atrás se livrou do tráfego, no segundo terço da prova. Anderson Vieira e Jackson Gonçalves encurtavam a diferença para os líderes e Tido decidiu partir para o ataque, ultrapassando o Japa no Curvão. Não demorou muito para que Vieira e Jackson o alcançassem e também fizessem a ultrapassagem. Nas últimas voltas, Anderson Vieira tirou toda a diferença em relação a Tido, mas não teve real oportunidade de tentar a ultrapassagem. Jackson e Andrey se mantiveram em 3º e 4º até a bandeirada e quem surpreendeu no final foi Leonardo Castilhos, contudo, uma punição de 5 segundos por tirar um competidor da pista jogou-o para 8º. Bruno Rocha foi o 5º, Eduardo Johnscher o 6º e Felipe Carneiro o 7º, numa bela escalada vindo da última posição na largada. Everton Tonel e Fábio Mathoso completaram os dez primeiros.
Somadas as pontuações das duas etapas da rodada dupla, a liderança do campeonato é de Bruno Tarachuka, com 45 pontos. Felipe Carneiro é o vice-líder com 43, Anderson Vieira o 3º com 41, seguidos de Jackson Gonçalves (39), Tido Olmedo (38), Bruno Rocha (37), Richard Eggenstein (36), Eduardo Johnscher (34), Paulo Taylor e Everson Calaes, ambos com 33.
Entre as equipes, a ponta é do Fast Lap Racing GT – o time “B” da equipe – com 89 pontos, 14 à frente do segundo time da Box45.
Nas disputas pelas premiações paralelas à principal, Fábio Jr., 21º na geral, lidera na Super100 (pilotos acima de 100 kg); Elvira Cilka, na Feminina (38º geral); Kleber Borges, 15º geral, na Old School (pilotos mais antigos da RNK que não subiram mais de três vezes ao pódio na temporada anterior); e Tido Olmedo na Vintage (pilotos nascidos antes de 1970).
A Copa RNK volta à pista no dia 27 de abril, no Speedway Music Park, em Balneário Camboriú, em mais um evento conjunto com a APA.